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O site do jornal português Expresso publica um perfil arrasador da Santarém paraense, numa série de reportagem denominada Os parentes afastados da Amazônia.

Culpa o trânsito, esgotos a céu aberto, a favelização da cidade pela "degradação". E afirma que aqui é a "África do Brasil".

- A não ser a parte antiga, perto da catedral e num dos extremos da Avenida Tapajós, o que se encontra são buracos na rua, bairros quase favelas e favelas mesmo, tristonhas e miseráveis, com esgotos a céu aberto, ruas feitas ribeiros e intransitáveis - cita a matéria.

A dica de leitura é do jornalista Jota Ninos.

Comentários

Anônimo disse…
É com muita tristeza que leio o relato frio e pragmático deste ou desta portugues(a). Apesar de estar longe por mais de vinte anos da minha cidade que passei minha infância vejo que os governantes e a elite empresarial deram pouca atenção à cidade. Quero informar que o turismo apenas desenvolve-se quando pessoas tomam a decisão de admirar um local que expõe e vive uma qualidade de vida e este parece não ser o futuro de Santarém. Ademais, o grande tesouro da cidade que eu considero o Rio Tapajós continua a ser ameaçado pelo avanço da fronteira agrícola que é totalmente incentivada por empresas estrangeiras tal qual a que já se instalou com enorme estrutura em frente de Santarém.
Anônimo disse…
A favelização é uma das nossas grandes marcas nas cidades brasileiras. Santarém, por exemplo, ao longo de diversas administrações públicas nunca se preocupou em construir sequer uma casa e o déficit habitacional só faz crescer e com ele cresce a pressão social sobre, principalmente, o nosso potencial hídrico. Há alguns dias algumas famílias invadiram as margens do igarapé do Irurá. Também já foram tomadas as margens do lago do Mapiri, a favela cresce no Uruará (próximo ao antigo Matadouro Municipal), uma casa, há anos, vem se mantendo na praia da Maracangalha, o igarapé do Mararu virou esgoto, o igarapezinho foi aterrado por serragem das madeireiras, enfim, a cidade é um amontoado de invasões. Obviamente que há aproveitadores e espertalhões no meio da população carente por habitação, mas está mais do que na hora do poder público começar a fazer pelo menos um pouquinho. Na verdade se cada governo fizer um pouquinho a cidade evolui. O problema é que todos deixam os problemas se avolumarem e no presente, que seja em qualquer dia no futuro, fica cada vez mais difícil resolvê-los, por isso o tempo é agora, já! independente da cor que esteja governando.
ANDERSON DEZINCOURT
Anônimo disse…
Desleixada e abandonada: esta é a visão que o visitante tem de Santarém. Um retrato realístico dos governantes locais.
Anônimo disse…
Trinte realidade. Esse(a) jornalista pelo menos tornou publica sua decepção, e os outros tantos que que reagem simplesmente nao voltando à Santarém.
O que reclama a reportagem, são os mais elementares itens para um município que pretende se tornar destino turistico(sinalização, ruas trafegáveis,limpeza,saneamento, urbanização,educação).

Não basta receber o premio TOP DE TURISO, tem que merecer.

Nazareno Lima
Anônimo disse…
REPITO O TEXTO, COM ALGUMAS CORREÇÕES E SOLICITO AO JESO A PUBLICAÇÃO APENAS DO TEXTO ABAIXO, PARA EVITAR A DUPLICATA:

A reportagem lusitana é muito exagerada. É claro que "tocar o pau" sempre dá ibope. É mais fácil do que elogiar.
Não somos um paraíso. Somos o reflexo do resto do Brasil, abandonado pelo poder público e pela própria sociedade, que elege seus "representantes".
O que fazer?
É preciso dizer para os portugueses que isto tudo aqui é conseqüência dos desmandos iniciados desde Pedro Álvares Cabral e outros colonizadores portugueses, que chegaram ao cúmulo de expulsar os jesuítas e dizimar nossos índios, quando não relegar a Amazônia ao abandono.
Tudo isso é história.
Mas bem que poderíamos preservar a nossa geografia.
Ainda temos o Tapajós.
Nem isso os nossos irmãos lusitanos têm.
Sim, eles têm o "Tejo". Coitados...
Agora, está na hora de enviar para Portugal alguns jornalistas para dar o troco. Lá não é nenhum paraíso. Tem cada coisa que nem te conto. Pior que na África.
De qualquer modo, a reportagem deve nos servir de lição. Enquanto é tempo.
O exagero da reportagem começa pelo título. Nós sempre fomos considerados "afastados". Ninguém se importa como a Amazônia. Salvo, é claro, para explorar o que temos de melhor: a natureza e a reserva ambiental. Disso todos têm inveja.
Enfim, apesar de todas as mazelas do poder público, isso aqui ainda é um paraíso.
Será que eles foram até Alter-do-Chão?
Duvido.
Observação final: será que os portugas esperavam algo de "primeiro mundo" em pleno interior da Amazônia?
Nosso primitivismo ainda choca muita gente. Do mais inteligente ao nem tanto assim...