Contraponto do leitor Sebastião Silva, advogado, ao post Axé, Margareth e movimento negro, da lavra do sociólogo e frei Florêncio Vaz.
Fico cada vez mais impressionado com essa triste insistência de se colocar a culpa do fracasso de alguém na cor da pele. Se ela não faz "estilo puramente comercial" pra que começou a compará-la as outras cantoras "brancas"? Que necessidade é essa de sempre martelar e tentar massificar o fracasso profissional de alguém pela sua cor de pele? Só faltou dizer que ela foi vaiada por ser negra. A bengala da cor da pele como justificativa pra todo e qualquer fracasso só piora a situação.
Martinho da Vila, Gilberto Gil, Alcione, Milton Nascimento e outros tantos gênios da música tem o espaço que quiserem na mídia porque suas músicas são boas e por isso são comerciais. Por que o padre não reclama da falta de cantores japoneses na mídia? Seria preconceito?
A estupidez dessa necessidade de auto-afirmação de raças (que não existem do ponto de vista biológico) só alimenta o preconceito e em nada favorece a melhoria sócio-econômica dos afro-descendentes.
Será que teremos que criar o movimento nordestino pra por a culpa na sociedade "branca" que chama de "arigó ou cabeça chata" os irmãos do nordeste? Criaremos cotas para nordestinos ou nortistas por serem historicamente menos favorecidos?
Quanto mais nos fizerem de "coitados" por sermos negros, arigós ou gaúchos, mais seremos segregados por não conseguirmos expressar nossas capacidades de forma independente. Negro, azul, amarelo, branco ou vermelho tem que ser competente pra ser reconhecido. Quer ser respeitado, independente se é do Ceará, São Paulo ou comunidade quilombola? Trabalhe e tenha sucesso. Movimento negro só vai servir quando deixar de pensar só em música, em "axé", futebol e todos os estereótipos que fazem com que creiam que negros só "servem" pra "entretenimento".
Por que o tal "movimento" não mostra cientistas, empresários, homens públicos negros como referências? será que não há ninguém ou não interessa mostrar e comentar pois isso é "coisa de branco"? Por que não estimulam a se desenvolver como qualquer japonês, coreano, israelense ou mexicano? Trabalhando, estudando e vencendo obstáculos com competência e não com "movimento dos quadris negros" é que um dia poderemos pensar em ter respeito.
Fico cada vez mais impressionado com essa triste insistência de se colocar a culpa do fracasso de alguém na cor da pele. Se ela não faz "estilo puramente comercial" pra que começou a compará-la as outras cantoras "brancas"? Que necessidade é essa de sempre martelar e tentar massificar o fracasso profissional de alguém pela sua cor de pele? Só faltou dizer que ela foi vaiada por ser negra. A bengala da cor da pele como justificativa pra todo e qualquer fracasso só piora a situação.
Martinho da Vila, Gilberto Gil, Alcione, Milton Nascimento e outros tantos gênios da música tem o espaço que quiserem na mídia porque suas músicas são boas e por isso são comerciais. Por que o padre não reclama da falta de cantores japoneses na mídia? Seria preconceito?
A estupidez dessa necessidade de auto-afirmação de raças (que não existem do ponto de vista biológico) só alimenta o preconceito e em nada favorece a melhoria sócio-econômica dos afro-descendentes.
Será que teremos que criar o movimento nordestino pra por a culpa na sociedade "branca" que chama de "arigó ou cabeça chata" os irmãos do nordeste? Criaremos cotas para nordestinos ou nortistas por serem historicamente menos favorecidos?
Quanto mais nos fizerem de "coitados" por sermos negros, arigós ou gaúchos, mais seremos segregados por não conseguirmos expressar nossas capacidades de forma independente. Negro, azul, amarelo, branco ou vermelho tem que ser competente pra ser reconhecido. Quer ser respeitado, independente se é do Ceará, São Paulo ou comunidade quilombola? Trabalhe e tenha sucesso. Movimento negro só vai servir quando deixar de pensar só em música, em "axé", futebol e todos os estereótipos que fazem com que creiam que negros só "servem" pra "entretenimento".
Por que o tal "movimento" não mostra cientistas, empresários, homens públicos negros como referências? será que não há ninguém ou não interessa mostrar e comentar pois isso é "coisa de branco"? Por que não estimulam a se desenvolver como qualquer japonês, coreano, israelense ou mexicano? Trabalhando, estudando e vencendo obstáculos com competência e não com "movimento dos quadris negros" é que um dia poderemos pensar em ter respeito.
Comentários
Quero parabenizar o Sebastião pela clareza, objetividade e simplicidade colocadas em sua opinião sobre o assunto.
Aliás, poderia ele ter ampliado à exaustão sua relação de pessoas de outras raças que obtiveram e obtém sucesso unicamente pelo seu trabalho e talento, quase todas invariavelmente vindas das classes que formam a base da pirâmide social desse Brasil desigual.
