Canção a Mr. Brown que U.S.A e abusa
Hello, my Mr. Brown, cadê seus óculos de lentes bifocais
Pra ver bem mais do que presentes,
Cotações, conta corrente?...
Sua miopia é renitente, sua miopia é renitente.
É justo Mr. Brown,
Que você cresça antes que o sol apareça
Pra luzir sua cabeça
De homem que faz conta à beça
E faz bem contas de mais.
No entanto, Mr. Brown,
Também é justo que eu me livre deste susto,
De outras contas, de outros custos,
Que eu insisto, mas não custo
Pra algum dia desistir.
Porque, viu, Mr. Brown?
Eu que me canso pra fazer o seu descanso,
Suas férias, seu remanso; sem você se consumir.
Sua cama, Mr. Brown,
É meu cimento; sua alegria meu tormento;
Seu sorriso, meu lamento.
Nem me lembro há quanto tempo
Que não fiz algo por mim, que não fiz algo por mim.
Sua grana, Mr. Brown, minha pobreza;
Seu banquete, a minha mesa
Sem seu troço à milanesa, sem sua colher inglesa
Pra engordá-lo de cifrões.
Meu quarto, Mr. Brown, sua suíte;
Os meus calos, seu requinte;
Mas, cuidado, não se irrite,
Que isso agrava sua gastrite
De homem que come demais.
Eu creio, Mr. Brown, não é nada terno
Estar por dentro do seu terno
- cá pra nós, o mais moderno -,
Mandar Deus e o diabo pro inferno,
Sem, ao menos, levantar.
Quem sabe, Mr.Brown,
Que no seu próximo cruzeiro
Cê naufrague e fique cheio
De água podre com mau-cheiro
E venha, assim, boiar ligeiro
Com os lixos da Vera Paz.
--------------------------
De José Maria e Orivaldo Fonseca, compositores santarenos.
Hello, my Mr. Brown, cadê seus óculos de lentes bifocais
Pra ver bem mais do que presentes,
Cotações, conta corrente?...
Sua miopia é renitente, sua miopia é renitente.
É justo Mr. Brown,
Que você cresça antes que o sol apareça
Pra luzir sua cabeça
De homem que faz conta à beça
E faz bem contas de mais.
No entanto, Mr. Brown,
Também é justo que eu me livre deste susto,
De outras contas, de outros custos,
Que eu insisto, mas não custo
Pra algum dia desistir.
Porque, viu, Mr. Brown?
Eu que me canso pra fazer o seu descanso,
Suas férias, seu remanso; sem você se consumir.
Sua cama, Mr. Brown,
É meu cimento; sua alegria meu tormento;
Seu sorriso, meu lamento.
Nem me lembro há quanto tempo
Que não fiz algo por mim, que não fiz algo por mim.
Sua grana, Mr. Brown, minha pobreza;
Seu banquete, a minha mesa
Sem seu troço à milanesa, sem sua colher inglesa
Pra engordá-lo de cifrões.
Meu quarto, Mr. Brown, sua suíte;
Os meus calos, seu requinte;
Mas, cuidado, não se irrite,
Que isso agrava sua gastrite
De homem que come demais.
Eu creio, Mr. Brown, não é nada terno
Estar por dentro do seu terno
- cá pra nós, o mais moderno -,
Mandar Deus e o diabo pro inferno,
Sem, ao menos, levantar.
Quem sabe, Mr.Brown,
Que no seu próximo cruzeiro
Cê naufrague e fique cheio
De água podre com mau-cheiro
E venha, assim, boiar ligeiro
Com os lixos da Vera Paz.
--------------------------
De José Maria e Orivaldo Fonseca, compositores santarenos.
Comentários
Agora todo mundo pensa que é músico e poeta.
Também desse jeito, até a minha vó.
UUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!!
O covarde "anônimo" que assinou esse lixo acima (26/8, 16:15), infelizmente publicado, não ouviu a canção e tampouco tem massa cinzenta para ler em português (do Brasil) a poesia da canção assinada por vocês.
A belíssima letra, metaforizando à la Manoel Bandeira os paradoxos dos valores do "Tio Sam", é demais (muita metáfora) para um cérebro de ameba, que talvez esperasse uma nota de rodapé explicando quem é "Mr. Brown"?
Acompanho de longe sua batalha, mestre Zé Maria. Reconheço, louvo e aplaudo seu talento (e de Orivaldo Fonseca, parceiro nesta canção).
A esse tipo de "espírito de porco", deixemos o recado da poesia de Mário Quintana: "Todos estes que aí estão/ Atravancando o meu caminho,/ Eles passarão/ Eu passarinho!"
Beijos nos corações,
Samuca
Hello, my Mr. Maria, cadê seus óculos de lentes bifocais
Pra ver bem mais do que presentes,
Cotações, conta corrente?...
Sua miopia é renitente, sua miopia é renitente.
No entanto, Mr. Maria,
Também é justo que eu me livre deste susto,
De outras contas, de outros custos,
Que eu insisto, mas não custo
Pra algum dia desistir.
Porque, viu, Mr. Maria?
Eu que me canso pra fazer o seu descanso,
Suas férias, seu remanso; sem você se consumir.
Sua cama, Mr. Maria,
É meu cimento; sua alegria meu tormento;
Seu sorriso, meu lamento.
Nem me lembro há quanto tempo
Que não fiz algo por mim, que não fiz algo por mim.
Sua grana, Mr. Maria, minha pobreza;
Seu banquete, a minha mesa
Sem seu troço à milanesa, sem sua colher inglesa
Pra engordá-lo de cifrões.
Eu creio, Mr. Maria, não é nada terno
Estar por dentro do seu terno
- cá pra nós, o mais moderno -,
Mandar Deus e o diabo pro inferno,
Sem, ao menos, levantar.
Quem sabe, Mr.Maria,
Que no seu próximo "cruzeiro"
Cê naufrague e fique cheio
De água podre com mau-cheiro
E venha, assim, boiar ligeiro
Com os lixos da Vera Paz.
Quanto a exercer um papel de crítico aos textos publicados, confesso que tenho comentado aquilo que conheço - e não arrisco o debate noutras searas para não falar bobagem ou fazer a crítica pela crítica. Mas vou pensar no seu apontamento, com certeza.
Sou amigo de vários cabôcos que aqui escrevem e compartilham suas idéias conosco e não teria o menor constrangimento de criticar. Mas um trabalho musical é sempre algo de múltiplas interpretações. Só não tolero xingamento, ofensa, achincalhe.
Saudações mocorongas,
Samuca
Orivaldo Fonseca