Memória: Centro Recreativo, 73 anos

Hoje, 25, o Centro Recreativo completa 73 anos de fundação.

A primeira sede do clube que, por décadas e décadas reunia a elite mocoronga, foi em um prédio localizado na rua Galdino Veloso com a travessa 15 de Agosto, onde depois morou por muitos anos Albert Meschede, dono do Bar Mascote.

Ali permaneceu de 25 de outubro de 1934 até 1943.

O primeiro presidente do clube foi Vicente Malheiros da Silva, avô do magistrado e compositor Vicente Fonseca, residente em Belém.

No dia 11 de setembro de 1943, foi inaugurada a nova sede do Centro Recreativo, seu abrigo até até hoje.

Segundo Vicente Fonseca, um dos mais memoráveis eventos ali realizado foi uma sessão lítero-musical que contou com a presença de duas princesas da família imperial do Brasil, Tereza Maria e Maria Francisca de Orleans e Bragança, netas de D. Pedro II.

Comentários

Anônimo disse…
Típico comentariozinho de cidade de interior e de gente que deve se achar com "sangue azul".
O fato do mais memorável evento do lugar ter sido a ida de descendentes da monarquia mais de 50 anos depois de estarmos na república mostra que o que é colônizado não é a terra e sim a cabeça das pessoas.
Anônimo disse…
Data venia, repudio o comentário do anônimo das 09:02h. Se desejar saber de mais detalhes sobre a história do "Centro Recreativo", leia o "Meu Baú Mocorongo", de meu saudoso pai (Wilson Fonseca, Isoca), onde constam fotografias e a partitura do "Hino do Centro Recreativo".
Graças a Deus que eu e minha família jamais nos consideramos de "sangue azul". Muito pelo contrário, meus avós José Agostinho da Fonseca e Vicente Malheiros da Fonseca (primeiro Presidente daquele clube; ele era natural de Aritapera) eram pessoas modestas e humildes.
Por outro lado, tenho o maior orgulho de ser mocorongo e ter nascido numa "cidade do interior", como Santarém, minha terra tão querida.

Eis a letra do hino do clube:

“CENTRO RECREATIVO”
(Hino-marcha)

Letra: Felisbelo Sussuarana
Música: Wilson Fonseca (Santarém-PA, 25.10.1936)

I
Elevar mais e mais o conceito
deste grêmio, mantendo-o de pé
– eis o lema por todos aceito
nesta marcha de força e de fé!
Trabalhando em favor d’um notável,
d’um soberbo, d’um nobre ideal,
aliemos ao bom o agradável,
dando curso ao viver social.

Estribilho
Eis! Sus! É maior a vitória
quando a luta é maior no fragor!
Em lutar encontramos a glória
que enaltece o tenaz lutador!

II
Sempre unidos, visando o prestígio
decorrente de nossa união,
procuremos erguer ao fastígio
este amado e formoso rincão!
E a sonhar um futuro ridente
que de orgulho nos venha envolver,
seja a mira – marchar para a frente!
seja o fito – lutar e vencer!

..................................

Vicente Malheiros da Fonseca (filho de Wilson Fonseca, maestro Isoca)
Anônimo disse…
Na boa, esses filhos do maestro isoca merecem um cascudinho.
Outro dia a filha disse que ele era uma das maravilhas da humanidade. Calma lá gente. Menos!
Ninguém questiona a qualidade artística do maestro que ainda merce grandes homenagens, mas seus filhos virem aqui vez ou outra confundir Elogio e homenagens com Idolatria chega a ser ridículo.
Nenhum deles mora aqui e ficam num papel pateticamente infantil, cantando sonetos e poemas se auto-elogiando à sombra da memória do pai.

Se seus avós foram humildes, tente aprender com eles que mesmo sendo filho de alguem importante isso não lhe da direito de ficar se gabando por sua genealogia. Ter orgulho do pai é importante, mas ficar espalhando pelos quatro cantos que o "papai" fez isso ou aquilo tira até um pouco do brilho da imagem do maestro. Isso é uma questão freudiana, não vem ao caso discutir.

Quanto a não ter sangue azul, isso não invalida o fato de ter considerado a ida de EX princesas, de uma EX monarquia, como o fato mais relevante do centro recreativo. Podes até não ter sangue azul, mas que é ridículo achar visita de ex princesa a um lugar, isso é.

Raimundo Nonato da Silva (filho de Maria do Socorro da Silva, Lavadeira d´beira)
Anônimo disse…
Corrigenda e esclarecimento:

O primeiro Presidente do Centro Recreativo foi VICENTE MALHEIROS DA SILVA (e não "da Fonseca"), meu avô materno.

Um dos mais memoráveis eventos realizados na inauguração da nova sede do Centro Recreativo, segundo "Meu Baú Mocorongo" (Wilson Fonseca), foi a sessão lítero-musical que ali se realizou, na ocasião.

A eventual presença de descendentes de D. Pedro II, no evento, não tira a importância do acontecimento, mas também não deixa de assinalar que uma cidade do interior da Amazônia tenha atraído a atenção de visitantes ilustres.

Ninguém está a defender ou enaltecer a monarquia, mas a cultura lítero-musical de Santarém, aplaudida pelos santarenos e por nossos visitantes, cuja família, bem ou mal, pertence à história do Brasil.

