Classe penalizada

Do leitor que se asina Um santarem em Belém, sobre o post OAB contra maisena em Alter do Chão:

A opinião isolada de uma pessoa, que não soube se despir do cargo coloca toda a classe dos advogados em uma situação de críticas desnecessárias, quando se tem muitas questões mais importantes para se preocupar. Vim a Santarem exatamente para curtir o Carnaval de Alter, sabedor de que o négócio é não se incomodar com quem te joga maisena. Realmente, não dá para separar as pessoas que estão a fim da brincadeira e as que não estão, mas esse foi o espaço criado para isso. A normalidade da Vila retorna após o Carnaval, então, deixem brincar.

Gostaria de deixar registrado que há a necessidade de mais policiamento para prender muitos brigões e, quem sabe, evitar o uso de sprays. No mais, é só curtir e se preparar para o próximo ano. Dra. Ana, o cargo de presidente da a OAB não é para isso. Mas, se você queria audiência, conseguiu.

Comentários

Anônimo disse…
Quê que é isso, companheiro, confessa sem mais que veio pra cá "sabedor de que o negócio é não se incomodar com quem te joga maisena"! E ainda tem coragem de dizer que "não dá pra separar as pessoas que estão a fim da brincadeira e as que não estão". Claro que dá! O que marca essa divisão é o mesmo marco que, na sociedade ocidental, divide a esfera pública da privada. É a arrogância, ou das sociedade autoritárias ou daquelas onde ainda não soprou os ventos benéficos da convivência democrática, que insiste em fazer do espaço público algo particular. Em Alter-o-ego-do-outro-no Chão essa prática recebe um nome: viajar na maisena!
Patrício Poranduba
Anônimo disse…
Ulha já minino!!! Que istória é essa de que o "negócio é não se incomodar"? Já tinha lido ontem as notas a respeito do tema e fiquei me lembrando de quando, no ano passado ( quando eu ainda estava aí), tendo saído eu da catraca com meu namorado, após um romântico domingo, já limpa e vestida para voltar a cidade, fui surpreendida (e meu namorado também) por um "psicopata da maisena" que, sem me dar chance de defesa, cobriu-me do branco pó.

Por pouco não houve uma cena policial na bucólica vila de Alter-do-chão (risos). Não sou contra a maisena porque não tenho de ser nem contra nem a favor de tão insignificante tema....

Sou é contra o fato de a liberdade de quem não está na brincadeira ser desrespeitada...


Que istória é essa e eu vir andando, lépida e fagueira e de repende um ente em processo covilizatório simplesmente me enche o rosto de maisena, meu querido?(risos)... Ontem eu até mandei para o meu namorado as notas que li aqui, para ele se lembrar... Hoje eu morro de rir do fato mas na hora, a situação não me despertou o mesmo ânimo...
Anônimo disse…
Poranduba fala como se isto fosse rotina, algo diário, corriqueiro. Esquece que é um evento de 3 dias no máximo e que não é obrigatório a presença como em uma eleição. Sua data em 2008 já é conhecida, está no calendário. programe-se desde já.

Poranduba na ânsia de demosntrar in totum seu juridiquês, confunde as bolas em sofismas e interpretações equivocadas dos direitos individuais e dos coletivos. Sociedades autoritárias impõem regras e restrições de conduta aos cidadãos ao inv~es de apelar pro bom senso e consciência coletiva, neste caso o que ocorre é uma prática popular não violenta, que só agride aqueles que não estão dispostos a participar como brincadeira.

Respeito o seu direito de não querer ser "emaisenado" e pra isso há várias alternativas que já citei. Não quer se sujar, se proteja ou não vá.

Para tudo há limites, sem dúvida, senão daqui a pouco um mais exaltado vai jogar soda caústica junto da farinha por pura pervesidade, mas algo que não oferece risco à saúde não precisa de regulamentação ou restrições severas.


Se os casos de "contaminação" por maisena fossem generalizados e agressivos tudo bem, mas eu por exemplo tive o rosto "agredido" por uma bela mocinha que nem conhecia...tudo é uma questão de enxergar oportunidades e saber tirar proveito delas.


