Pensata

Na obra “Em busca do tempo perdido” Marcel Proust procura revelar um dilema humano: o homem-no-mundo e homem-no-tempo, onde reflete a vida como uma atitude filosófica e a vida como um turbilhão de dilemas - dilemas também abordados, mas sob a perspectiva da crise existencial, na obra “A metamorfose”, de Franz Kafka.

Nas duas, uma linha comum me fisgou a atenção de forma muito forte: nos dilemas residem nossas fraquezas, essas, muitas vezes traduzidas nas visões turvas que, não raro, ofereceremos à interpretação da conduta humana – vesga visão que impede uma ação transformadora da realidade. (...)


Trecho do artigo semanal do juiz federal do trabalho Océlio Morais, que escreve todas as sextas-feiras neste blog.

O texto tem o título O juiz: dos dilemas e da arte de julgar e nos remete a esclarecedoras reflexões.

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Comentários

Anônimo disse…
Excelente reflexão sobre o metier de um profissional que, ao meu ver, coloca-se equivocadamente muito distanciado da realidade que o cerca, salvo honrosas exceções. Mais e mais juízes se isolam do calor das ruas, a torre de marfim em que se encastelam é que norteia grande parte as suas sentenças, que, por isso, exalam o odor bolorento da letra fria das leis. Como mudar esse quadro? Descendo do pedestal, incorporando-se à rotina do comum dos mortais, dialogando com os diversos segmetos da sociedade - muito mais ouvindo, do que opinando. Sem essa "descida", o rumo continuará sendo o que se vê hoje: de sentenças, decisões, atitudes divorciadas do dia-a-dia.

Heleno Dias
Anônimo disse…
O que precisa acontecer, é realmente o que o magistardo expõe:
entender o ser humano na essência, sentir que seus anseios podem ser atendidos, que não é uma coisa distante da realidade. Que as sentenças dos juizes, não sejam "prontas"copiadas das leis, e sim, investigadas, mas com olho da alma.
Acompanho a trajetoria do autor, e admiro sua postura. Cada semana somos presenteados com idéias fantasticas.