Pensar grande, pensar no futuro

Comentário/ editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), do último dia 24:


Finalmente um desejo da sociedade regional vai se realizar pelo governo federal. Sonhada há alguns anos, embora um sonho vago de estudantes e professores, agora a Universidade Federal do Oeste do Pará vai se concretizar no próximo ano. É o que garante a notícia vinda de Belém. Este sim é um projeto de um verdadeiro programa de aceleração do crescimento social do governo federal.

Em preparação a tão grandioso empreendimento se procura um local adequado. O município deve oferecer um espaço suficiente para instalação de uma universidade pensando no presente e no futuro, daqui a 30 e 40 anos. Já de entrada nos próximos 3 a 5 anos serão mais de 40 cursos a funcionar. Portanto, é preciso pensar grande desde o início.

Neste caso, não se pode pensar naquele espaço pequeno ali ao lado das docas, onde hoje funcionam alguns cursos universitários. Já diz a Bíblia: não se põe remendo novo em pano velho. Um campus universitário digno, numa região com ainda grandes espaços físicos precisa ser amplo, combinando estruturas de administração, salas de aulas com o meio ambiental. Um lugar aprazível, longe de barulho, que facilite a concentração e o prazer de estudar. Santarém, felizmente, ainda tem espaços com esses requisitos.

Bem próximo da cidade há uma área, chamada Rocha Negra que, segundo informação de um ex-prefeito, foi desapropriada alguns anos atrás para ser o espaço universitário. Lá existe terreno grande, uma sobra de mata, uma cachoeira pequena que bem pode ser utilizada para o campus universitário.

Nesta hora, os responsáveis, estudantes e professores precisam se juntar, analisar e propor algo concreto e com visão de futuro. Não se pode raciocinar com comodismo e mesquinhez. Por conta de visão pequena de diretores passados, o atual campus é aquele pombal esprimido.

Critérios de opção não podem ser hoje, ou o perto ou o que já existe, ou o dinheiro é pouco. Nesta hora tem que ter a ousadia de um Juscelino Kubitshek – pensar grande e no futuro. A bola está lançada para todos os responsáveis, incluindo aqui os jovens de pré-vestibular e do 2° grau. Afinal, eles e elas serão os primeiro universitários da UFOPA, ou o nome que vier a receber a nova universidade.

Comentários

Unknown disse…
Sua benção,padre Edilberto, grande cidadão!
Conheci este lugar em 1993, na companhia do então reitor marcos Ximenes, do ex Nilson Pinto e do cinegrafista Octávio Cardoso, e desci até a cachoeira a que vc se refere.
A área é excelente, digna da Universidade do Oeste.
Anônimo disse…
Tem razão o padre Edilberto.

Por duas vezes, no curso do mês passado, perguntei sobre o destino da Rocha Negra, bela área de preservação situada na zona urbana da cidade, adquirida pelo município da família Liebold, na gestão Rui Corrêa.

A primeira vez no post soluções para Santarém; a segunda, ao próprio Rui Corrêa, no programa Opinião, ocasião em que o mesmo, de viva voz, confirmou que o município doou a área à UFPA.

Não podemos perder essa oportunidade. Com a palavra a professora Marlene, Coordenadora do Campus Tapajós-UFPA.

José Ronaldo Dias Campos
Anônimo disse…
Não sei onde é Rocha Negra, mas confio na perspicácia do Edilberto e do Juvêncio. Tem ônibus, ruas "mais ou menos" até lá? Por gentileza, põe uma foto aí pra nós, Jeso, ou um mapa... se for possível, claro! Fiquei curiosa! :)
Anônimo disse…
Essa é boa, Padre. Também concordo que devemos pensar grande. Há muito estamos devendo um projeto grandioso para a Rocha Negra.
Anderson Dezincourt.
Unknown disse…
Alê, bonitinha...aliás, linda!
Anônimo disse…
Horrível esse nome Ufopa. Parece coisa ligada a ET... Ufoesp não é legal?
Aldrwin Hamad disse…
Parab�ns pela observa�o Padre Edilberto. Um campus universit�rio bem planejado e em uma �rea que permita uma expans�o racional e respons�vel da inevit�vel expans�o urbana ser� sim a maior conquista da cidade em muitas d�cadas.
Para isso � preciso planejar e prever os impactos que a ida de uma universidade levar� para o local.
Certamente n�o ser� por falta de local que n�o teremos uma universidade aqui. Mararu, Estrada do aeroporto, Maracan� Ju� enfim, locais existem de sobra, � preciso avaliar quais os que oferecem as melhores p�es de acesso, tr�fego, expans�o urbana, fornecimento de servi�os e que minimizem os impactos de sua implanta�o.
De qualquer maneira, concordo que devemos sempre pensar em grandes espa�os para que grandes id�ias surjam.
Por falar nisso, j� pedindo perd�o pela cobran�a, quando � que a igreja cat�lica fundar� uma PUC em Santar�m? J� propuz outro dia que seja feita na �rea cedida � igreja no aeroporto velho, mas a �rea do semin�rio tamb�m n�o seria nada mal. Fica a id�ia. Um abra�o.
Anônimo disse…
Quanto ao nome, sugiro temporariamente UFOESPA, enquanto não se transforma definitivamente em UFTA, Universidade Federal do Tapajós.