Foto: Ronaldo Ferreira
Taí um dos efeitos que a cultura da soja trouxe a Santarém. Bruna Maschietto largou o Centro-Oeste e, com os pais, sojicultores, fez da cidade sua nova morada.
Há poucos dias, ela disputou o Miss Santarém 2006. Ficou em segundo lugar.
Há quem diga que merecia o 1°, principalmente quando entrou na passarela a bordo desse reluzente vestido preto, com decote longo como as verdes plantações de soja.
Arrasou.
A soja, decidamente, também tem cá os seus encantos. Eis Bruna que não nos deixa mentir.
Comentários
De todo modo eu prefiro o arroz com fejão e farinha da nossa terra.
Ervílson Inato Jr.
Seria o cúmulo alguém de fora representar a nossa terra querida.
De que vale então discutir a tal beleza?
Julguemos pois, essa e outras fotos vistas em outros meios.
Observamos que as 3 primeiras colocadas são loiras, natural ou artificialmente loiras e são as 3 prieiras colocadas das assim denominadas Miss Santarém.
Do ponto de vista feminista cabe um longo debate sobre a persistência de concursos de miss na segunda ou terceira geração de emancipação feminina. Cabe a reflexão de que além de satisfação de ego das concorrentes e suas respectivas mães (devem haver pais também), esses eventos invocam o papel instintivo reprdutivo de exposição das curvas que denotam as mais aptas à reprodução.
Qual a diferença, nessa ultima ótica, de um leilão de nelores exibido no canal rural? Andam sozinhas?
"...Belas ancas, boa distribuição de carcaça, novilha precoce, filha do Fajardo e Dujarah al da paulicéia, uma bela PO... dou-lhe uma..."
Além dos critérios do ponto de vista feminista não custa levantarmos outro ponto importante, a ditadura dos cabelos loiros.
Quão válido é um concurso que escolhe a representante da beleza santarena eleger as 3 primeiras ou seja, as melhores (sic), com um fenotipo completamente incomum na cidade? Poderia passar por louco ao não notar a crescente evolução da beleza nórdica de nossas caboclas (e também das recém chegadas). Vender tintura de cabelo loiro aparenta ser um grande negócio por aqui.
Algo contra as loiras? Absolutamente não. O que incomoda, pra ser sincero, é o exagero e a tentativa de apresentar uma outra beleza que não a sua.
Há quem veja beleza nessas roupas de miss e em longas madeixas descoloridas e recoloridas. Eu particularmente prefiro a beleza natural, a beleza da mulher ao despertar, sem maquiagem, sem salão de beleza, sem extras. Não quero com isso enaltecer as desleixadas e não perfmadas/depiladas.
Nem tanto ao mar e nem tanto à terra.
Acho que é pedir muito querer que as nossas moçoilas sejam naturais na terra do Calypso. Na terra onde o exagero mascara a simplicidade de beleza, onde a tentativa de se diferenciar passa pela vulgaridade e se expor não de forma sensual, mas explícita. Talvez a falta de conteúdo exija um suplemento na forma e o resultado está aí.
Obs.: Nada contra a srta. Bruna, acredito que debaixo de toda essa fantasia seja uma bela mulher e pela origem, tem tudo pra ser originalmente loira. O que mata na foto é justamente a roupa... sem exageros!
Tenho absoluta convicção que há, perambulando por nossas ruas, em roupas de escritório, pontos de ônibus, atrás de balcões e faculdades, verdadeiras deusas amazonicas, de várias cores e largos sorrisos, que não se interessam em subir em passarelas ou se expor como um bife e assim, deixamos de revelar ao mundo as verdadeira beleza da mulher desta terra.
... melhor assim ...
Nós santaremos,gostamos do arros com FEIJÃO, do tambaqui,tucunaré, pirarucú, jaraqui etc,. Mas também gostamos de um bom CHURRASCÃO.
Apreciador das coisas boas.
Hélio Costa