Do professor Samuel Lima, sobre o post Saída:
Jeso,
O aspone Marco Aurélio Garcia se for, realmente, já vai tarde... Pelo gesto e conjunto da "obra" - no sentido do verbo "obrar"...
O episódio, no entanto, reflete o que o jornalista Luís Nassif sabiamente denuncia como "radicalização irresponsável":
"A radicalização política está assumindo proporções assustadoras. Está se tornando um fenômeno amplo e que, a qualquer momento, pode fugir ao controle do bom senso.
Os gestos do Marco Aurélio Garcia e do seu assessor, comemorando a “barriga” da cobertura do “Jornal Nacional” são condenáveis. Mas filmá-los dentro de sua sala, na intimidade, equivale a um grampo ilegal. É crime. Qual teria sido o comentário dos editores da Globo quando receberam o material que permitiu desviar o foco da discussão da cobertura para o gesto do assessor?"
Jeso,
O aspone Marco Aurélio Garcia se for, realmente, já vai tarde... Pelo gesto e conjunto da "obra" - no sentido do verbo "obrar"...
O episódio, no entanto, reflete o que o jornalista Luís Nassif sabiamente denuncia como "radicalização irresponsável":
"A radicalização política está assumindo proporções assustadoras. Está se tornando um fenômeno amplo e que, a qualquer momento, pode fugir ao controle do bom senso.
Os gestos do Marco Aurélio Garcia e do seu assessor, comemorando a “barriga” da cobertura do “Jornal Nacional” são condenáveis. Mas filmá-los dentro de sua sala, na intimidade, equivale a um grampo ilegal. É crime. Qual teria sido o comentário dos editores da Globo quando receberam o material que permitiu desviar o foco da discussão da cobertura para o gesto do assessor?"
Comentários
Sempre que posso leio seu blog e tento fazer uma leitura de nosso dia-a-dia através dele. Parabéns por sintetizar de forma inteligente o que se passa nos vários seios de nossa sociedade.
Lendo o comentário do professor Samuel Lima intitulado “Desvio de foco”, senti vontade de fazer um pequeno comentário. Caso perceba relevância neste breve raciocínio, sinta-se livre para publicá-lo.
Já havia lido outras intervenções do professor Lima, todas sempre pertinentes e muito bem escritas. Faz jus à área em que atua, pela forma e profissionalismo com que comunica seus pontos de vista.
Minha intervenção se remete a questão central do escrito do professor. Ao condenar a radicalização política dos muitos episódios criminosos que ocorrem quase que cotidianamente nos meios – por coincidência – políticos e governamentais, o professor condena os gestos dos assessores do presidente, ao mesmo tempo em que infere como crime a captura das imagens pela TV Globo. Àqueles quero crer que o professor infere condenação moral. Ao último, crime legal, delito.
Concordo com o primeiro ponto. É indiscutível. Como assessor do chefe do governo, o Sr. Garcia deveria ter sido banido do posto. Ele e o outrozinho que se deliciou com a situação. Mais do que se importar apenas com seus narizes e os de seus pares, esses senhores brincaram de forma repugnante com a condição humana de mais de 200 pessoas que perderam suas vidas, e “relaxaram e gozaram” de outros 180 milhões de brasileiros. São tão imorais e amorais que não têm dignidade nem para pedir demissão. A comparação que o professor Samuel faz entre os atos desses senhores com possível reação dos editores da Globo quando receberam as imagens, no mínimo, ridiculariza o debate que ele mesmo propõe. Quem são os editores sem-nome? Os primeiros são públicos, exercem cargos públicos e devem sim ser fiscalizados de perto quando no exercício de suas atividades (quando da captura das imagens estavam no Palácio do Planalto em serviço) e na salvaguarda de seus cargos, indiretamente conferidos a si pelo povo. Eis o paradoxo da radicalização política.
Se a Globo exagera, (digo SE e EXAGERA e não RADICALIZA) quem não gosta tem o livre arbítrio de mudar de canal de forma imediata. (In)Felizmente não posso fazer o mesmo com este governo que desqualifica a minha inteligência com a sua esqualidez inerte e desrespeito à minha condição de cidadão brasileiro.
Se a Globo cometeu crime, o que não me parece, que os ofendidos senhores entrem com a devida ação jurídica cabível devidamente encaminhada por seu exército de advogados bem pagos. E quanto a nós cidadãos comuns, o que fazer quando nossas famílias morrerem no próximo vôo? Tomara que ainda exista o aeroporto de alternativa. E que não seja no exterior. Que o Nilson Chaves não me ouça
Os únicos golpistas que o Brasil vê são os próprios petistas, que não se cansam de oferecer gafes chulas à população e um presidente que pediu dia e hora para acabar com a crise aérea há sete meses e se escondeu da população para evitar que ficasse com uma “imagem negativa”.
Lula desistiu de vir a Porto Alegre. Está certo. A “Mídia Golpista” vai incitar as pessoas que perderam parentes e amigos a vaiar o presidente, decerto. A omissão e incompetência do governo em tratar desse assunto vem de 2003, quando José Viegas avisou sobre os problemas aéreos.
Mas não: a culpa é dos golpistas. Gostaria de saber quem eles são. Não é possível que vocês sejam tão autistas.”