No site O Eco:
Lado
A governadora paraense, Ana Julia Carepa, finalmente meteu o dedo na disputa jurídica em torno do porto da Cargill em Santarém. Fez isso tão discretamente que quase ninguém viu. No dia 10 de abril, a Procuradoria Geral do Estado do Pará ajuizou pedido no Supremo Tribunal Federal (STJ), em Brasília, pedindo a reabertura das instalações da empresa às margens do rio Tapajós. O gesto não teve nenhum impacto na decisão tomada quatro dias depois pelo desembargador Carlos Fernando Mathias, do Tribunal Federal de Recursos (TRF) da 1ª Região, liberando a operação do porto. Mas é muito importante. Mostra que Ana Julia escolheu com quem ela ficará abraçada na briga.
Novela
A ida do governo paraense ao STJ abriu um terceiro front legal sobre o futuro do porto da Cargill em Brasília. A empresa tinha sido condenada a fechá-lo pela Justiça Federal em Santarém e recorreu ao TRF. O julgamento dessa apelação está marcado para a próxima segunda, dia 23. Nesse meio tempo, a Cargill entrou com um mandado de segurança também no TRF. Foi nesse processo que a empresa conseguiu uma decisão favorável do desembargador Mathias na semana passada. O pedido da Procuradoria Geral paraense no STJ é o mais recente capítulo dessa novela jurídica. Todos contam a mesma história.
Autor
Só mesmo o Judiciário brasileiro para aceitar ouvir a mesma coisa três vezes.
Saúde pública I
O governo do Pará alegou no seu pedido que o fechamento do porto traria prejuízos econômicos, inclusive à outras regiões da Amazônia, e que ele representa grave ameaça à saúde pública de Santarém. Diz que se a Cargill continuar fechada, ela terá que jogar 48 mil toneladas de soja fora no aterro sanitário municipal. É um excesso de carga que impedirá que ele continue a funcionar, paralisando a coleta do lixo na cidade.
Saúde pública II
O boom da soja em Santarém começou no finzinho da década de 90, com a chegada de agricultores sulistas vindos do Mato Grosso. Mas decolou mesmo depois que a Cargill abriu seu terminal no município e começou a financiar os produtores locais. Entre 1999 e 2004, segundo um estudo feito por Daniel Cohenca, funcionário do Ibama, o plantio de grãos foi diretamente responsável pela derrubada de 80 mil 893 hectares de florestas primárias e secundárias, em ótimo estado de regeneração, no município.
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Nota do blog: As portas fechadas do hospital regional, pelo visto, não representam nenhum prejuízo à saúde pública do município.
Lado
A governadora paraense, Ana Julia Carepa, finalmente meteu o dedo na disputa jurídica em torno do porto da Cargill em Santarém. Fez isso tão discretamente que quase ninguém viu. No dia 10 de abril, a Procuradoria Geral do Estado do Pará ajuizou pedido no Supremo Tribunal Federal (STJ), em Brasília, pedindo a reabertura das instalações da empresa às margens do rio Tapajós. O gesto não teve nenhum impacto na decisão tomada quatro dias depois pelo desembargador Carlos Fernando Mathias, do Tribunal Federal de Recursos (TRF) da 1ª Região, liberando a operação do porto. Mas é muito importante. Mostra que Ana Julia escolheu com quem ela ficará abraçada na briga.
Novela
A ida do governo paraense ao STJ abriu um terceiro front legal sobre o futuro do porto da Cargill em Brasília. A empresa tinha sido condenada a fechá-lo pela Justiça Federal em Santarém e recorreu ao TRF. O julgamento dessa apelação está marcado para a próxima segunda, dia 23. Nesse meio tempo, a Cargill entrou com um mandado de segurança também no TRF. Foi nesse processo que a empresa conseguiu uma decisão favorável do desembargador Mathias na semana passada. O pedido da Procuradoria Geral paraense no STJ é o mais recente capítulo dessa novela jurídica. Todos contam a mesma história.
Autor
Só mesmo o Judiciário brasileiro para aceitar ouvir a mesma coisa três vezes.
Saúde pública I
O governo do Pará alegou no seu pedido que o fechamento do porto traria prejuízos econômicos, inclusive à outras regiões da Amazônia, e que ele representa grave ameaça à saúde pública de Santarém. Diz que se a Cargill continuar fechada, ela terá que jogar 48 mil toneladas de soja fora no aterro sanitário municipal. É um excesso de carga que impedirá que ele continue a funcionar, paralisando a coleta do lixo na cidade.
Saúde pública II
O boom da soja em Santarém começou no finzinho da década de 90, com a chegada de agricultores sulistas vindos do Mato Grosso. Mas decolou mesmo depois que a Cargill abriu seu terminal no município e começou a financiar os produtores locais. Entre 1999 e 2004, segundo um estudo feito por Daniel Cohenca, funcionário do Ibama, o plantio de grãos foi diretamente responsável pela derrubada de 80 mil 893 hectares de florestas primárias e secundárias, em ótimo estado de regeneração, no município.
