Réus são absolvidos por júri popular

por Jota Ninos

Numa sessão que terminou por volta de três horas da manhã, o Conselho de Sentença decidiu pela absolvição dos dois réus que estavam em julgamento.

A votação foi apertada 4 X 3.

Os quatro debatedores, dois da acusação (promotor Sandro Chermont e advogado Wilton Dolzanis) e dois da defesa (Renato Maués e José Ronaldo Campos) utilizaram quase todo o tempo previsto (8 horas) para convencer os jurados de suas teses, vencendo a defesa.

A plenária não arredou pé do salão do tribunal, presidido pelo juiz Carlos Gustavo Chada Chaves. De um lado, familiares de Paulo Rangel Pinto e Edelvani Pinto, os réus; do outro, familiares do soldado PM João Boaventura Siqueira.

O policiamento foi reforçado para evitar confronto entre familiares.

Na próxima sexta-feira o homicídio completará 10 anos e apenas um dos três acusados foi condenado: Clauson Pinto, que se encontra preso em Cucurunã aguardando análise de seu recurso de apelação ao TJE contra os 17 anos a que foi condenado.

O Tribunal do Júri da 6ª Vara Penal retorna somente no dia 20 de abril, mas terça-feira haverá outra sessão que será a primeira do ano da 4ª Vara Penal, sob a presidência da juíza Adelina Moreira.

Comentários

Yúdice Andrade disse…
Não sei se é o caso desse processo específico mas, no Brasil, é gigantesco o número de absolvições porque os processos são mal instruídos e desprovidos de provas técnicas. Sem investimento em ciência forense, os processos acabam dependendo apenas das testemunhas. Resultado: a defesa explora o disse me disse, a imprecisão e a dúvida. Ou então anul o processo com base em tecnicalidades. E o réu vai para casa livre. Merecendo ou não.