Boto Cor de Rosa
Das águas surge
Moço alvo encantador
Vem em busca da cabocla
Para lhe dar seu amor.
Galante, todo faceiro
Expele o odor da sedução
Tem cheiro de rosa
Vim de cá, manjericão
Para chamar a fogosa cunhantan.
Veste terno,
Dança com empolgação
Faz a harmonia dos passos
Magia linda da acasalação.
Boto Rosa!
É boto macho!
Com fama de conquistador
Vem do fundo das águas
Para em terra firma mostrar seu valor.
Dizem que é loiro
Alvinho de olhos azuis
Mas tem o traço do caboclo tapajônico
Honesto, formoso e namorador.
Tem magia, tem amor
Tem nome de rosa
Mas nada tem a ver com flor.
É um moço bem bonito
Que enfeita o Sairé
Vestido de branco passeia contente
Fogoso e sedutor
A cintilar beleza
No luar da praia na linda ilha do amor.
Boto Cor de Rosa!
Saí em noite de Sairé
Acesso e todo prosa
Exibindo elegância, charme e sedução
Para logo seduzir
A cabocla mais linda e formosa
Da vila de Alter do Chão.
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De Socorro Carvalho, poetisa santarena
Das águas surge
Moço alvo encantador
Vem em busca da cabocla
Para lhe dar seu amor.
Galante, todo faceiro
Expele o odor da sedução
Tem cheiro de rosa
Vim de cá, manjericão
Para chamar a fogosa cunhantan.
Veste terno,
Dança com empolgação
Faz a harmonia dos passos
Magia linda da acasalação.
Boto Rosa!
É boto macho!
Com fama de conquistador
Vem do fundo das águas
Para em terra firma mostrar seu valor.
Dizem que é loiro
Alvinho de olhos azuis
Mas tem o traço do caboclo tapajônico
Honesto, formoso e namorador.
Tem magia, tem amor
Tem nome de rosa
Mas nada tem a ver com flor.
É um moço bem bonito
Que enfeita o Sairé
Vestido de branco passeia contente
Fogoso e sedutor
A cintilar beleza
No luar da praia na linda ilha do amor.
Boto Cor de Rosa!
Saí em noite de Sairé
Acesso e todo prosa
Exibindo elegância, charme e sedução
Para logo seduzir
A cabocla mais linda e formosa
Da vila de Alter do Chão.
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De Socorro Carvalho, poetisa santarena
Comentários
Estou com inveja... Queria estar ai em Santarém para curtir o Sairé tradicional e os botos Tucuxi e Cor de Rosa (ou Encarnado), novos atrativos. Saudações com lágrimas de saudade!
Roberto Vinholte.
Nada contra o direito de expressão... mas é que os poemas são ruins demais.
Como explicar por exemplo:
"...Das águas surge
Moço alvo encantador..."
e depois ler: "...Dizem que é loiro
Alvinho de olhos azuis
Mas tem o traço do caboclo tapajônico..."
Liberdade poética é uma coisa, contradição e transgenia tem que ser regulamentada pela CTNBIO.
E já que to chutando o balde aproveito pra dizer que esse negócio de boto no sairé é a cópia cultural mais ridícula e sem graça que já vi.
Não teve origem popular, não surgiu espontâneamente e é um arremedo mal feito de outro mamífero terrestre usados no estado vizinho. As alegorias são mal feitas, mal produzidas e sem relação nenhuma com a vila de alter.
Pronto, falei!
Olha já, esse aí!
Se você não gosta, fazer o que é um direito seu.
Mas não tire o tesão de ninguem.
Tudo bem, que faturem, afinal o pessoal tem "know-how" e, apesar de ser algo muito repetitivo e chato pra meu gosto, encanta a galera. Mas não me venham com esse papo de tradição, que é furadíssimo e, por respeito, deveriam fazer a competição num período diferente do Sairé, porque a manifestação empresarial tomou conta de uma festa que era do povo de Alter do Chão.
Mais parecem contos eróticos de revista de estivador do que poesias.
Mas nada contra publica-las e muito menos acho que estou sendo puritano. Só acho de mau gosto.