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Nota do blog: As portas fechadas do hospital regional, pelo visto, não representam nenhum prejuízo à saúde pública do município.
Comentários
Numa das motivações o procurador do Governo (citando pesquisa da EMBRAPA) chega a culpar a produção familiar como principal causa do desmatamento da Amazônia nos últimos 30 anos!
Enquanto o governo recebe a pressão dos madeireiros e promete liberação de planos de manejo (cuja maioria são ilegais), paralelamente se coloca ao lado da multinacional Cargill em defesa da expansão do agronegocio na Amazônia, com motivações tão ridículas que desqualificam a competência do atual procurador do governo.
Sinais sinistros que podem ser a antecipação de coisas ainda piores que estão por vir na região e no Pará.
Ana Julia pode até concordar politicamente com o agronegocio, mas com as motivações apresentadas pelo Procurador mancha seu nome e se coloca no mesmo saco dos vilões da Amazônia. Para reparar, no mínimo a Governadora deveria dar as conta ao tal de procurador.
Enquanto isso, o presidente Lula lança sinais políticos contra o IBAMA que segundo ele seria responsável de atrasar o licenciamento de hidroelétricas (rio madeira) na Amazônia.
Alerta vermelho para os movimentos sociais e ambientais da Amazônia.
Tibério Alloggio
- Hospital Regional fechado!;
- Tratamento de água = INEXISTENTE;
- Tratamento de esgoto = INEXISTENTE;
- Drenagem de ruas para evitar alagamentos e proliferação de doenças = INEXISTENTE;
- Terminal fluvial onde nao haja concentração de lixo e dejetos humanos = INEXISTENTE!
GOVERNANTES, VAMOS FAZER O FAVOR DE DEIXAZR AS DESCULPAS DE LADO...E SE ISSO FOR IMPOSSÍVEL, AO MENOS PROCUREM DESCULPAS CONVINCENTES!
Naturalmente que o crescimento econômico implica em custos sociais e ambientais, os quais devem ser minimizados com o maior empenho.
Se estamos inseridos num sistema de mercado competitivo, cuja tônica é a busca incessante de lucros, sob pena de extinção, como podemos nos auto-impor óbices ao desenvolvimento?
Perdão, mas não me contenho em perguntar: quantos empregos fornecem o Jeso, o Tibério, o Pe. Edilberto e o Greenpeace para nós?
Será que carecemos de leis protetivas do meio ambiente, órgãos governamentais fiscalizadores e de entidades ambientalistas?
Se a pobreza é o maior agente tóxico ambiental, como apaziguá-la sem geração de emprego proveniente de investimento econômico no contexto real de um sistema capitalista de mercado?
Estaremos condenados eternamente a mandar nossos filhos para a Z.F.M. a procura de emprego? E as nossas meninas porventura entregaremos à prostituição? Ou seremos todos enviados aos E.U.A., maior produtor mundial do grão, superpotência econômica que não aderiu ao tratado de Kyoto, e de longe o maior poluidor da atmosfera terrestre, para trabalharmos em suas tradings de soja?
José Araújo
Até quando os filhos do Oeste do Estado do Pará, terão que buscar seus sustento fora de sua região de origens, criando riquezas em outras regiões.
Senhores, na Biodiversidade da nossa região, existe sêres humanos, necessitanto de empregos e rendas, para subsistência de seus familiares.
Nós estamos ficando velho e não burro. Até quando, vamos ser exportadores de materias primas e de mão de obra.
Nunca vamos aprender a agregar valores, para criar os empregos necessários a nossa população.
gtlimaam@ig.com.br
Eleitor indignado
Um pândego, o senhor José Araújo.
Mais do Mesmo hein Sr. José Araújo!.
O Sr. já pensou sobre o que realmente está errado?
Será que somos nós, amazonidas atrasados, travadores da economia, ambientalistas malucos e inimigos de tudo ou será os sojicultores, ou coronéis, ou cafeicultores que com seus ciclos economicos encantaram e encantam alguns com um futuro magnifíco, iludindo a maioria e ludibriando a justiça.
Ou ainda, poderíamos citar o sistema econômico, que privilegia uma economia voltada para a monocultura de exportação, tomando o lugar de atividades tradicionais, como a agricultura familiar e o agroextrativismo, impedindo, ao mesmo tempo, a construção de novos caminhos. QUe dá mais importancia aos lucros imediatos de alguns bocados, repetindo assim os modelos economicos aplicados na Mata Atlântica e Cerrado.
Ora Sr. José, o sr. não teve aula de história?
Devemos mudar o paradigma vigente. ou o sr. prefere continuar dizendo q eu sou um pseudo-intelectual financiado pelos EUA (A Cargill vem da onde mesmo?). Ou prefere dizer que isso é balela e o q importa é o emprego. òtimo. Mas peraí. Agronegócio é altamente mecanizado. Quantas pessoas são necessárias para apertar um botão?
Essa discussão já foi bastante discutida no blog do jeso. Procure se informar por aqui mesmo.
Abraços
parabéns Jeso pelo blog.
ps.: Sr. José Araújo, a que horas começa o ROTA mesmo?
Couratari