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Uma baleia consegue viver em água doce?

Eis o título de uma matéria com a oceanógrafa Sylvia Estrella que foi ao ar hoje no site da UOL. Segundo ela, esse animal tem poucas chances de sobreviver em água doce devido ser alimentar basicamente de "fitoplâncton - um composto microscópico de algas e bactérias - e krill, um camarão minúsculo, quase microscópico, que as baleias comem às toneladas por dia", que não são encontrados no rio Tapajós.

Shirley lembra ainda que o ambiente de rio sempre é menor e mais limitado que o mar. Por isso, as baleias ficam com pouco espaço para realizar suas manobras nesses ambientes.

A sugestão de leitura é de Antenor Giovaninni.

Comentários

Anônimo disse…
Acho que esta questão deve ser estudada mais a fundo. No Tapajós também tem fitoplâncton - como limo e similares, o Krill quem sabe possa ter sido substituido pelo avium, que também comemos a toneladas, e os 16 km de lagura do rio bem que podem ser suficientes para as manobras da baleia. Então, primeira questão: quanto tempo ela passou em água doce, antes de ser descoberta (encalhe) ? Morreu por não se adaptar? De fome ou morte natural, como tantas outras que encalharam no mar ? Qualquer conclusao neste momento, acho muito precipitada. Onde estao os biologos de plantao da cidade?

Erik L. Jennings Simoes
Anônimo disse…
aí já é besteira.
Aldrwin Hamad disse…
O movimento "Fica Baleia" foi natimorto, admito. A empolgação de manter o bicho por aqui depois de tanto tempo (não sei quanto) vagando pelo amazonas e tapajós acabou com a morte do turista cetáceo. O sonho da nova espécie fluvial acabou nas margens do Arapiuns.
O Erik já fez as perguntas e os comentários que eu gostaria de fazer à bióloga que não deve ter a menor noção do que é um rio de 20 km de largura nem o que é avium.
O que mais entristece ao voltar de viagem e começar reler o blog são as notícias de que até os ossos do animal serão retirados daqui.
Santarém orgulha-se, e em parte sobrevive, das sua quase dezena de universidades. Públicas, privadas, à distância, etc. Pelo que sei, temos 2 cursos de biologia na cidade, um público e outro privado. Me parece que será aberto ano que vem um curso de veterinária na cidade. Pois bem, não li, não ouvi nem assisti nenhum aluno, professor, diretor, instituição ou profissional egresso destas faculdades protestar, requerer ou criticar a decisão da retirada dos restos do animal. Não duvido que nenhum membro ligado às instituições de ensino de biologia e ou veterinária tenha ido acompanhar a autópsia do animal, espero que não, mas sou forçado a crer que, mais uma vez, a uma oportunidade de dissecar e estudar algo único foi perdida, pra variar, pra quem vem de fora.
Universidades não são só centros de formação profissional, são centros de pesquisa e precisam agir como tal. A postura de instituições diante destas oportunidades não diferem de outras que "esquecem" ou se omitem de agir pro-ativamente.
Situações como esta desanimam aqueles que pensam um dia fazer desta região um estado independente. Enquanto as instituições e associações da cidades tiverem posturas coloniais diante de Belém, continuaremos sendo a eterna cidade do interior que aceita osmandos e os desmandos de cabeça baixa, sem questionar, sem reclamar, sem resistir. É até compreensível a dependência econômica em relação à Belém, seus repasses e favores políticos (esmolas), mas não posso, enquanto ex-pesquisador, admitir subserviência nas áreas de pesquisa ou colonialismo intelectual. Se realmente quisermos um dia ser um estado e dizer orgulhosamente que somos tapajoaras, temos que começar a agir como tal desde já. Temos que ter a postura de estado independente senão será ainda mais difícil conseguir a independência de direito.

O "Fica Baleia" também serve para seus ossos e órgãos.

Obs.:Biólogos, antes de me criticarem (espero que o façam) requeiram a permanência dos restos do animal por aqui com urgência antes que seja tarde.