Eu, no meu direito privado, estou fora do Pranduba Way of life.
Anônimo disse…
Aconteceu mesmo: eu e minha namorada Deusa (Deusinha) juntamente com o seu sobrinho Anastácio ( Tacinho) passeávamos na orla de Alter do Chão quando dois marmanjos lançaram sôbre nós a tal maisena. A minha Deusinha ficou totalmente cega, sua lente de contato grudou no olho. O Tacinho, asmático, com aquele pó todo desencadeou uma forte crise de asma. Tudo porque ninguém respeita o direito do cidadão viver tranquilamente. Pegamos o ônibus, voltamos para Santarém. Ao chegar em casa, faltava água em todo bairro.Pegamos as toalhas, nosso cachorrinho Boby, Tacinho já tinha sido medicado, Deusinha já havia parado de chorar, tomamos banho no Tapajós. Ah, aconteceu uma tragédia: nosso Bobynho foi atropelado por uma F1000 com velocidade e som às alturas. Turma da maisena, viu que tragédia vocês causaram? Um abraço: Antonio Basto
Anônimo disse…
Uhm... minha mãe me contou que havia dois problemas no carnaval de Alter do Chão: o excesso de farinha de trigo e as moscas. Talvez em vez de farinha de trigo, o povo começasse a fazer como em Recife há alguns anos: jogar um jato de pistola de água na cara dos entojados. Assim, todo mundo ficava limpinho, cheirosinho, fresquinho e ainda fazia o favor de lavar as ruas.. rs
Anônimo disse…
Ora, ora, ora, quer dizer então que, por defender o elementar direito de dividir o espaço público com seus iguais, Poranduba expôs-se aos atabalhoados ataques de alguém que, aferrado a um abstruso voluntarismo, quer porque quer fazer prevalecer seus interesses, sempre privados é preciso dizer, sobre os dos demais.
O de espantar é que algo tão elementar esteja em causa. Aliás nem está, porque não se questionou os fundamentos jurídios, éticos, culturais, sociais, políticos, educativos, enfim, formativos que envolve tudo isso. Pra quê, né? Tudo é carnaval. E o país é o do carnaval.
Nada disso tem a ver, necessariamente, com maisena, lama ou outra qualquer coisa com que alguém possa a vir a se lambuzar. É puro direito universal. Nada de tecnicalidade jurídica, é a sabedoria das nações. Vou além: a observância do espaço é algo que se aplica até aos animais não-humanos. Quem desconhece isso? Ninguém, né mesmo?!
De onde então a idéia de umas férias à civilidade, mesmo que seja de 3 dias apenas? Tudo isso não é elementar, caro mecranotire?
Veja só esse outro elementarismo: bem que gostaria, mas me privo de grafar 'Mekranotire', pois sendo um etnônimo basílico corro o risco de cometer um crime de lesa-etnologia, daí a opção pelo 'mecranotire', a designação geral. Como se vê, ao custo de uma vaidade reprimida, desculpei-me com um interlocutor, ative-me às regras de uma língua, e ao modo de ser de um ciência. Não precisei atirar maisena, em público.
Por tudo isso é que não entendo essa espécie de confusão mental em que ainda está mergulhado o insistente mecranotire. Seriam os efeitos da maisina, a globulina extraída dos grãos de milho, presente na maisena, que a tão longa viagem tá levando o nosso morubixaba cibernético?
E como exagera o nem sempre bem intencionado mecranotire. Lê o que não escrevo: "Poranduba fala como se fosse rotina". Pratica medicina ilegalmente, ao me impingir uma amnésia: "esquece que é um evento de 3 dias no máximo". E depois, já no papel de um deus ex-machina, põe-se a soletrar canhestramente destinos alheios: "não é obrigatório a presença como em uma eleição" ..."está no calendário" ... "programe-se desde já".
E dizer, depois, que é o Poranduba que confunde as bolas, que sofisma! Qual o quê, ó inocente mecranotire!
Mas já entendi. E resumo: mecranotire não quer apito, quer maisena. Quer férias da democracia, de 3 dias apenas, mas quer, reguladas por sua onisciência, que haverá de separar os brincantes: à sua direita, os bons, que sabem beber, sabem jogar maisena, e fazer outros apliques; à sua direita, os não-bons (não necessariamente só os maus, como manda a boa lógica) que, potencialmente, podem fazer tudo o que fazem os do primerio grupo. Mas quem vai decidir quem é quem? Ele mesmo, ora quem. Mecranotire, esse doce bárbaro!
Patrício Poranduba
Anônimo disse…
Poranduba, enquanto grande jurista da maisena e demais féculas, bem como o grande guardião do direito carnavalesco privado e público, nós, míseros ignorantes vos pedimos: Redija uma carta em público propondo soluções para o fim da maisena para os próximos carnavais e como tornar a nova lei Poranduba exequivel.

Vamos lá! a Sociedade está paralizada na expectativa de ler seus retumbantes conceitos universais, textos assas interessantes e de grande relevância e importância sobre maisenas e interpretações tipicamente Juvencianas do problema.


Como contribuição ao vosso certamente sublime e interessante texto, adianto desde já alguns artigos da nova lei:


1) Reclusão imediata para quem estiver vendendo e para quem portar mais de 10 gramas do maldito pó. Usuários leves serão encaminhados para clínicas de reabilitação e utilizarão o método Poranduba de desintoxicação de maisena.


2) proibição da venda de maisena uma semana antes do carnaval consequentemente será proibido o consumo de bolos, doces, pães e qualquer alimento que leve o produto até Março.


3) Criação do EAM - Esquadrão-Anti-Maisena, Operado por agentes da polícia federal à paisana que desmantelarão todas as bocas de maisena da pacata vila de Alter do chão.


4) Uso de cães farejadores para encontrar vestígios de Maisena nas mãos de possíveis traficantes do pó e seus usuários.


5) Obrigatoriedade de blocos de carnaval usarem nomes contendo nomes de santos e proibição de músicas carnavalescas de duplo sentido por hinos religiosos e músicas de ciranda.



Acredito que a Lei Poranduba tem grandes chances de vingar já no próximo ano! caso tenha esquecido algum ítem, favor adicionar nesse debate super interessante e produtivo que o nobilíssimo mestre das frases de sentido ultra-concreto e texto de formidável e fácil leitura insiste em debater.

Imagino que de sua obesa sapiência não deva haver tempo nem vontade de faze-lo, mas insisto. Traga-nos a solução Grande Mestre da Maisena! O carnaval de alter do chão precisa de voce!