"Proibir é radical"

De Aldrwin Hamad, mestre em mecânica, sobre o post Cana: plantar ou não?:

Senhores, permitam-me adentrar ao debate.

É certo que queremos desenvolvimento econômico com responsabilidade sócio-ambiental. O problema é definir que tipo de desenvolvimento queremos. Agricultura extensiva na Amazônia é a solução?

Proibir o plantio de cana é algo radical e precisa ser analisado com maior cautela. Há argumentos bastante favoráveis para a restrição de plantio de grandes áreas, mais do que os argumentos favoráveis ao meu ver, como há para toda e qualquer monocultura introduzida no bioma amazônico, mas não precisa ser proibida para pequenos produtores com interesses diferenciados e específicos.

Sou 100% a favor do plantio de cana na Amazônia, desde que seja pra produção de cachaça!

Brincadeira a parte, a produção de cachaça artesanal, por exemplo, pode proporcionar uma boa renda para pequenos produtores se inseridas dentro de um arranjo produtivo local, com baixo impacto ambiental e alto grau de inclusão social (desconsiderando os abusos do consumo).

Participei de um projeto desses no interior de Santa Catarina com resultados excelentes. Alguns produtores já exportam sua cachaça para Europa e Mercosul... só pra citar um exemplo.
Mais uma vez nos deparamos com mais um debate sobre proibir ou liberar o uso do solo da Amazônia para plantio de espécies exógenas que se baseiam na monocultura extensiva. (...)

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Comentários

Anônimo disse…
Prezado Aldrwin Hamad, muito bem lembrado a eventual importância da cana para os pobres do campo. Porém, as restrições discutidas não se aplicam a eles. Além do que, não faz parte da (agri)cultura amazônida o cultivo e consumo da cana, podendo essa ser substituida com vantagem por inúmeras cultura locais.
Especialmente no caso da cachaça, o álcool da nossa tão familiar mandioca pode produzir um destilado da melhor qualidade.