Movimento anti-Greenpeace é elitista

O leitor José Araújo Júnior faz contraponto ao post do médico santareno Eros Ferreira, residente em São Paulo:

Senhor Eros ferreira, quem disse que" já que a população encontra-se cada vez mais insatisfeita com a atual política ambiental e intervenção internacional pelo Greenpeace" ?

Você está muito longe (literalmente) da realidade! Você nunca viu uma familia ser expulsa de suas terras, na qual moravam há mais de 30 anos, sob pena de morte caso relutem. Você nunca viu uma família se desestruturar pela falta de emprego e comida, vendo seus filhos caírem na marginalidade nas periferias de Santarém!

Caro amigo, espero quando tiver uma oportunidade de vir a Santarém veja que as periferia está crescendo desordenadamentes com pessoas oriundas do campo que iludidos com migalhas ou pressionados venderam suas terras que por bem ou mal tinham onde plantar e comer!

Esse movimento ainda não "reflete um atual estágio de amadurecimento e consciência da população santarena" pois não é não é do povo!

Comentários

Anônimo disse…
A idiossincrasia bairrista dos grileiros e sojeiros é de uma estupidez gigante.Tentar projetar inimigos , e teorias de conspiração de quinta categoria de que as ONG´S,em suma o GREENPEACE, são responsáveis por impedir o crescimento econômico da região,mostra o grau de infantilidade que acometeu o ''bom senso''destes(se é que já tiveram algum ).Assim como no anti-americanismo,o ''anti-onguismo'' é uma corrente de pensamento daqueles que preferem projetar sua covardia no inimigo invisível, do que aceitá-la em si-mesmos.Carl gustav Jung,explica esse conceito em sua Teoria do Inconsciente Coletivo,como sendo esta função o Arquétipo da Sombra.E eu me pergunto se similarmente aos Arquétipos,a estupidez é hereditária??Será que devemos dar as costas aos fatos??Não é preciso ser nenhum expert pra saber quem realmente é pernicioso ao status quo?Em quem você acredita?
Anônimo disse…
O povo mesmo quer dizer "FORA SOJEIROS" FORA GAÚCHOS E/OU MATOGROSSENSSES que só querem devastar noossas terras e partir para outro lugar, quando tudo estiver acabado. E o retorno para Santarém qual é???
Anônimo disse…
Caso não tenha me expressado bem, em nenhum momento fui e serei afavor de sojeiros irregulares, grileiros, desmatamentos ou crescimento desordenado, porém vejo com reservas a atual intenção de ONGs ambientais na região.Apesar de estar em São Paulo ,Santarém faz parte do meu dia-a-dia por telefone ou em regulares visitas quadrimestrais procurado sim me manter em contato com a realidade da região. Quem me conhece sabe que sou um apaixonado por Santarém e região. É fácil gritar "FORA GRILEIROS, FORA SOJEIROS, FORA ONGs", mas e aí?? qual foi a solução dada?. Nós mocorongos continuaremos isolados do mundo sem estradas, sem urbanização, sem esgotos?? Continuamos sendo manchete no sul-sudeste como terra de ninguém, de pistolagem, desmatamentos. E o nosso turismo, porque ninguém divulga as constantes invasões do Tapajós por imensos navios transatlanticos que quando mostro as fotos por aqui ninguém acredita que eles possam navegar em rios como os nossos. E os produtos naturais, o Curauá utilizado em montagem de carros aqui em São Bernardo do Campo, os doces de cupuaçu e bacuri vendidos nos Supermercados Pão de Açucar, os sorvetes de açaí e graviola vendidos no litoral paulista, a nossa Cerpinha vendida no Restaurante Fasano a R$13,00. Fico o tempo inteiro mostrando a quem posso, "olha isso é de Santarém, olha isso é de Belém, isso é da amazonia", mas porque apesar da amazonia estar em moda, Santarém, continua sendo tratada e divulgada apenas como "Terra de Ninguém". Sou Santareno e não me deixarei influencia por uma ou duas mídias procurarei sempre ler e ouvir vár ias, pois só com informação e educação deixaremos de ser fantoches dos interesses injustos de alguns. grato

Eros Ferreira
São Paulo
Anônimo disse…
Olha, embora eu não seja cidadão santareno, permito-me uma opinião. O que o Eros Ferreira disse é verdade. Concordar com a detonação da floresta é mesmo uma imbecilidade e já não fosse isso o bastante para a revolta, a devastação se dá majoritariamente por poucos que querem muita muita terra mesmo. São latifundiários que expulsam os colonos pobres e que estão pouco se doendo por causa dos problemas deles. Acho mesmo que a Amazônia é muito melhor em pé do que tombada, agora, um fato que não se pode negar é que preservar a floresta sem garantir cidadania aos colonos e povos tradicionais é um crime e, nesse sentido, gigantes como o Greenpeace têm mais atrapalhado do que ajudado. Veja, acesso a saneamento básico, energia elétrica, saúde, educação, enfim, são direitos fundamentais e necessários a todos os cidadãos, mas, quantos cidadãos amazônicos não perdem familiares por causa da falta de um médico ou estrada que leve à um? Olha, não se pode querer preservar a floresta e esquecer do cidadão. Preservação sem cidadania não é o caminho. Acho sim que o povo do nortão do Brasil tem os mesmos direitos que qualquer brasileiro de qualquer local do território nacional. Desmatar para plantar soja, não. Mas, certamente, o povo precisa de estradas, redes de energia elétrica, saneamento, etc