Comentário/ editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), hoje:
Trazer de volta a questão do serviço de saneamento e abastecimento de água na cidade não é falta de outro assunto. É porque o ser humano não pode viver mais de três dias sem água no corpo e do jeito que a coisa está indo por aqui, em breve a situação vai ficar crítica mesmo.
Isso, parece que o governo do Estado não está preocupado, afinal lá em seu palácio e na casa de sua família há água pura em abundância. Além disso, tem-se a impressão que a prefeita do município ainda não se deu conta que o serviço de água potável e saneamento são responsabilidade essencial da prefeitura, tanto quanto a educação fundamental; mais até do que asfaltamento de ruas ou construção de viaduto e orla.
Da forma como está sendo posta a questão da Cosanpa ao público, fica evidente a irresponsabilidade do Estado, e que a prefeita não está disposta a receber de volta um serviço sucateado.
Ora, sucateado ou não, o serviço de água potável à população desta Pérola do Tapajós (que ironia!) é obrigação de quem assume o cargo de mandatário(a) do município.
O contrato feito com o Estado e a Cosanpa termina no próximo ano. É urgente que a população seja consultada sobre o futuro desse serviço essencial. Um plebiscito precisa ser feito, caso a prefeita tenha dúvida ou queira se eximir da responsabilidade.
Ela não tem direito de decidir sozinha ou com seu secretariado, nem a Câmara de Vereadores pode decidir a sós um serviço essencial à população. Nem para renovar o contrato com o Estado, nem para privatizar o serviço de água.
O Estado já tem dado provas de seu desinteresse para com Santarém e o Oeste do Pará. Sobre a privatização, basta olhar no espelho da telefonia e da energia elétrica, hoje mercadorias caras e monopolizadas.
É isso que a população deseja com a água?
O município não pode terceirizar o abastecimento de água da cidade, motivo de sofrimento de tantos usuários. Que venha o plebiscito.
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