Oportunidade

Do mestre em engenharia mecânica Aldrwin Hamad, sobre o post Fifa ofializa Brasil como sede da Copa de 2014:

Amigo Jeso, me permita comentar sobre esta notícia não somente com a alegria de um admirador do futebol, mas com um olhar de oportunidades para Santarém.

Para alguns, sediar uma copa do mundo, um panamericano ou uma olimpíada é somente um "gasto" com futilidade e ostentação em um país sem as condições básicas de dignidade humana como saneamento e segurança.


Entretanto, enquanto nação, temos o mau hábito de fazer como eu (e talvez muitos) costumo fazer em casa, geralmente só arrumo quando vem visita. Sei que não é o ideal, mas dos males o menor.

Teremos a chance de mostrar ao mundo que podemos sim ser uma grande nação, não somente do futebol. Com a responsabildiade de organizar uma copa em escala continental, talvez seja este o estímulo que precisavamos pra investir em infra estrutura e, mesmo "maquiando" algumas coisas, podemos mudar para melhor a geralmente "cara feia" de nossos centros urbanos.


Muitos países precisaram de guerras e tragédias monumentais para se repensarem enquanto nação e reorganizarem do ponto de visto urbanístico. Nós teremos a oportunidade de usar uma grande festa para isso. Felizmente estamos na época das vacas gordas (...)


[Clique aqui], para ler a íntegra do comentário acima.

Comentários

Anônimo disse…
Perdão Sr. Aldrwin Hamad, mas é um absurdo tentar justificar um gasto monumental e fora do lugar como o que se pretende para sediar a copa do mundo.
Se uma pequena fração desse dinheiro fosse aplicado no esporte de base, surtiria um efeito muitas, muitas vezes maior para o esporte, para a educação e, como o senhor diz, para mostrar ao mundo que o Brasil é uma grande nação.
Programas esportivos em presídios, por exemplo, geraram resultados surpreendentes, mesmo assim, estão parados ou sobrevivem em escala amostral por falta de verbas.
Sequer a infraestrutura a ser feita acaba por ser algo utilizável, vide a vila do Pan.
Em todos os países que sediaram jogos, projetaram as instalações esportivas pensando prioritariamente em como elas seriam de melhor proveito para a cidade uma vez terminados os jogos. No Rio de Janeiro, hoje, o governo contrata arquitetos e outros profissionais para tentarem responder como a cidade poderia tirar proveito daquele trambolho feito sem um mínimo de preocupação social.
Ou seja, a construção da dispendiosa vila de esportes não foi "arrumar a casa", tampouco foi "mostrar ao mundo que podemos sim ser uma grande nação"; ao contrário, foi mais uma vez mostrar-mos um desarranjo de valores e mostrar ao mundo nossa mais vergonhosa face da exclusão social.
Maurício