Procurador pede à PF que investique ameaça de morte ao bispo do Xingu

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará encaminhou nesta terça-feira, 26, pedido à Polícia Federal (PF) para que seja investigada ameaça de morte feita ao bispo do Xingu, dom Erwin Krautler.

Por telefonema anônimo, o interlocutor disse que o bispo seria assassinado no dia 29 de dezembro, em viagem missionária que fará ao município de Gurupá, na região paraense do Marajó.

No dia 22, dom Erwin recebeu da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) o prêmio José Carlos Castro de Direitos Humanos pela sua atuação em defesa da vida e do meio ambiente do povo da Amazônia.

Em ofício ao Superintendente Regional da PF no Pará, José Ferreira Sales, o procurador-chefe da Procuradoria da República no Estado, Felício Pontes Júnior, solicita que, diante da ameaça, "seja empreendida diligência pela Delegacia de Polícia Federal em Altamira para que se busque maiores informações e se evite a tragédia anunciada".

A Seccional da OAB no Pará instituiu o prêmio José Carlos Castro de Direitos Humanos no ano de 2003, em homenagem ao primeiro presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade. O prêmio se tornou uma referência no Estado, tendo sido conferido à missionária Dorothy Stang três meses antes de ser assassinada por pistoleiros em Anapu e ao padre Edilberto Sena, de Santarém.

"Não é por ser simplesmente bispo ou religioso que Erwin Krautler recebeu o prêmio. Afinal, há tantos religiosos, padres e pastores na região, mas que não arriscam a vida pelo bem dos outros, especialmente em situações de conflitos de interesses econômicos e políticos. Dom Erwin toma partido nos conflitos, não é frio, nem morno, assume a defesa dos oprimidos, junto com tantos outros da região", disse o padre Edilberto Sena em entrevista à imprensa de Santarém no dia 22.

Fonte: MPF/Pará

Comentários

Anônimo disse…
O mais importante agora é solicitar a Polícia Federal ou ao Governo do Pará, segurança 24 horas para o bispo dom Erwin. Queira ele ou não.
Se não fizermos isso poderemos ser cúmplices de uma tragédia anunciada, como tantas outras no passado que acabaram acontecendo.
Vic Pires Franco
Deputado Federal