Torno pública sua opinião por ser consistente e fugir do rame-rame que se ouve sobre o assunto. Leia:
Com relação a essa questão de sáude e do hospital [HMS] observa-se que é um problema crônico e que vem de há muito e não precisa ser expert para observar que vai estourar a qualquer momento por uma série de consequências, entre elas as que considero básicas para qualquer atividade :
- falta de planejamento
- falta de gestão empresarial
- falta de habilidade com uso dos recursos financeiros
- falta de investimentos.
Observa-se nesse caso do hospital como outras questões na cidade que não existe nenhum planejamento. Dança-se o ritmo do momento e apaga-se o fogo do momento. Não há empresa, segmento, seja ele pequeno, médio, grande que resista muito tempo com esse tipo de situação . A do hospital é mais complicada porque há vidas em jogo. Desculpe, mas hospital quem deve administrar um é um administrador hospitalar e se for hospital público quem tenha formação em gestão pública... não dá para reinventar a roda.
Médico é para atender pacientes e salvar vidas... por mais que o medico seja capacitado, ele não foi feito para administrar. A questão dos recursos financeiros são o pulmão/coração/cérebro de qualquer instituição e se nao houver um direcionamento/pulso firme/planejamento com estrutura de começo-meio-fim, pode-se ter na mão um nat-morto como é o nosso caso, independente de quem entra na administração central.
Óbvio que sem o item anterior não há investimento, mas exatamente por isso há uma necessidade premente de ser um administrador e não um médico que sempre irá pensar como médico e não como administrador.
De boa vontade e boas intenções o inferno está cheio. Duvido que algum jogador do Remo quer que ele continue na última posição do campeonato. Isso é lógico. Mas tambem é lógico que deve haver no atual time um sem-número de cabeças de bagres que por mais boa vontade não conseguem levar o time à vitória.
Com a administração atual ocorre a mesma coisa. Pode haver pessoas de bem com boas intenções e ávidas em fazerem o melhor, mas faltam-lhes tarimba/faltam-lhes talvez competência para exercer determinada função e a coisa é levada de roldão, chegando a esse ponto, quando um médico de alta capacidade e senso profissional como Dr. Eric vem a público pedir socorro - "eu nao vou aguentar ".
Há necessidade de urgente parada, sem poder parar porque há vidas em jogo, e colocar a bola no chão e tentar atacar o mais premente (com ajuda $ externa) para depois quem sabe uma dose de planejamento a curto/médio e longo prazo independente de quem assuma o comando central.
Comentários
A falta de planejamento se reflete nos demais setores da cidade, do estado e do país.
Políticas burras exibicionistas acabam saindo pela culatra na hora que a bomba explode. Não há sustentabilidade para esse tipo de política ultrapassada, mais cedo ou mais tarde, os governantes terão de se capacitar e estudar mais um pouco.
Bela analise, a sua, querido anônimo, mas esqueceu a coisa mais importante:
FALTA DE RECURSOS FINANCEIROS.
Você como observador do funcionamento da saúde pública em Santarém, não poderia ter esquecido esse particular.
Deveria saber que a União através do SUS repassa os recursos para todos os Municípios calculando seus números de habitantes (IBGE). São 20 R$ por habitante.
Esse repasse é igual para todo o Brasil, independentemente, se você estiver na Amazônia ou em São Paulo. A Amazônia apesar de sua geografia e dos altíssimos custos logísticos, não goza de nenhuma diferenciação.
O município de Santarém, segundo IBGE tem uma população de pouco menos de 300 mil habitantes, mais de 50 mil moram em áreas rurais, até 30 horas de barco da Cidade.
O Sr. perceberá que para garantir um mínimo de atendimento os custos logísticos representam um valor importante, um valor que vem subtraído aos 20 R$ de direito, e que fazem uma grande diferença.
Exemplo: em Osasco em meia hora você poderá circular de posto em posto até o hospital, gastando pouco combustível. Em Santarém se quiser visitar o Arapiuns deverá calcular 20 Horas de barco para ir e 20 para voltar. Além de garantir equipes médicas para todo esse tempo. O mesmo vale para as áreas de terra firme, pois as distancias e as condições das estradas nem se comparam com Osasco.
Aqui está o maior desafio, como garantir igualdade de oportunidade para todos? Como fazer, para que a realidade amazônica seja considerada, incorporada e diferenciada? Simples, temos que mudar a lei! Essa mudança está tramitando faz tempo no Congresso, mas demora por todo um conjunto de motivos, um dos quais é a falta de interesse dos nossos políticos e governantes (leja-se Almir, Jatene e seus afiliados no congresso). Já ouviu um Lira Maia falar de saúde? Nem sabe o que isso significa a não ser a sua própria. Sua administração e seus apadrinhados nunca estiveram preocupados com isso. Apenas se preocupou com a corporação medica, que dito entre nos, garante votos. A corporação medica santarena também nunca teve interesse em se mobilizar para que o orçamento para a saúde publica melhore.
