MPF pede inspeção "urgente" do Ibama no porto da Cargill

O Ministério Público Federal requisitou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) uma inspeção urgente no porto da Cargill Agrícola S.A, em Santarém.

O pedido é para fiscalização por analistas ambientais e paralisação imediata das atividades do porto, além de autuação da empresa por operação irregular.

O ofício foi enviado hoje, 26, ao gerente do Ibama em Santarém e deve ser atendido no prazo de 10 dias.

O embargo a ser imposto pelo Ibama é consequência das sucessivas derrotas judiciais da Cargill, empresa com sede em Minneapolis (EUA) que construiu e colocou em operação um terminal graneleiro no rio Tapajós sem elaborar Estudos de Impacto Ambiental (EIA-Rima).

A irregularidade foi apontada pelo MPF em processo ajuizado em 2000 (2000.39.02.000141-0), que obteve liminar favorável do juiz federal Dimis da Costa Braga, antes da construção do porto.

Na tentativa de reverter a decisão, a empresa impetrou sete recursos e foi derrotada em todas as instâncias do judiciário - Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

Agora, a decisão transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos e a ordem deve ser cumprida.

[Clique aqui], para ler mais.

Fonte: MPF/PA

Comentários

Anônimo disse…
Aí os que atacam o Greenpeace por ser uma ong "estrangeira", aplaudem uma empresa estrangeira que vem aqui, desrespeita as leis e os habitantes da região e constrói um monstrengo que contamina o Tapajós, incentiva a cehagada de criminosos que derrubam a floresta para plantar soja e ainda criam milícias para agredir quem não concordar com os crimes por eles cometidos.
Parabéns ao MPF, com a esperança que não venha nenhum juiz vendido garantir a criminosa construção, nem tampouco uma licença desonesta da Sectam para encobrir o crime.
Anônimo disse…
Finalmente a Justiça brasileira está pondo o ponto final nessa telenovela. É iminente o fechamento do Porto da Cargill, que deverá cumprir com as Leis brasileiras para voltar a funcionar num sistema de legalidade.
Eis mais uma demonstração de que no Brasil está acabando o tempo das Repúblicas das Bananas, quando qualquer Multi nacional Estrangeira, visando o seu lucro, molhava a mão de políticos e passava acima de tudo, das Leis e das populações locais.
A sentença definitiva que obriga a Multi nacional a realizar o Estudo de Impacto Ambiental, soma-se à derrota que os movimentos sociais e ambientalistas lhe impuseram no ano passado, obrigando o gigante a declarar moratória e parar de comprar soja produzida de forma ambientalmente ilegal e/ou oriunda de grilagem de terras.
Será que veremos o chamado “setor produtivo” protestar de novo em suas caminhonetes de luxo? Protestar (de novo) contra o Estado de Direito e em prol do desenvolvimento deles? A conferir.

Tibério Alloggio
Anônimo disse…
É claro que os setores da economia tradicional vão se manifestar. Esperem só pra ver. Eles vão aparecer no Rota 05 com aquela cara de quem tem que engolir a decisão da justiça, numa situação já sabida ilegal. É capaz que eles até digam que essa decisão é coisa dos interesses internacionais na amazônia, mesmo sendo a justiça brasileira cumprindo nossas leis. É capaz que digam que isso é coisa de quem quer prejudicar a produção de soja do Brasil para favor a produção dos Estados Unidos, mesmo sendo a Cargill, uma empresa amaericana, a maior prejudicada com a decisão.
Temos que dar parabéns aos movimentos sociais de santarém, ao Grenpeace e todas as ONGs que se uniram para denunciar essa agressão à amazônia e seu povo, e à todas as pessoas que mesmo açeaçadas não tiveram medo de vestir à camisa e protestar. Por fim, parabéns ao Ministério Público que cumpiriu seu papel de defender os direitos constitucionalmente garantidos.
Anônimo disse…
É claro que os setores da economia tradicional vão se manifestar. Esperem só pra ver. Eles vão aparecer no Rota 05 com aquela cara de quem tem que engolir a decisão da justiça, numa situação já sabida ilegal. É capaz que eles até digam que essa decisão é coisa dos interesses internacionais na amazônia, mesmo sendo a justiça brasileira cumprindo nossas leis. É capaz que digam que isso é coisa de quem quer prejudicar a produção de soja do Brasil para favor a produção dos Estados Unidos, mesmo sendo a Cargill, uma empresa amaericana, a maior prejudicada com a decisão.
Temos que dar parabéns aos movimentos sociais de santarém, ao Grenpeace e todas as ONGs que se uniram para denunciar essa agressão à amazônia e seu povo, e à todas as pessoas que mesmo açeaçadas não tiveram medo de vestir à camisa e protestar. Por fim, parabéns ao Ministério Público que cumpiriu seu papel de defender os direitos constitucionalmente garantidos.
Anônimo disse…
Mas a Sectam, na moita, concedeu mais uma licença no dia 23 de fevereiro, justamente quando o MPF estava acionando o Ibama pra fechar a bandalheira da Cargill. É de admirar que o novíssimo governo petista já esteja comprado pelos dólares do "agrobusiness" predador!
Anônimo disse…
Felizmente podemos contar com o Ministério Público Federal para conter arbitrariedades obscenas com a implantação de um projeto deste porte sem EIA-RIMA uma vez que a OAB está muito ocupada com questões mais importantes.

Espero que não tarde para o mesmo MPF intervir sobre o assassinato do igarapé do Irurá, nossa principal fonte de abastecimento de água por outro projeto inócuo e oportunista.


O que mais impressiona é a estupidez de uma empresa deste porte achar que iria passar sem realizar o fundamental estudo de impacto. Se não o fez, provavelmente foi por temer os resultados.
Acompanho o coro da torcida pelo respeito às leis, às instituições e ao bom senso.

Que sirva de exemplo para outros mega-projetos-feitos-a-toque-de-caixa que atropelam não só as leis mas também o respeito ao município. Se constatados danos ambientais, que se apliquem multas exemplares para que o estado de direito prevaleça sobre as tentativas de aluga-lo ou destrui-lo.
Anônimo disse…
Ufa! Até que enfim, uma boa notícia. É um sonho de todos os santarenos de bom senso que alguma coisa desse famigerado processo de dominação do capital estrangeiro seja revertida.