Análise de "Meu vício"

Do poeta e contista Josué Vieira, sobre o poema Meu vício, de Francimar Farias:

É um belo poema de confissão universal do amor. Nota-se uma quebra ideológica na característica do eu-lírico, por horas masculino e logo na finalização quase homossexual, poderia dizer feminino, mas o caráter discursivo revela uma ânsia de esperar algo permíssivel. Digo permíssivel, pois o eu-lirico poderia se resumir no masculino, porém ele engloba seu medo de ficar só, e sem reconhecimento, em termos gerais marginalizado em uma modalidade universal da aceitação social: o amor. E isso o permite ter um parâmetro de ação social voltada para seu sofrimento, e este ser introjetado em seu convívio sócio-emotivo. É nesta característica esteriotipa que reside a literariedade, a universalidade de temas na literatura, uma implementação da sugestão esteriotipa e discursiva que este gênero textual apresenta. Um belo poema.

Inspirado no poema de Francimar, Josué criou o abaixo:

Não saberia te querer mais do que a noite do brilhar luas
Podia dizer uma vez , a mãe, aquela, disse vai...

Esperei tua sombra no escanteio de uma árvore
Disseste-me não, fui.
Pelo meio dos passos a tampa do dedão ficou como prova
Das tuas maneiras de dizer
- Vi, cio
- Olha! Cio vi...

Das melindragens de teu aparecer
Nosso banco ainda espera na sãosebastião da praça

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