BR-163: bloqueio perdura

Há sete dias a BR-163, que liga Santarém (PA) a Cuiabá (MT), está interditada por trabalhadores rurais do Assentamento Brasília, no distrito de Castelo de Sonhos, município de Altamira, Pará. O bloqueio acontece na altura do quilômetro 168, a 900 quilômetros de Santarém.

Os trabalhadores protestam contra a não liberação de recursos do Plano de Desenvolvimento Sustentável para o assentamento.

O bloqueio do dinheiro é conseqüência de uma decisão da Justiça Federal de Santarém, que concedeu liminar ao Ministério Público Federal no Pará suspendendo 99 projetos de assentamento no estado por suspeita de irregularidades.

Os créditos para as famílias e para construções de estradas e rodovias estão suspensos. O Incra recorreu contra a liminar.

Pressão

A assessoria do Ministério Público Federal no Pará explicou que ao pedir o bloqueio dos recursos pretende forçar a regularização dos assentados e pressionar o Incra para que sejam feitos os procedimentos legais necessários para a existência do assentamento.

Para interditar a BR, os trabalhadores colocaram caminhões e máquinas na pista. O tráfego é liberado na via a cada 12 horas. Mas segundo a Polícia Rodoviária Federal, apesar do bloqueio não chegam a ser formadas filas longas porque o trânsito no local não é muito intenso.

Fonte: Agência Brasil

Comentários

Anônimo disse…
Tomara que não se repita o 17 de abril. Aliás, sobre o Massacre de Eldorado, a Wikipédia, a enciclopédia livre da Web, repete as declarações de Sette Câmara no dia seguinte ao massacre, de que tinha mandado atirar. Lembro como se fosse hoje: também ouvi ele dar essa declaração a uma rádio. Dois ou três dias depois das declarações, ele mudou o discurso. Por isso a Wikipédia fez questão de dizer que as declarações foram feitas um dia depois do massacre. E é também isso que acredito no que falou o Mario Pantoja. Pena que anos depois.
Antônio Carlos Abreu
Anônimo disse…
Essa ação do Ministério Público Federal é de inominável irresponsabilidade. Esta instituição tem procuradores que, em significativas vezes, quedam-se encastelados em seus confortáveis gabinetes, fruindo de supersalários incompatíveis com a realidade da maioria da classe trabalhadora deste país e além de tudo, sem conhecer (ou intensionalmente querendo desconhecer) a realidade sofrida dos trabalhadores rurais, propõe as mais fantásticas ações sob as mais incríveis justificativas, que acabam por resultar em irreparável prejuízo de um segmento dos mais desprezados e marginalizados do país, formado por aqueles que não dispõem de privilégio de nascimento que tiveram a maioria desses procuradores federais, beneficiados por um sistema social historicamente injusto e opressor. Não se esqueçam que vocês são (ou deviam ser) 'promotores de JUSTIÇA federais'.

Ir. Aldrin Araújo
Porter disse…
Ir. Aldrin Araújo ainda não sacou que essa manifestação é promovida pelo "testa de ferro" dos madeireiros e apoiada por eles?
Aliás, não sacou que não houve nenhum protesto dos assentados? Que os unicos que se manifestaram no Ministerio Publico foram os madereiros, o INCRA e o "unico Presidente" de quatro associações de assentados fantasmas?
Acorda Irmão!