Lógico que o tema é bem mais complexo e abrangente para ser enfocado somente com esse ponto de vista do Sebastião, mas convenhamos que essa posição é corroborada por grande parte da população.
Abraços.
Luiz Aurélio Imbiriba
Em razão disso, políticas públicas garantidoras de vagas em universidades aos negros são legítimas, justas e necessárias à minimização do sério problema.
Quem pensa o contrário é elitista e quer por força manter o status quo ante opressivo contra os menos favorecidos deste país. Abaixo a discriminação!
Ir. Aldrin Viana
Ao Ir. Aldrin Viana aviso que a tentativa de impor a alguém um esteriótipo como o mesmo fez em seu comentário é uma das piores demonstrações de ignorância e agressão que alguém pode fazer em um regime democrático em um ambiente respeitoso e fértil como este espaço virtual.
O sr. tem todo o direito de discordar de minha opinião, mas não tem o direito de afirmar que quem pensa o contrário da sua se encaixa em algum padrão ou perfil.
Além de arrogante o sr. abre brechas para que eu exerça meu direito de afirmar o que eu "acho" de quem pensa contrário de mim e rotula-lo como bem quiser. Este tipo de atitude extremista (que por sinal não o difere de nenhum extremista religioso muçulmano ou hebreu) é a mesma que motiva alguém a explodir aqueles que pensam contrário por julga-los elitistas, infiéis, hereges ou inadequados às suas verdades. A unica diferença são os métodos, o conceito é o mesmo.
Afirmar taxativamente que alguém que contrarie as suas crenças assume obrigatoriamente um perfil qualquer arbitrado por sua mente é altamente perigoso e desnecessário. Acredito que por ser "Irmão" de alguma congregação religiosa, provavelmente católica, o mesmo está acostumado a verdades supremas imutáveis e condena à danação todo aquele que discorda de suas teorias absolutas. Felizmente já passamos da época das fogueiras, a muito custo, mas já passamos.
Poderia seguir seu método de traçar verdades supremas e afirmar que todo aquele que pensa diametralmente oposto a minhas idéias (como padres, bispos ou carolas de igreja) são homosexuais enrustidos, pedófilos e mal resolvidos sexualmente e tentam buscar na religião esconderijo para suas frustrações sob o manto da devoção. Isso seria injusto, discriminatório, generalizador e desnecessário ao debate pois é o meu juizo de valor (hipotético neste caso) e não a correspondência fiel da verdade obtida através de uma amostragem desprezível de casos isolados.
Ao exigir "abaixo a discriminação" comece por voce próprio ao liberar sua mente de pré conceitos estabelecidos sobre os valores que as pessoas que pensam diferente de voce tem.
Argumente com moderação e inteligência, convença as pessoas que estão lendo que seus motivos são mais fortes que os que eu levantei e não agrida ou aponte o dedo acusatório para aqueles que vêem o mundo de maneira diferente. Isso chama-se respeito.
Quando se desculpar, talvez eu continue o debate sobre seus argumentos.
Sebastião SILVA
Pode ficar furioso, senhor Sebastião, mas o Aldrin Viana tem razão, o senhor é um elitista, simples repetidor de fórmulas de "sucesso" apregoada pelos donmos do mundo. Para o senhor Sebastião, o "movimento dos quadris negros" deve criar coceira na mente...
Rosa Chaves
Marx estava certo, a luta de classes continua e o povo deve buscar meios necessários para libertar-se totalmente do forte jugo imposto por um sistema que humilha, empobrece, embrutece, mata, prende e rouba.
Se V.Sª tivesse vivido na França revolucionária certamente teria sido guilhotinado sem misericórdia; na Rússia de Lênin, enforcado; e, na Ilha de Castro, enviado ao paredón.
Aceite a sentença da maioria: seus argumentos são simplismente ridículos.
Ir. Aldrin Viana
Diga que eh mentira o que estou falando, sonhador.O que falta para qualquer cor se dar bem nesse Brasil refen de tantos factoides e estupros a nacionalidade e a moral eh : Trabalho,trabalho e trabalho.
Arrogante esta sendo voce que nao consegue diferenciar sua realidade e se coloca de igual para igual a qualquer cretino e louco fundamentalista religioso.
Se soubesses minha historia nao terias sido tao infeliz.Sou um dos brasileiros que remete parte dos bilhoes que o Brasil recebe do exterior e aplico em minha regiao de origem.Vai rezar que esse eh o seu papel.O meu eh gerar emprego,impostos,tecnologia e oportunidades a quem nao tem essa sorte.
Voce esta mais para agitador do que para Cristao.Petulante.
Rezarei por voce.
Rômulo Sampaio ( um dos que nutrem investimentos no Brasil e na região.)
Sinceramente,
Rômulo Sampaio.
Esclareço: o último escrito de minha lavra referia-se ao Sebastião Silva, autor do post sob comentário, e não a vc. Aliás, também fui emotivo em minha réplica.
Fundamentalmente, o mundo é torto e nunca se endireitará (mesmo sob regime socialista), em minha ótica, o que podemos fazer neste sistema corrupto é nos esforçar ao máximo individualmente para sermos justos. Um abraço!
