Soja: Brasil x EUA

Resposta dada por leitor(a) que não se ifentificou ao comentário E os riquinhos das ONGs, de Arthur Pereira dos Santos:

Desculpe Arthur, mas me permita esse desabafo. Sei que sapos são coisas difíceis de serem engolidos, e entendo a sua dificuldade em fazê-lo, principalmente agora depois da recuada das multinacionais da soja. Mas querendo ou não, esse “movimento” de adesivos e passeatas, nunca existiu. Foi um grupo de sojicultores, liderado por grileiros, apoiado por setores empresariais e midiáticos santarenos, que tentaram fazer campanha de mobilização, promovendo badernas, provocações e ameaças. O resultado foi o seu próprio fracasso, e o fracasso de seus patrocinadores.

Agora não venha com essa do Protocolo de Kyoto, pois foram e são inúmeras as manifestações do movimento ambientalista, nacional e internacional, incluso Greenpeace contra o Governo dos Estados Unidos para que assine o acordo, talvez o senhor devesse se informar melhor antes de lançar acusações à toa. Que eu saiba sojeiros nenhum se manifestou ou protestou a favor do protocolo de Kyoto. Quando sojeiro protesta e bloqueia ruas é para proteger seu próprio bolso e “sempre para pedir” dinheiro do governo. Sobre a produção de soja nos Estados Unidos, o Senhor, que deve ser bem próximo da Cargill (americana), deverá saber que lá não se produz soja em florestas, que, aliás, são muito bem conservadas.

O Brasil, hoje segundo maior produtor do mundo, e será o primeiro nos próximos quatro anos, sem precisar destruir seu patrimônio florestal.

Comentários

Anônimo disse…
OAB/PA comemora a decisão inédita da indústria brasileira de óleos vegetais e dos exportadores de cereias de não utilizar em seus produtos e não adquirir, pelo período de dois anos, a soja oriunda da Amazônia. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Óleos Vegetais (ABIOVE), Carlo Lovatelli, o objetivo dessa medida é combinar a preservação do meio-ambiente com o desenvolvimento econômico. O anúncio foi dirigido aos mercados nacional e internacional, pois, segundo Lovatelli, os clientes internacionais, especialmente os da Europa, exigem novas regras de mercado.

Desde 2004 a Comissão de Direitos Humanos da Ordem vem acompanhando o sofrimento da população amazônida em decorrência do avanço de grandes áreas de cultivo de soja, explorada por plantadores oriundos especialmente da região sul do Brasil.

Em parceria com o Ministério Público Federal, a OAB tem denunciado, aos organismos internacionais e aos órgãos do Governo federal e estadual, que grande parte das terras utilizadas para o plantio decorrem de grilagem, e alertou para o efeito devastador da exploração da soja na Amazônia sobre o meio ambiente.

A moratória anunciada pelas indústrias e exportadores que tem a soja como matéria prima representa um grande avanço e o reconhecimento da luta dos ambientalistas, dos amazônidas e de todos aqueles que amam e respeitam de verdade, o povo amazônida.

Como forma de destacar a importância da luta e perseverança na defesa do meio ambiente, a OAB/PA concedeu à FRENTE DE DEFESA DA AMAZÔNIA, através do Pe. Edilberto Sena, o Prêmio José Carlos Castro de Direitos Humanos de 2005.

Segundo a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PA, Mary Cohen, "apesar do avanço, muito ainda precisa ser feito, pois entendemos que não há, na Amazônia, soja legal, já que a mesma, para a região, onde o solo tem peculiaridades específicas, o efeito do cultivo da soja poderá transformar a Amazônia num grande deserto e não é esse o legado que queremos deixar para as futuras gerações".
Anônimo disse…
"Sobre a produção de soja nos Estados Unidos, o Senhor, que deve ser bem próximo da Cargill (americana), deverá saber que lá não se produz soja em florestas, que, aliás, são muito bem conservadas."

Só se for as poucas florestas que sobraram...

Não sei se o amigo Jeso sabe, mas da cobertura florestal dos EUA, pouco sobrou. Se duvida, pesquise! Então, não adianta falar que eles são responsáveis e que cuidam das suas florestas, pois, eles cuidam do resto, do pouquinho de verde que sobrou. O Brasil, que você critica, ainda mantém mais da metade da sua cobertura florestal.

Bem, para me despedir, gostaria de parabenizá-lo pelo blog. É, realmente, uma boa iniciativa.