A carne é fraca




Comentário/ editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), do dia 24:


Cuidar da saúde é uma responsabilidade pessoal de cada pessoa. Também é responsabilidade do poder público, através dos vários órgãos de saúde. Então chega uma noticia grave hoje. Parte da população da cidade está comendo carne bovina possivelmente contaminada. Segundo a informação, apenas 5 matadouros são regulares. Supõe-se que esses tenham vigilância e só abatem gado sadio.

Os demais matadouros são clandestinos e, sem os cuidados necessários, podem estar matando gado doente. A denúncia é grave e a população fica sem saber se proteger. Como é que o consumidor vai saber se a carne daquele açougue vem de um matadouro higiênico e regular? Onde está a certificação? Do jeito que está a situação, o
consumidor tem poucas escolhas. Ou deixa de comer carne, ou exige do açougueiro um certificado de procedência da carne.

O caso é sério e exige urgentes providências por parte dos órgãos responsáveis pela saúde pública. Se foi possível organizar os açougues para terem locais apropriados para conservar a carne resfriada, por que não criar regras de certificação para acabar com os matadouros clandestinos?

Outra situação grave em relação ao consumo de carne é a venda de carne de porco em bancas a céu aberto. A carne de porco já é carregada de toxinas e outras coisas mais, agrave-se mais pelo fato de ser exposta em bancas onde moscas circulam.

O que falta para os órgãos públicos responsáveis exigirem que venda de carne de porco tenha seja feita com se faz com a carne bovina?

A população precisa ser protegida antes que se alastrem doenças que poderiam ser evitadas por quem de dever. A vida humana está acima do lucro financeiro de quem negocia com os alimentos.

A sociedade de hoje é bem diferente da sociedade de 50 anos atrás. A ética evoluiu e os direitos coletivos exigem serem respeitados. Para isso, existem órgãos específicos e forma que a fiscalização e o cumprimento de regras de
bom viver são mais explícitas.

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