Vitória verde

Enormes “frangos” entraram nas lojas de fast food em Londres e começaram a perguntar aos clientes se eles sabiam que estavam comendo soja que poderia ser de área desmatada da Amazônia.

Isso foi em abril. Os “frangos” eram espalhafatosos militantes do Greenpeace. Seis horas depois, a direção do McDonald’s ligou para o escritório da ONG querendo entender melhor o assunto. A soja é o principal alimento do frango, e a Europa o maior destino da soja brasileira.

Trecho inicial do artigo da jornalista Miriam Leitão publicado hoje no O Globo. Tudo a ver com Santarém, um dos palcos principais dessa batalha em favor do meio ambiente.

[Clique aqui], para ler.

Comentários

Anônimo disse…
Estão de parabéns o Greenpeace e os movimentos sociais, ONGs locais que apoiaram a Campanha contra a soja e o desmatamento. Quem estava pensando que o Greenpeace foi expulso de Santarém por causa de adesivos colados em carros de luxo e atos de violência, estava muito enganado. A campanha vingou lá fora, principalmente no consumidor europeu, e também aqui, onde foram criadas as bases para discutir e implementar outra relação na ocupação da nossa região.

Já que as empresas se comprometeram em não comprar soja plantada em áreas de desmatamento ou terras ilegais, o que fico pensando é quantos produtores de soja em nossa região vão poder vender, será que sobra algum?
E olhem que o Greenpeace vem a todo vapor para ajudar no controle de origem da soja!

Enfim, mais uma vitória dos que defendem a amazônia. Uma pena que só depois de muita destruição já ter sido feita, mas valeu!

Indústria da soja anuncia moratória no desmatamento da Amazônia depois de pressão de consumidores

São Paulo (SP), 24 de julho de 2006 – Após intensa campanha do Greenpeace, a indústria de grãos anunciou hoje, no Brasil, uma moratória de dois anos para a soja proveniente de novos desmatamentos no bioma Amazônia. A iniciativa mostra que o comércio internacional da soja foi abalado pela publicidade negativa da crise ambiental da maior floresta tropical do planeta. O Greenpeace reconhece que este é um passo importante, mas são as ações e não as palavras que poderão garantir um futuro justo e sustentável para a Amazônia.

Como resultado da pressão desta aliança, as multinacionais de commodities Cargill, ADM, Bunge, a francesa Dreyfus, e o grupo brasileiro Amaggi sentaram à mesa de negociações. Responsáveis pela maior parte do comércio de soja no Brasil, as traders discutiram critérios propostos pela aliança para fortalecer os esforços do governo brasileiro contra o desmatamento, além do cumprimento às leis brasileiras e proteção das áreas de florestas sobre grande pressão, terras indígenas e povos tradicionais.
Anônimo disse…
E vocês imaginem só se uma potência como a força do Greenpeace, ia se intimidar com os sojeiros e alguns mercenários de Santarém que querem vender suas máquinas destruidoras. Viva, os santarenos que foram as ruas, que lutaram e ficaram a favor de seu povo. Tá na hora dos "riquinhos" desgrudarem os adesivos de seus carros, pois o aviso já foi dado, "a Amazônia é dos brasileiros, sim, mas não dos que querem destrui-la."