Essa administração é fraca, por todos os motivos que você mesmo evidencia, mas pelo menos é consciente do problema e está tentando contorna-lo. Seja tentando mobilizar os políticos em Brasília, como retomando um trabalho de atenção básica nos postos de saúde e com os moradores distantes.
Você sabia que mais de 80% dos atendimentos que o PSM efetua poderiam ser resolvidos em postos e centros de saúde das áreas periféricas? Que não precisaria entupir o PSM se a rede de atendimento funcionasse melhor e fosse fortalecida?
Esse é o caminho que a Prefeitura está tentando trilhar, mas isso demora e requer investimentos e colaboração de todos.
Infelizmente, a corporação medica santarena resiste às mudanças, pois isso significa menos privilégios e mais trabalho, se deslocar, cumprir sua função nas condições reais do nosso município...e também lucrar menos. O chororó de alguém, que ainda não se tocou das reais condições da saúde no Município, e acha que com um bisturi a mais resolve todos os problemas, francamente soa como uma piada para que entende do assunto e pega muito mal com a população que sofre com essa situação. O resto, caro anônimo como você mesmo coloca, tem tudo a ver, tem que saber planejar, investir, gerenciar. Então vamos ajudar.
FALTA DE RECURSOS FINANCEIROS.
Você como observador do funcionamento da saúde pública em Santarém, não poderia ter esquecido esse particular.
Deveria saber que a União através do SUS repassa os recursos para todos os Municípios calculando seus números de habitantes (IBGE). São 20 R$ por habitante.
Esse repasse é igual para todo o Brasil, independentemente, se você estiver na Amazônia ou em São Paulo. A Amazônia apesar de sua geografia e dos altíssimos custos logísticos, não goza de nenhuma diferenciação.
O município de Santarém, segundo IBGE tem uma população de pouco menos de 300 mil habitantes, mais de 50 mil moram em áreas rurais, até 30 horas de barco da Cidade.
O Sr. perceberá que para garantir um mínimo de atendimento os custos logísticos representam um valor importante, um valor que vem subtraído aos 20 R$ de direito, e que fazem uma grande diferença.
Exemplo: em Osasco em meia hora você poderá circular de posto em posto até o hospital, gastando pouco combustível. Em Santarém se quiser visitar o Arapiuns deverá calcular 20 Horas de barco para ir e 20 para voltar. Além de garantir equipes médicas para todo esse tempo. O mesmo vale para as áreas de terra firme, pois as distancias e as condições das estradas nem se comparam com Osasco.
Aqui está o maior desafio, como garantir igualdade de oportunidade para todos? Como fazer, para que a realidade amazônica seja considerada, incorporada e diferenciada? Simples, temos que mudar a lei! Essa mudança está tramitando faz tempo no Congresso, mas demora por todo um conjunto de motivos, um dos quais é a falta de interesse dos nossos políticos e governantes (leja-se Almir, Jatene e seus afiliados no congresso). Já ouviu um Lira Maia falar de saúde? Nem sabe o que isso significa a não ser a sua própria. Sua administração e seus apadrinhados nunca estiveram preocupados com isso. Apenas se preocupou com a corporação medica, que dito entre nos, garante votos. A corporação medica santarena também nunca teve interesse em se mobilizar para que o orçamento para a saúde publica melhore.
Essa administração é fraca, por todos os motivos que você mesmo evidencia, mas pelo menos é consciente do problema e está tentando contorna-lo. Seja tentando mobilizar os políticos em Brasília, como retomando um trabalho de atenção básica nos postos de saúde e com os moradores distantes.
Você sabia que mais de 80% dos atendimentos que o PSM efetua poderiam ser resolvidos em postos e centros de saúde das áreas periféricas? Que não precisaria entupir o PSM se a rede de atendimento funcionasse melhor e fosse fortalecida?
Esse é o caminho que a Prefeitura está tentando trilhar, mas isso demora e requer investimentos e colaboração de todos.
Infelizmente, a corporação medica santarena resiste às mudanças, pois isso significa menos privilégios e mais trabalho, se deslocar, cumprir sua função nas condições reais do nosso município...e também lucrar menos. O chororó de alguém, que ainda não se tocou das reais condições da saúde no Município, e acha que com um bisturi a mais resolve todos os problemas, francamente soa como uma piada para que entende do assunto e pega muito mal com a população que sofre com essa situação. O resto, caro anônimo como você mesmo coloca, tem tudo a ver, tem que saber planejar, investir, gerenciar. Então vamos ajudar.