O povo brasileiro já pode comemorar. Depois de 64 anos, o Brasil novamente voltará a sediar uma Copa do Mundo. O presidente da Fifa Joseph Blatter confirmou nesta terça-feira que o Brasil será a sede do Mundial de 2014.
Estiveram presentes na cerimônia em Zurique, na Suíça, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, o embaixador da candidatura brasileira, o atacante Romário e o escritor Paulo Coelho.
Apesar do Brasil ser o único candidato, Blatter disse que isso, em vez de facilitar, tornou ainda mais difícil a escolha do Comitê Executivo da Fifa.
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Estiveram presentes na cerimônia em Zurique, na Suíça, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, o embaixador da candidatura brasileira, o atacante Romário e o escritor Paulo Coelho.
Apesar do Brasil ser o único candidato, Blatter disse que isso, em vez de facilitar, tornou ainda mais difícil a escolha do Comitê Executivo da Fifa.
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Fonte: JB
Comentários
Para alguns, sediar uma copa do mundo, um panamericano ou uma olimpíada é somente um "gasto" com futilidade e ostentação em um país sem as condições básicas de dignidade humana como saneamento e segurança.
Entretanto, enquanto nação, temos o mau hábito de fazer como eu (e talvez muitos) costumo fazer em casa, geralmente só arrumo quando vem visita. Sei que não é o ideal, mas dos males o menor.
Teremos a chance de mostrar ao mundo que podemos sim ser uma grande nação, não somente do futebol. Com a responsabildiade de organizar uma copa em escala continental, talvez seja este o estímulo que precisavamos pra investir em infra estrutura e, mesmo "maquiando" algumas coisas, podemos mudar para melhor a geralmente "cara feia" de nossos centros urbanos.
Muitos países precisaram de guerras e tragédias monumentais para se repensarem enquanto nação e reorganizarem do ponto de visto urbanístico. Nós teremos a oportunidade de usar uma grande festa para isso. Felizmente estamos na época das vacas gordas. O Brasil tem dinheiro, tem recursos pra investir e o melhor, tem tempo para isso. Temos 7 anos pra mostrar ao mundo e a nós mesmos que revoluções podem acontecer não com guerras e armas, mas com a força da maior paixão mundial. Ok, um pouco exagerado e romântico, mas pela primeira vez teremos, como nação, uma meta de 7 anos com data e hora pra terminar. Não são 4 anos ou véspera de eleição. Agora o compromisso é mais sério, transcende mandatos e o compromisso não é somente com o facilmente enganável povo e sim pro mundo. Auto engano? pode ser, mas tratados filosóficos à parte, economia também é um engano coletivo.
É bom lembrar que a preparação para um evento como esse exige muito mais do que reformar estádios. Exige um investimento pesado em infra-estrutura de sistemas viários, hotéis, saneamento, transporte e sinalização urbana, modernização de aeroportos e outros sistemas de transporte (espero que pensem nas ferrovias). Tudo isso gerará empregos e as obras ficarão para a população das cidades.
Historicamente, todas as cidades que sediaram grandes eventos mundiais se beneficiaram e muito das obras deixadas e com isso impulsionaram sua economia de forma sustentável pois tiveram a oportunidade de se repensar e replanejar a longo prazo definindo estrategicamente seus potenciais turísticos, industriais, comerciais, etc.
E Santarém nisso?
A princípio, enquanto não fecharem quais serão as ciades sede definitivas, Santarém estará entre duas, Belém e Manaus.
Quem vier a uma destas cidades, pode vir a ter grandes motivos para dar uma esticada até Santarém. Porque não?
Temos então incríveis oportunidades para criação de cenários favoráveis para atrair os milhões de dólares que turistas ávidos por conhecer o Brasil e a Amazônia.
Como disse antes, temos 7 anos para que o poder público juntamente com a inicitaiva privada planejem e projetem meios de manter nossas praias limpas, sem carros, com banheiros, com alternativas de passeio e entretenimento, com restaurantes e ou barracas higienizadas, atendimento minimamente decente voltado para humanos, ruas limpas, esgoto no lugar de esgoto, calçadas para pedestres e não animais pastarem, hospitais funcionando e de preferência com qualidade, arborização e outros "luxos" que talvez turistas e cidadãos possam gostar de ver em um lugar que estão pagando pra visitar e também para viver.
Se nada disso for necessário, fazer com que pelo menos a estrada do aeroporto não destrua as expectativas de quem quer conhecer o que sobrou das belas praias de rio onde antes andavam pessoas.
Quem sabe não é essa a oportunidade que faltava pra Santarém, enfim, passar a ser uma cidade verdadeiramente turística?
Aldrwin
Caso isso aconteça, pode acontecer com o Brasil o mesmo que aconteceu com a Colômbia. Em 1986, o país perdeu a candidatura para o México justificando que não tinha dinheiro para terminar as obras necessárias à criação da infra-estrutura exigida pela Fifa.
Entre os ítens analisados pela Fifa, estarão, por exemplo: uso da verba disponível para o evento, venda de ingressos, estádios, estrutura para treinamentos, facilidades para a mídia, possibilidade de realização de congressos e eventos, segurança, telecomunicações, transportes, capacidade de acomodação.