Pensata

(...) Há uma sempre querência de procura na poética moreiriana, um olhar sempre novo que se reveste de um acúmulo de vestimentas sociais, ora um tom profético, por momentos uma sisudez que se espraia em um pessimismo de realização, há por vezes pinceladas de uma tinta benzida com a lama e o escárnio junto ao catarro que escorre do nariz de um empinador de papagaios de uma imagem vespertina num sábado.

Vislumbro ainda mecanicismos e imposições de um trabalho e uma vida para se levar, remetendo para velhas querências de velhos filmes duma sessão da tarde.


Ainda vejo um amante de uma mulher apenas, a puta, a evangélica, a fofoqueira, tacacazeira, estudante do Rodrigues ou Álvaro Adolfo, universitária, drogada, amante, infiel, prostrada, pedinte, sorridente, feliz, e aquela que diz oi, são episódios da mesma mulher pontos de um vasto quadro moldado a sexo, vexames, realizações, primeiro gozo, ultima decepção, e a próxima querendo a ultima para deixar de ser próxima e realizar-se como ultima. (...)

Trecho do novo artigo (A poética como homeopatia evolucionista) do jovem escritor Josué Vieira.

Ele faz uma análise crítica da poesia do santareno Neucivaldo Moreira.

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Comentários

Anônimo disse…
A Cura Da Homeopatia Pelo Processo Macrobiótico

Falcão

Composição: Falcão/Tarcísio Matos

Eu vivia triste, encrisiado
Moribundo, empanzinado
Cheio de peitica, eu era um lascado
Vivia destiorado

Mas não era pra menos, eu só comia
Folha de pau, raiz e vagem
Mel de abelha e gergelim
Arroz integral
Bife de soja, pepaconha
Chá de boldo e própolis

Mas eu mudei minha alimentação
Graças ao Mané Bofão
E passei a comer seguindo a sua orientação

Panelada, buchada
Sarrabulho, tripa de porco
Fuçura, lingüiça, rabada miúdo
Bife, passarinha, mocotó, carne de lata
Chouriço, tutano, sarapatel
Mão de vaca

Hoje eu estou mudado
Bonito, lindo e joiado
Alegre, gordo e corado
Pareço um artista
Anônimo disse…
A análise do escritor Josué Vieira é uma punheta. Um auto-possuir-se. Mulher de si mesmo. A volúpia de um orgasmo literário mental. Escreve, mas não comunica. O difícil é escrever o fácil que comunica.
Anônimo disse…
Bem comentado, apesar de ser uma punheta há algo nele que pede clareza, a propria incompreenção da poetica atraves de uma busca temporal do humano. a punheta faz parte de um crescimento humano, como auto-conhecimento