Comentário/ editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), de hoje:
A ESPÉCIE humana tem evoluído desde que os primeiros viviam em grupos nas cavernas. Já houve o tempo do matriarcado, quando a mulher decidia a vida e a morte no grupo. Não durou muito e o machismo tomou conta da sociedade, que dura até hoje.
O tempo foi passando, veio a época do absolutismo, dos reis e imperadores, passou a época do feudalismo, entrou a época da democracia, que até hoje passa por um aprendizado difícil. Nesse meio tempo foram sendo admitidos direitos humanos, direitos da mulher, mais recente, direitos da criança e do adolescente. Até que finalmente começam a surgir os direitos dos idosos.
Isso mesmo, direitos dos idosos. E este tipo de gente tem direitos? Já houve época em que grupos humanos criaram uma regra pela qual, quando uma pessoa se tornava anciã, cheia de dores e reumatismos, era levada pelos parentes para um lugar distante, com um frasco com água e um pedaço de pão, para lá morrer, porque não servia mais.
POR ISSO, quando hoje o Estado brasileiro oferece gratuitamente vacina anti-gripe para idosos, os e as que chegaram aos 60 e mais, merece elogio o estado brasileiro por essa evolução no reconhecimento desse direito humano.
Ser coroa hoje, no Brasil, volta a ser digno, merecedor de atenção especial. Afinal, se as forças físicas já não são ágeis e seguras, a força da experiência de vida prevalece.
Em geral, idoso não mete mão em cumbuca, daí que não pode se sentir inferior, nem pensar que já deu o que tinha de dar. Não pode se entregar à rabujice. Não só deve tomar a vacina anti-gripe, mas continuar a se atualizar, participar da vida social, estudar e querer uma sociedade justa que respeita cada pessoa da criança ao ancião.
Velhice é atraso, ser idoso é ter sabedoria e vida sempre renovada.
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