Mais leitura

Do professor José Baldino:

Caro Jeso, não dá prá ficar sem responder ao produtor do texto Cegueira Ideológica. Acho que este rapaz (ou devo chamá-lo de senhor?) necessita de algumas informações adicionais. Então que leia, mas leia mesmo, e estude em bons livros de sociologia, de filosofia, de pedagogia, de psicologia social, de antropologia, e de história: da América Latina, do Caribe, do Brasil, da Amazônia. Ele pode, se quiser, se utilizar da minha biblioteca. Então daí, ele entenderá melhor o que é radicalismo, o que é ideologia. Cegueira ideológica não será a dele? O aprofundamento dos comentários do pe. Edilberto a respeito do tema pode ser um bom começo.

Comentários

Anônimo disse…
Curioso como os que se consideram de esquerda tendem a querer saber mais do que os outros, ou então consideram que aqueles que não leram as mesmas cartilhas são mais ignorantes e alienados.
Ainda não terminei minha tréplica ao pe. Edilberto, mas pelo que da pra perceber sua biblioteca carece de um dicionário:

ra.di.ca.lis.mo
s. m. 1. Sociol. Doutrina favorável a mudanças culturais e sociais que interessem a aspectos fundamentais da estrutura social existente. 2. Comportamento ou opinião inflexível; extremismo.

Ao meu ver os comportamentos extremistas demonstrados por ambos os lados desse grande debate podem ser descritos como o ítem 2 acima, extremismo e inflexibilidade de idéias. 8 ou 80, ou faz do meu jeito ou nada feito...

i.de.o.lo.gi.a
s. f. 1. Filos. Ciência que trata da formação das idéias. 2. Tratado das idéias em abstrato. 3. Maneira de pensar própria de um indivíduo ou grupo de pessoas.

A sua maneira de pensar é diferente da minha, mas nem porisso mais ou menos válida. Creio que não preciso exaltar que livros ja li, que livros tenho em minha biblioteca nem de que fontes bebo pois acho desnecessário, arrogante e medíocre. Minhas idéias não são pré definidas por partidos ou facções políticas que usam jargões velhos e cansados, tento atraves da leitura encontrar minhas proprias convicções e neste espaço escrevo o que bem entender, sem querer agradar A ou B. O radicalismo tem impedido que as pessoas leiam o que as outras escrevem de forma neutra e sem rancores.

Agradeço a vossa recomendação de novas leituras e posso fazer o mesmo para o senhor (ou rapaz, se preferir). Tente beber de novas fontes, talvez os velhos livros ja não tragam as respostas para os novos paradigmas do mundo. Ja que me recomendou leitura, recomendo que leia sobre bons modos, desde como fazer um protesto eficiente a criticar as minhas idéias sem tentar desqualificar a minha pessoa, alem de indelicado, mostra que das suas leituras filosóficas e de sua imensa biblioteca, muito pouco tenha sido realmente aproveitado.
Anônimo disse…
Tem virado moda neste país se atribuir a quem exerce seu direito de cidadão(ã) a taxação de ser radical. O absurdo dessas manifestações é que sempre o radical é aquele que se coloca do lado dos menos favorecidos desta sociedade ou defende direitos que são universais e que a grande maioria não o faz.Além desta visão mesquinha utilizada por alguns,a qual respeito, existem outras. Um exemplo é a taxação que se faz aos que lutam por justiça social, dignidade para todos(as), meio ambiente,etc; a esses cidadãos(ãs) se atribui o rótulo de serem contra o progresso e o desenvolvimento. Que coisa, parem com isso, vamos discutir propostas sérias!!
Anônimo disse…
O próprio padre Edilberto disse que ser radical é coisa boa, creio eu que ele mesmo se considera um. Justifiquei o radicalismo das ações como desnecessário e inócuo. também detesto rótulos. Ainda acho que estamos aqui pra mudar a nossa realidade para melhor, seja ja qual for a nossa ideologia.


Qualquer estereótipo ou rótulo demonstra insegurança e desconhecimento do "outro" lado.

Nao podemos deixar de questionar e criticar os métodos que cada um usa pra colocar seus argumentos, tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo.

abraços