Ir. Aldrin Viana
Outro dia, aqui mesmo neste blog o próprio sr. Jeso censurou comentários que atacavam o indivíduo (creio que sr. Tibério) e não o que ele escreveu ou suas idéias.
Praticamente todos que aqui escreveram não contrapuseram ou contra argumentaram o que eu disse e sim, atacaram a minha pessoa.
Em momento algum neguei que os afro-descendentes foram a etnia que mais sofreu abusos por parte do estado e do restante da sociedade brasileira. Em momento algum ignorei que aqueles que possuem fenótipo negróide (classificação biológica para a etnia) possuem os piores indicadores sócio-eeconômicos. Em momento algum neguei os séculos de exploração e opressão que sofreram e os impactos socias que foram gerados. Pra quem não consegue ler sem as vendas do preconceito, o que quis dizer foi, a exemplo destes comentários, que a questão racial no Brasil tornou-se uma questão que coloca o cidadão afro-descendente como um grupo incapaz de fazer parte da sociedade através dos processos de mérito e sim por compensações pelo simples fato de serem negros. Ou, que a exemplo de outro comentário acima, os negros só são reconhecidos na sociedade como profissionais de "entretenimento" ou braçais. Se não vêem problema nenhum com isso e acham que toda a sociedade reconhecerá a população negra SOMENTE com estas funções e a partir delas terão respeito, que assim seja. Se nossas escolas públicas melhorarem e os indivíduos mais pobres (reconhecidamente em sua maioria de negros) tiverem as mesmas oportunidades para escolherem a profissão que melhor lhes interessar e assim comprovar que não são inferiores ou incapazes, como boa parte da sociedade os julga, poderiamos ter uma amostragem válida. Temos sim dívidas históricas, não só com negros, mas com índios, nordestinos, nós nortistas, entre tantos outros. Resta saber se vamos depender de favores do estado e uma situação juridica paralela para conquistarmos nossos espaços pelo simples fato de termos nascido com mais melanina, olhos puxados ou no Sesp em Santarém.
temos tanto e tão bons exemplos de gente pobre e humilde em nossa região que saiu da miséria e através do esforço pessoal e dedicação alcançaram o sucesso. há juizes, jornalistas, médicos, engenheiros, professores, etc. entre eles há brancos, negros, mestiços e todo o arco-iris de cores que vemos pelas ruas. Privilegiar o negro como único excluído que merece atenção especial é desprezar a riqueza genética qeu temos ao misturarmos em milhões de combinações possíveis, centenas de etnias do mundo inteiro em nosso país. Eleger uma etnia como merecedora de situação jurídica diferenciada é ignorar que a mestiçagem acarreta tantos problemas quanto a manutenção da "raça" original, sem oferecer os mesmos benefícios de uma etnia. isso pra mim é absolutamente perigoso e desnecessário.
O que está claro é que não se pode discutir este assunto sob a luz da razão. Ninguém consegue debater o tema sem agredir e atacar aqueles que pensam de forma diferente. Só é racista quem sair na rua com camisetas 100% branco ou editar uma revista "raça Ariana", as demonstrações de ode à raça negra não são vistas como tal e sim como auto-afirmação. Não pode um indivíduo que sinta orgulho de sua tez branca expressar seu orgulho por ter aquela cor como qualquer afro-descendente? Que democracia racial é essa que se prega?
A falta de debatedores de nível razoável não estimula a criação de um debate com argumentos plausíveis e sim acusações e ofensas da pior espécie.
Mais assustador é a invocação de termos como "fascista" para quem pensa diferente ou a torcida de um religioso para que se guilhotine, torture ou fuzile alguém que so PENSA ou escreve de forma diferente da sua.
Fica evidente que uma pessoa como este "irmão" Aldrin Viana é no mínimo alguém que deveria ser melhor observado pois possui um viés para a violência e o autoritarismo preocupantes. Ao mesmo tempo que critica um "sistema" que prende, mata e trucida, torce para que outro semelhante tivesse o mesmo fim de milheres que foram mortos pelo simples fato de pensar. Não cabe a mim julga-lo ou traçar-lhe um perfil psicológico, mas seu desequilíbrio denota algumas patologias emocionais visíveis provavelmente oriundas de frustrações ou questões pessoais mal resolvidas tão bem explicadas por Freud.
Admiro que o mesmo não tenha conhecimento do que ocorreu com os religiosos na rússia de Stalin, na China de Mao, na ilha de Fidel ou nas ditaduras latino-americanas. A ignorância é no final o maior pesadelo da humanidade pois impede que os erros cometidos não sejam jamais repetidos.
A ocupação da igreja católica por radicais extremistas de esquerda que nada pregam dos ensinamentos de tolerância de Cristo mostram o quão primitiva ainda é nossa sociedade e os métodos que se utilizam para impor suas verdades e ideologias.
Sebastião Silva
Obrigado.
Rômulo
R.Sao Payo