Aquecimento global vai mudar clima da Amazônia

O aquecimento global criará um novo clima na Floresta Amazônica até o final do século. O clima será mais quente e com maior precipitação em época de chuvas, segundo um estudo feito por cientistas da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.

Usando modelos de mudanças climáticas que levam em conta estimativas de emissões de gases do efeito estufa, os cientistas concluíram que 39% da superfície do planeta terá temperaturas mais altas até 2100 e que as zonas de climas mais quentes no mundo já estão se deslocando em direção aos dois pólos.

O fenômeno vai afetar principalmente os trópicos e sub-trópicos, regiões em que ficam as florestas Amazônica e da Indonésia, onde até as menores variações de temperaturas podem ter um grande impacto, afirmou Jack Williams, geógrafo da universidade e chefe da pesquisa.

Novos climas

"Esses já são os lugares mais quentes do mundo", disse Williams à BBC. "Com o mundo ficando ainda mais quente, essas regiões serão as primeiros a sair do patamar de climas conhecidos hoje e a formar novos climas".

Segundo Williams, o novo clima na Amazônia "não terá apenas uma temperatura mais elevada como uma precipitação maior. Choverá mais nos meses de julho, junho e agosto".

[Clique aqui], para ler mais.

Fonte: BBC Brasil

Comentários

Anônimo disse…
Coroando décadas de debate sobre o aquecimento global, um relatório recentemente lançado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) e assinado por 2.500 pesquisadores de 130 países, afirma que há 90% de chances de que o aumento de temperatura verificado na Terra seja causado pela ação do homem.

Temperatura média global

Segundo o relatório de 1.600 páginas, a temperatura média global subiu cerca de 0,7º C entre 1901 e 2005. Mas as divergências entre os cientistas começam justamente nesse indicador, que presume reunir em um único número todas as temperaturas de todo o planeta.

Agora, um grupo de cientistas dinamarqueses e canadenses acaba de publicar um artigo afirmando que o conceito de uma temperatura média global é impossível tanto do ponto de vista matemático quanto do ponto de vista termodinâmico. Ou seja, segundo esses pesquisadores, o relatório que virou manchete em todos os jornais do mundo inteiro se baseia em um indicador que nada tem de científico. E eles fundamentam bem seus argumentos.

A temperatura média do planeta é obtida tomando-se a temperatura do ar medida por inúmeras estações meteorológicas ao redor do mundo, atribuindo um peso a cada uma correspondente à área que elas representam; a seguir é calculada a média desses valores - pelo método tradicional de se somar todos os valores e dividir a soma pela quantidade de pontos de medição.

Média sem sentido

"Uma temperatura somente pode ser definida para um sistema homogêneo," explica o Dr. Bjarne Andresen, da Universidade de Copenhague, Dinamarca, um dos autores do artigo. "Além disso, o clima não é governado por uma única temperatura. Pelo contrário, são diferenças de temperaturas que dirigem os processos e criam as tempestades, correntes marítimas, trovões, etc. que caracterizam o clima."

Segundo Andresen, até faz sentido falar-se em média de temperatura localmente, mas uma média de temperatura global beira ao absurdo. O globo é formado por uma quantidade inumerável de componentes que não se pode simplesmente somar e extrair uma média.

Taxa de câmbio

Em uma comparação com a economia, os cientistas afirmam que também é significativo falar-se da taxa de câmbio entre dois países. Mas uma "taxa de câmbio global" não faz nenhum sentido.

Se a temperatura sobe em um local e cai em outro, a pretensa temperatura média global não mostrará nenhuma alteração, embora os climas nos dois locais sofram modificações. Por exemplo, se, num determinado ano, a temperatura média é de 10 graus no ponto A e de 40 graus no ponto B, a média será de 25 graus. Se, no ano seguinte, a temperatura nos pontos A e B ficar em 25 graus, a temperatura média será a mesma, mas os pontos A e B terão tipos de clima radicalmente diferentes em relação ao ano anterior.

Tipo de Média

Um outro problema com o conceito de temperatura média global é que há vários métodos matemáticos para se calcular uma média.

O método utilizado no relatório do IPCC é a média aritmética. Tome-se, por exemplo, dois copos iguais, cheios de água. O primeiro com a água a 0º C e o segundo com a água a 100º C. A temperatura média dos dois será de 50º C.

Mas o resultado será diferente se for utilizado o conceito de média geométrica. Tomando-se o mesmo exemplo dos dois copos, os valores de suas temperaturas deverão ser multiplicados e elevados ao quadrado. O cálculo, que é feito em graus Kelvin e depois convertido para graus Celsius, vai resultar em uma temperatura média de 46º C.

O que parece ser uma "mera diferença de 4 graus" é na verdade uma magnitude que explica a maioria dos processos climáticos da Terra, inclusive os tufões, o El Niño e todas as correntes marítimas.

Aumento do nível do mar

Recentemente, o pesquisador brasileiro Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também apontou inconsistências nas conclusões sobre as mudanças climáticas. Segundo ele, a Antártica não está derretendo e aquele continente contribui minimamente para o aumento no volume dos oceanos observado nos últimos anos.

"[...] é bom ressaltar que é uma parte muito pequena do gelo do planeta que está derretendo - exatamente 0,7% do volume total do gelo - e a participação do gelo antártico nesse percentual é mínima," afirmou Simões.

"As pessoas confundem gelo marinho - mar congelado - com gelo de geleiras. O mar congelado, como o iceberg, não afeta o nível do mar. Tem impactos ambientais climáticos significativos, mas não no nível do mar. O aumento no nível das águas do mar está relacionado em 70% ao derretimento das geleiras e em 30% à expressão térmica do mar", disse ele durante o 1º Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, realizado há duas semanas no Rio de Janeiro.

Com a palavra, os 2.500 cientistas que assinaram o documento do IPCC, também subscrito pela ONU.


Bibliografia:
Does a Global Temperature Exist?
Christopher Essex, Ross McKitrick, Bjarne Andresen
Journal of Non-Equilibrium Thermodynamics
2007
Vol.: Vol. 32, p. 1-27
Anônimo disse…
Vamos acreditar na ciência e plantar essas árvores o mais rápido possível,senão nossos filhos e netos serão cozidos no caldeirão santareno!
Anônimo disse…
Que é isso!! Eu sou sojeiro, quero derrubar tudo plantar para alimentar o país!