O programa lítero-musical está reproduzido nas páginas do "Meu Baú Mocorongo" e revela o nível cultural de Santarém, independentemente da presença de princesas imperiais.

E, cá pra nós: o problema não está na monarquia, ainda adotada por países de primeiro mundo, mas na cabeça de pessoas que sequer sabem interpretar o sentido da história.

Vicente Malheiros da Fonseca.
Anônimo disse…
Ó seu raimundo, tu precisas te atualizar, porque o filho do maestro Isoca, de nome JOSÉ AGOSTINHO DA FONSECA NETO (maestro "Tinho"), mora, sim (e sempre morou), em Santarém. Não só mora, como desenvolve magnífico trabalho na direção da Escola de Música e da Orquestra Jovem “Wilson Fonseca”.
Queres o endereço dele? Fica na Rua Floriano Peixoto nº 282 (está no site da Fundação Carlos Gomes, onde podes conhecer melhor a biografia do maestro Isoca: http://www.fcg.pa.gov.br/wf/endereos.htm ).
Vai lá na casa do “Tinho” (se tiveres coragem) e conversa com ele, que certamente vais aprender um pouquinho mais do que significa "honrar pai e mãe", como está nos Mandamentos da Lei de Deus (tem gente que nem se lembra disto).
Outra coisa: tu és teimoso pra caramba (pra não dizer coisa pior...). Presta bem atenção: ninguém da família do maestro Isoca disse que a “visita” das princesas teria sido o fato mais importante na inauguração da nova sede do Centro Recreativo, na década de 40 do século passado. Só um analfabeto diria isso. O que o Dr. Vicente, filho do maestro, falou foi que um dos fatos mais memoráveis, na ocasião, foi a sessão lítero-musical. Vou repetir: a SESSÃO LÍTERO-MUSICAL. Tu sabes bem o que é isto? Pois é, está tudo direitinho no “Meu Baú Mocorongo”. Ah! Antes de visitar o “Tinho”, dá uma olhadinha no “Baú”, tá?
Finalmente, morar, apenas por morar, aqui em Santarém não significa nada, se pessoas, como tu, não demonstram interesse pela cultura da nossa cidade, mas apenas inveja ou sabe lá o que mais. Simples morador? Plantas, animais e minerais também moram... É preferível residir em outra cidade e demonstrar sintonia com a alma santarena, por via da arte, da cultura. Afinal, não se pode residir em vários lugares ao mesmo tempo.
E a questão não é essa, mas a história do “Centro Recreativo”. A história que tu certamente não conheces. Repito: lê o “Baú”, o “Tupaiulândia” (Paulo Rodrigues dos Santos) e outros livros sobre a história da nossa terra.
Aplausos e aplausos aos valorosos filhos do maestro Isoca que preservam a memória do nosso querido maestro e da nossa terra querida Santarém. Isso não é idolatria, mas atitude exemplar. Nada infantil, porém madura e consciente. Afinal de contas, o que de mais existe em dizer – como disse Maria das Dores, filha do maestro: “Meu querido PAI (WILSON FONSECA) sua grandeza não consiste somente em receber honras, mas em merecê-las. E você merece muito mais... Para nós santarenos, és o símbolo das 7 (sete) "maravilhas do mundo": COMPÔR, TOCAR, VÊR, OUVIR, SENTIR, SORRIR E AMAR.” Sim, estes verbos são maravilhas da humanidade. Alguém duvida?
Tu sabias que o maestro Isoca prestou diversas homenagens a seu pai, o compositor José Agostinho da Fonseca, para qual fez músicas e escreveu textos belíssimos?
Pois é. Ele ensinou aos filhos o amor pelos seus pais, coisa que nem todos fazem hoje em dia, infelizmente. Vai aprendendo mais esta.
Uma notinha de rodapé: ao contrário da tua opinião, eu sinceramente não acho que seja uma “questão freudiana” tu teres te identificado como filho de D. “Maria do Socorro da Silva, Lavadeira d´beira”, na tua manifestação. Afinal, cada qual tem o freud que merece... Quanto aos poemas e cascudinhos, isso dá samba: começa pelo “Tinho”, que mora mesmo em Santarém. E que os demais filhos preparem as suas cabeças, pois O “DONO DA VERDADE”, VULGO RAIMUNDO NONATO DA SILVA, VEM AÍ, COM SEUS SONETOS E CANÇÕES, ESPALHANDO BESTEIRAS AOS BORBOTÕES. Enquanto isso, a história vai passando... Te espero na próxima estação.
Anônimo disse…
Não consigo ver a idolatria como algo maléfico quando se trata da expressão essencialmente humana e trasnformadora, como é o caso da cultura.

Se os filhos assim o fazem é porque, o o próprio significado da palavra sugere, AMAR PROFUNDAMENTE.

Penso que houve um erro de interpretação do "anônimo" quando tentou deslocar a cerne da homenagem à quastões políticp-históricas, não conseguindo observar a importância de, na época, uma cidade do interior da Amazônia receber um monarca, independentemente de ser uma família hoje "falida".

Enfatizamos o que o maestro Isoca fez, poisunca nos deixa aquele que é lembrado.