A edição de hoje do JB (Jornal do Brasil) hoje volta a destacar, em manchete, a Amazônia.
Abre a capa com essa: ONGs sustentam invasão da Amazônia. E emenda:
"Absoluto descontrole oficial sobre a atuação das ONGs, ausência do governo nas comunidades mais carentes da Região Norte, legislação pouco adequada, mais conivência do governo e da comunidade acadêmica brasileira com interesses externos têm feito da Amazônia o celeiro de uma riqueza monumental, que beneficia uma massa de estrangeiros que circula com desenvoltura na floresta.
A biopirataria na região é a base de um mercado que movimenta US$ 100 milhões por ano nas indústrias química, farmacêutica e cosmética, segundo estimativa do Ministério do Meio Ambiente. E o Brasil não vê nem um centavo desses recursos.
- Existem espaços na Amazônia em que brasileiro não entra, tem o acesso impedido - conta o secretário de Biodiversidade e Florestas do ministério, Rogério Magalhães.
Magalhães cita como exemplo o Instituto Norte-Americano Smithsonian, conveniado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa): em 2001, o Smithsonian fechou um espaço no terreno do Inpa, impedindo a entrada de qualquer brasileiro". (...)
[Clique aqui], para ler a matéria.
Abre a capa com essa: ONGs sustentam invasão da Amazônia. E emenda:
"Absoluto descontrole oficial sobre a atuação das ONGs, ausência do governo nas comunidades mais carentes da Região Norte, legislação pouco adequada, mais conivência do governo e da comunidade acadêmica brasileira com interesses externos têm feito da Amazônia o celeiro de uma riqueza monumental, que beneficia uma massa de estrangeiros que circula com desenvoltura na floresta.
A biopirataria na região é a base de um mercado que movimenta US$ 100 milhões por ano nas indústrias química, farmacêutica e cosmética, segundo estimativa do Ministério do Meio Ambiente. E o Brasil não vê nem um centavo desses recursos.
- Existem espaços na Amazônia em que brasileiro não entra, tem o acesso impedido - conta o secretário de Biodiversidade e Florestas do ministério, Rogério Magalhães.
Magalhães cita como exemplo o Instituto Norte-Americano Smithsonian, conveniado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa): em 2001, o Smithsonian fechou um espaço no terreno do Inpa, impedindo a entrada de qualquer brasileiro". (...)
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Comentários
A matéria fala de um convênio com um instituto americano firmado entre outro instituto público do país, o INPA. Então quem é que está sustentando essa invasão: as ONGs ou o Governo? Aqui em nossa região temos um exemplo disso. O projeto LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera e Atmosfera da Amazônia) é um convênio firmado entre diversos institutos de pesquisa, entre eles a NASA, e o governo Brasileiro também. Vamos ignorar a importância do estudo que esse projeto vem fazendo, já que é assim que esses jornalistas escrevem, e vamos novamente de forma simplória perguntar: quem está fazendo isso, são as ONGs ou o Governo Brasileiro?
O caso da patente do cupuaçu é outra história mal contada na reportagem. A quebra da patente japonesa do cupulate não foi uma vitória do governo simplesmente, através do ministério das relações exteriores. Foi em muito fruto da pressão e campanha de ONGs como a AmazonLink.org, que juntamente com outras organizações e movimentos sociais vem denunciando casos de biopirataria envolvendo o cupuaçu, o açaí e a ayahuasca, entre outros.
Em resumo, acho que esse tipo de reportagem vazia é um assalto à própria Amazônia, pela falta de consistência de conteúdo e por requentar informações sem senso de responsabilidade em apresentar algo sério. Porque não apresentam um caso real, bem pesquisado, com provas, de uma ONG que promove os "interesses internacionais" nestes termos. E reflita sobre quais são esses interesses. Até que ponto um interesse nacional é sempre melhor do que um interesse internacional? O interesse nacional, comandado pela elite econômica até agora sempre foi maior para saquear a Amazônia, levando daqui a madeira, o minério e tantas outras riquezas, com alto impacto ambiental e baixo retorno social para as populações locais. Por detrás dos interesses internacionais podem estar também o interesse econômico e o controle da região sem dúvida. Mas é preciso ficar claro de qual interesse está se falando, quais atores estão envolvidos.
Chega que saquear informações da Amazônia.
Essa chega até ser “ridícula”, pois usa um titulo retumbante “GOVERNO NÃO CONTROLA ONGs” e trata de uma questão que envolve a relação de duas gabaritadas Instituições de pesquisa Governamentais (INPA e Smithsonian Institute) um brasileiro e um Americano.
É evidente a ignorância e/ou a ma fé de quem produziu a informação, que nunca deve ter pisado no espaço do INPA em Manaus e não conhece o espaço do INPA.
Aqui em Santarém vai poder servir apenas como capa para semanários o IMPACTO.
Tibério Alloggio
O JB é o Impacto carioca.
Abs.