Engenheiro, Rubem Chagas Jr. comenta a polêmica OAB versus fima da maisena em Alter do Chão:
Caro Jeso,
Tenho o direito de brincar o Carnaval em Alter ou qualquer outro espaço público de lazer sem ter que levar uma mãozada de trigo, amido de milho ou qualquer coisa do gênero nos olhos. Isso sem falar em outras ameaças as quais as famílias ficam sujeitas durante a quadra momesca na ilha, onde o que se vê predominantemente são hordas de adolescentes bêbados e sem controle, cujo único intuito é o de promover a desordem e a bagunça de todo gênero.
Neste ano tirei uma triste conclusão: sem as devidas providências, o carnaval de Alter-do-Chão está fadado a ser apenas uma boa lembrança... A quem discordar uma sugestão: um tubo de spray de espuma em uma mão e uma porção de trigo na outra; jogue tudo na própria cara com os olhos bem abertos. Se puder, veja que coisa engraçada; se conseguir respirar, dê uma boa gargalhada.
Caro Jeso,
Tenho o direito de brincar o Carnaval em Alter ou qualquer outro espaço público de lazer sem ter que levar uma mãozada de trigo, amido de milho ou qualquer coisa do gênero nos olhos. Isso sem falar em outras ameaças as quais as famílias ficam sujeitas durante a quadra momesca na ilha, onde o que se vê predominantemente são hordas de adolescentes bêbados e sem controle, cujo único intuito é o de promover a desordem e a bagunça de todo gênero.
Neste ano tirei uma triste conclusão: sem as devidas providências, o carnaval de Alter-do-Chão está fadado a ser apenas uma boa lembrança... A quem discordar uma sugestão: um tubo de spray de espuma em uma mão e uma porção de trigo na outra; jogue tudo na própria cara com os olhos bem abertos. Se puder, veja que coisa engraçada; se conseguir respirar, dê uma boa gargalhada.
Comentários
Patrício Poranduba
O carnaval cujas origens são antiqüíssimas. Nos dias de hoje é uma festa popular que simboliza a alegria que celebramos antes da quaresma.
Etimologicamente a palavra carnaval deriva do latim "carnem levare", pois antigamente indicava o banquete que precedia o período do jejum da quaresma.
O carnaval sempre representou uma festa do Povo. O momento onde, qualquer hierarquia deixa o espaço para as mascaras, à irreverência, às brincadeiras. O habito de se mascarar simboliza a maneira de sair do quotidiano, se desfazer do papel social, negar a se próprio, e se transformar em outro.
As primeiras manifestações conhecidas do carnaval datam 4mil anos atrás. Os egípcios foram os primeiros a oficializar a tradição carnavalesca. Eram festas que honravam a fertilidade da natureza e o moto perpetuo da renovação da vida. Os gregos, no carnaval celebravam Bacco, deus do vinho, e da vida. Os romanos transformaram o ritual do carnaval em grandes festas populares onde a característica principal era suspensão (no carnaval) das leis e das normas que regulavam as relações humanas e sociais. Dias de explosão de frenesis incontroladas, de abolição de status sociais, uma exuberância festeira que em muitos casos degenerava em atos de folia física e sexual.
Nem todo mundo aceita de perder seu status não fosse que apenas por um dia, mas o povo gosta. Quem não gostar fique longe (como muitos já fazem), ou “inventem” outras formas de simbolizar o carnaval.
Tibério Alloggio
DEIXA O POVO SE LAMBUZAR.
Tem muita picape tocando essas porcarias. Procura uma delas e te esbalda.
Um abraço do Escrotinho
Impressionante mesmo é a quantidade de gente que se dispõe a comentar sobre maisena enquanto outros temas muito mais importantes passam despercebidos e sem serem comentados.
Dó pó viemos ao pó voltaremos.
Turma, por causa disso, perdi meu querido cachorrinho Boby.
Obrigado: Antonio Basto
Já sei. Ele não é santareno.
Se fosse daqui, logo seria tachado de merda.
Basta de ser de fora, e assim já é o rei do negócio.
Põe maizena na dele...
- a palavra do Vice?
- Que a direção da Emater não muda?
- Que o PDT muda a direção em 8 cidades?
- Que o Odair vai ao Canadá?
- Que o prefeito Beiçola vai mudar cargos na prefeitura?
- O assalto do prefeito de Terra Santa?
- Talves a Pensata do Samuel seja a coisa mais séria no momento.
No fundo parece que nada vale a pena nesse país.
Pedro Balla, agradeço por ter perguntado primeiro antes de atirar. "...outros temas mais importantes passam despercebidos e sem comentários..." não se restringem a este singular momento de reflexão coletiva pós-carnavalesca e sim sobre o ano todo e provavelmente sobre os meses e anos futuros.
Se metade das maltraçadas linhas gastas pra comentar maisenas fossem dedicadas a discutir gastos públicos inadequados e a falta de planejamento municipal, observariamos a preocupação das pessoas com o bem público e não com seu próprio direito ou prazer de andar limpo ou se emporcalhar em uma festa popular. concordo com o Tibério que uma festa anual tradicionalmente despojada de pudores e regras morais que há muito perderam o simbolismo e significado só precisam de bom senso e boa parte dos problemas pode ser resolvido mudando seus hábitos ou conscientizando as pessoas de brincarem somente com quem quer brincar. Mas isso é na verdade um reflexo da falta de civilidade e respeito aos direitos alheios, principalmente ao se considerar que o público é dos outros e não seu.
As críticas e contribuições aqui apresentadas poderiam continuar o ano todo aos mandos e desmandos públicos, poderiam atuar como cobrança à camara municipal, à prefeitura, ao judiciário, ao lixo da sua rua, aos esgotos a céu aberto, às ruas esburacadas, à falta de calçadas, falta de transporte coletivo... ou seja, bobagens do mesmo nível da maisena.
É por esse país e essa cidade valerem a pena que devemos nos preocupar com coisas mais produtivas do que amido de milho e carnaval.
Boa Quaresma aos Cristãos e Judeus!
Por que está na mídia e recebe turistas de todos os lugares imagináveis deste grande mundo?
Simples, o povo tem o maior orgulho do carnaval que divulgam como o melhor do Brasil, e procuram manter como está: com bêbados, odor insuportável de urina, espuma, toda sorte de drogados e milhares de pessoas seduzidas pelo poder da mídia gastando e deixando lucro na cidade. Acham pouco? Tem mais: o saldo em Pernambuco (este não saiu na mídia) no período de sábado a quarta-feira de cinzas: 70 homicídios.
Santarém deixou morrer o carnaval de rua ao substituí-lo por um pseudodesfile de blocos e escola de samba, mas graças a coragem de alguns foi resgatado e transferido para Alter, quem não lembra do Fofão? das Formigas Cabeçudas, do desfile das Piranhas na Pracinha do Mascotinho? Com maisena ou não o carnaval de rua já existiu em Santarém como em outros locais do Brasil não estão copiando de Óbidos.
Concordo que maisena incomoda quem não entra na brincadeira do mela-mela, mas quem acha que o carnaval de Alter não tem criatividade está fechado para a irreverência dos autores e brincantes dos blocos. Por que esa mania de achar que "o que é bom vem lá de fora"(Mosaico de Ravena.)?
Uma paraense em PE.