Vingou

Do leitor que se assina Fábio, sobre a nota Vitória verde:

Estão de parabéns o Greenpeace e os movimentos sociais, ONGs locais que apoiaram a campanha contra a soja e o desmatamento. Quem estava pensando que o Greenpeace foi expulso de Santarém por causa de adesivos colados em carros de luxo e atos de violência, estava muito enganado. A campanha vingou lá fora, principalmente no consumidor europeu, e também aqui, onde foram criadas as bases para discutir e implementar outra relação na ocupação da nossa região.

Já que as empresas se comprometeram em não comprar soja plantada em áreas de desmatamento ou terras ilegais, o que fico pensando é quantos produtores de soja em nossa região vão poder vender, será que sobra algum?


E olhem que o Greenpeace vem a todo vapor para ajudar no controle de origem da soja!

Enfim, mais uma vitória dos que defendem a amazônia. Uma pena que só depois de muita destruição já ter sido feita, mas valeu!


[Clique aqui], para ler a íntegra do comentário acima.

Comentários

Anônimo disse…
Resumo da ópera.

O movimento "Fora Greenpeace" deve estar muito confuso uma hora dessas. Pediram pra sair, sairam e foram bater na porta dos consumidores. Os consumidores resolveram deixar de comprar... Resultado, o Greenpeace fora impedindo o consumo causa mais estrago do que dentro impedindo a produção.

Viva o capitalismo. Depois do voto, o consumo é a arma mais poderosa.
Anônimo disse…
Nuranda,
O movimento Fora Greenpeace deve estar confuso mesmo, mas há ressalvas que devem ser feitas em seu comentário. Penso que o Greenpeace não saiu de Santarém (ativitas da organização continuam vindo à Santarém, o que foi embora foi o Navio, pois logicamente o navio não iria ficar aqui pra sempre), muito menos por causa da campanha Fora Greenpece, que na verdade só ajudou a organização em sua empreitada pela mobilização da atenção nacional de internacional para o problema da soja na amazônia. Ou seja, os sojeiros deram tiro nos próprios pés.
Assim também como penso que o Greenpeace não partiu para sua campanha com foco nos consumidores europeus depois de seus protestos aqui no local da produção da soja. Uma coisa estava articulada à outra deste o início da campanha, pois se há producação é porque há quem compre. Como você mesmo diz, é o sistema capitalista.
E o capitalismo é assim, as vezes cria armadilhas para quem só quer o lucro a qualquer custo.
Nessa história toda o que me preocupa é que no capitalismo, as empresas fazem de tudo, inclusive assumir o discurso políticamente correto da sustentabilidade socio-ambiental para não perder consumidores, já que temos cada vez mais uma conciência de consumo responsável nos mesmos.
E nisso as empresas são boas, inclusive a Cargill. Faz isso uma hora dando bibliotecas para parecer socialmente correta, outra hora se compromete não comprar soja de áreas desmatadas na amazônia para poder falar: temos preocupação ambiental!

Bom, o meu "resumo da ópera" é que a indústria da soja, aqui pra nós, a Carggil, divulgando o comunicado da moratória no desmatamento da amazônia, não faz outra coisa se não assumir publicamente que é mesmo responsável por esse desmatamento. Afinal se é que essas empresas estão se comprometendo a não comprar mais soja plantada em áreas que foram desmatadas para tal, significa que estão dizendo que comprovam antes.
Anônimo disse…
Fábio, o resumo foi exatamente isso. O tiro no próprio pé ja foi previsto a tempos. Aquela campanha "fora Greenpeace" era natimorta e inócua. Se voce produz algo para a europa onde a consciencia de consumo e a influencia de Ong´s ambientalistas neste consumo é brutal, exigir a saida de um grupo que aos olhos do mundo faz o correto e divulga arbitrariedades é atirar contra o próprio pé. E isso vale pra soja e madeira. O greenpeace só fez uso das armas que dispunha, informação, imagem e capacidade de convencimento. Por um lado tentou impedir a produção. Como os ecos no poder publico não surtiram efeito, foram direto na raiz... ninguem vai produzir se ninguém comprar. Inibindo o consumo a produção se compromte.

Nenhuma empresa é santa. A vale não toma atitudes e procedimentos ambientais por benevolência, piedade ou consciência. O faz por haver legislação e crecente conscientização dos consumidores locais e internacionais para os novos paradigmas e limites para a imagem da empresa. Muito em breve, para não dizer já, as ISO 18 mil que tratam das questões sociais vão obrigar toda e qualquer empresa a buscar a sustentabilidade social também. A pressão do mercado de consumo tem um grande poder de mob ilizar empresas e corporações. mas nada disso adianta se o estado não fizer a sua parte.
Se vamos jogar o jogo capitalista temos que jogar direito. nosso problema é que jogamos pela metade.

Abraços
Anônimo disse…
Movimento Fora Greenpeace? Por favor Nuranda!
Chamar de movimento uma coisa que mobilizou Camionhete de Luxo e seus proprietários e fracassou o dia seguinte por causa de um grupo de debiloides, não acha que é demais?
Anônimo disse…
Você me deprimiu Nuranda. Alguém neste sítio falou que você era intelectual.(????) Mas ao conhecer melhor seu pessimismo isento e sua naturalidade em se assumir capitalista senti vontade de ser abduzido por um disco voador para um lugar ameno, bem afastado da sua inteligência.

A Cargill, a Vale, a Mineração Rio do Norte e muitos outros assaltantes do Império estarão aí sempre com suas manobras, seus truques, e seu desejo doentio de fabricar dinheiro à custa da fabricação da miséria de camponeses e trabalhadores. Mas etapas importantes das lutas sociais estão ganhando espaço e somando forças. Aposte nisso.

fagner linhares freire