Juiz manda interditar 99 assentamentos do Incra no oeste do PA

Liminar concedida pelo juiz federal Francisco de Assis Garcês Castro Júnior (foto), de Santarém, determinou a interdição de 99 projetos de assentamento implementados pelo Incra na região oeste do Pará, a partir de 2005 até este ano.

As famílias assentadas não estão obrigadas a sair do local onde se encontram, mas ficarão impedidas de ter acesso a recursos públicos e de receber qualquer documento que ateste legalmente a posse plena dos lotes que receberam.

O magistrado também proibiu a Sectam (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) de emitir novos licenciamentos em projetos do Incra, como vinha fazendo, sob pena de ser multada em R$ 10 mil por dia.

Licença prévia

A interdição, segundo o juiz federal, vai perdurar até que o Incra obedeça às exigências legais que atribuem ao Ibama, e não a um órgão estadual, a competência de fazer estudos de viabilidade e de emitir licença prévia de projetos de assentamento para os quais são repassados recursos federais.

Ao ajuizar a ação civil pública que resultou na concessão da liminar, o Ministério Público Federal (MPF) alega que tais projetos de assentamento atendem, em verdade, aos interesses do setor madeireiro, que “vislumbra nos assentamentos um estoque de matéria-prima cujo manejo é objeto de um licenciamento mais rápido”, emitido pela Sectam, e não pelo Ibama.

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Fonte: Justiça Federal/PA

Comentários

Anônimo disse…
E os recursos que ja foram gastos nesses Projetos criados, quem vai pagar? Quem vai ser responsabilizados pelos erros? E aqueles agricultores que foram assentados e nem sabe onde fica sua terra, quem vai dizer onde esta? DEveriam sim abriri um processo administrattivo para ver os culpados.
Anônimo disse…
TREMONTES, TREMEI!
Anônimo disse…
Eu queria saber se alguém vai proibir a CEMEX/MARFLOPS de continuar retirando a madeira desses assentamentos também. Pois se não o fizerem, de que adianta embargar os assentamentos?
Anônimo disse…
O Juiz Francisco Garcez fez o que se espera do Judiciário. Tomou uma ação enérgica, coerente e independente para os abusos históricos e desmandos corriqueiros de órgãos públicos.
Se todos os Juizes que por aqui passassem fizessem a sua parte, não teriamos o desperdício de dinheiro público nem a destruição sem retorno econômico e social de nossa região.