Silêncio sepulcral

Comentário de Maurício Torres, sobre a pensata Incra: imbrólio e embrulho, da lavra do padre Edilberto Sena:

Padre Edilberto, a culpa é nossa. Fico feliz que o senhor ainda consiga se impressionar. A decisão em relação ao Incra tem o mesmo sotaque do que aquela que resolveu pela abertura do perto da Cargill: "é ilegal mas pode ficar como está".

Nessa nova, o juiz reconhece os absurdos que o Incra vem fazendo e, mesmo assim, manda continuar. Só o que é vergonha para todos nós é o sepulcral silêncio dos movimentos sociais em torno de todo esse rolo que o Incra de Santarém aprontou.

Se fosse no governo FHC, o MST faria uma marcha daqui até Brasília em protesto. Agora, fica quietinho como um anjo frente a dantesca fraude que foi chamada de reforma agrária no oeste do Pará. (...)

É muito cômodo ficarmos sentados esperando que tudo se resolva na Justiça (a quem, realmente, teria essa obrigação). Cômodo e ineficiente. O que fizeram os movimentos sociais de Santarém face a maior farsa da reforma agrária que esse país já viveu? O que fez a CPT? A FDA? O STR?

(...) Nesse processo todo (que não acabou) a ASSERA, uma associação que envolve os novos servidores da SR30, teve uma ação exemplar. Se não fossem esses jovens, certamente as coisas estariam ainda muito pior. Eles agiram, protestaram, recusaram-se a cumprir ordens que iam contra as diretrizes de uma verdadeira reforma agrária, se arriscaram, se expuseram e fizeram tudo aquilo que os movimentos todos não fizeram. (...)

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