Na voz de Francimar Farias e Raik Pereira, o Jornal da Manhã (Rádio Rural AM) foi ao ar hoje com as seguintes manchetes:
Pastoral do Menor lança oficialmente campanha Natal sem Fome.
Comunidade enfrenta fenômeno de terras caídas.
Encerra hoje propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
Ministra do Meio Ambiente apresenta dados do desmatamento.
Sectam expede primeira licença de atividade rural.
Pastoral do Menor lança oficialmente campanha Natal sem Fome.
Comunidade enfrenta fenômeno de terras caídas.
Encerra hoje propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
Ministra do Meio Ambiente apresenta dados do desmatamento.
Sectam expede primeira licença de atividade rural.
Comentários
Em uma última tentativa de reverter a perda de votos, a campanha de
Geraldo Alckmin afirma que Lula "privatizou a Amazônia" com a Lei de
Gestão de Florestas Públicas.
Historicamente as florestas públicas vinham sendo geridas através de
um mecanismo perverso onde se entrega as terras públicas para pessoas
e empresas por meio de emissão de documentos de posse e titulos
precários.
Junto elas levam a floresta e podem tomar a decisão de como
utilizá-las, sem pagar pela floresta ou seu uso e sem qualquer
compromisso com a sua manutenção como floresta. Neste sistema, as
terras podiam ser adquiridas inclusive por empresas estrangeiras.
Até início de 2003 o governo aprovava Planos de Manejo e Autorizações
de desmatamento em terras públicas. Sem controle, sem concorrência e
sem pagamento pelo uso do recurso florestal. Isto era uma atividade
totalmente ilegal e altamente lesiva do patrimônio público.
Estas autorizações eram utilizadas para justificar a posse e solicitar
o titulo das áreas públicas. Este processo alimentava a grilagem de
terras públicas na Amazônia. Foi assim que foi ocupada a Mata
Atlântica e o Cerrado e vinha se repetindo na história na Amazônia:
ocupar, desmatar e privatizar o patrimônio público.
Em 2003, o IBAMA suspendeu a aprovação de PMFS e Autorizações de
desmatamento em terras públicas e o Ministério do Meio Ambiente inicou
o processo para elaborar a o projeto de lei de gestão de florestas
públicas com envolvimento de 1200 instituições e amplo processo de
consulta pública.
O Lei 11.284 traz uma mudança expressiva de gestão deste patrimônio
nacional que são as florestas públicas. A partir da Lei as florestas
públicas não podem mais ser privatizadas e somente três formas de
gestão são permitidas, todas de uso sustentável:
Criação de unidades de conservação que permitem a produção florestal
sustentável (ex. Florestas Nacionais);
Destinação para uso comunitário como assentamentos florestais,
reservas extrativistas, áreas quilombolas, PDS – Projetos de
Desenvolvimento Sustentável) e Concessões Florestais pagas, baseadas
em processo de licitação pública.
Portanto a Lei 11.284 estabelece o fim da privatização das áreas de
florestas públicas. Florestas Públicas devem permanecer florestas e
públicas.
O mecanismo da concessão só pode ser utilizado após a definidas as
unidades de conservação e as áreas de uso comunitário e além disso
prevê importantes salvaguardas:
Somente empresas brasileiras podem participar
Os contratos são de no máximo 40 anos
Os concessionários não tem direito a qualquer domínio sobre
titularidade da terra, recebe apenas o direito de ustilizar produtos
da floresta mediante plano de manejo aprovado pelo orgão ambiental.
Além do monitormento do IBAMA e do Serviço Florestal Brasileiro está
prevista auditorias independentes a no mínimo a cada três anos.
A lei de gestão de florestas pública é um importante instrumento para
substituir a economia do desmatamento pela economia do uso sustentável
da floresta. É floresta em pé gerando emprego, renda e qualidade de
vida para a população local.
Floresta Viva