Torcendo por eleições limpas




Comentário/ editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), de ontem:

A JUSTIÇA ELEITORAL parece querer moralizar as eleições nacionais. Criou novas regras para o período de campanha, que se forem cumpridas à risca, vai de fato mudar o panorama. Há uma série de Não Pode, que deve incomodar grande maioria de candidatos. Os que estavam acostumados ao clientelismo.

Segundo as atuais normas, não se pode fazer outdoors, nem pregar cartazes em postes, nem fazer comícios com cantores e prêmios, não pode, não pode. Aí, candidato desconhecido, que não tem história pública, que só sai candidato porque tem dinheiro pra comprar votos, ou porque é amigo dos chefes do partido, esse vai se dar mal na campanha.

Ao mesmo tempo em que a justiça eleitoral cria novas regras de coportamento de candidatos, continua em vigor a lei anti-corrupção, que é o melhor instrumento de aplicação das regras, a lei 9.840. Qualquer candidato que violar uma das regras de boa conduta poderá ser punido e perder até a candidatura. Os comitês anti-corrupção eleitoral estão crescendo e vão crescer mais neste ano.

AÍ SIM, até eleitores terão que mudar o comportamento político, pois, nem o candidato e nem o eleitor pode violar as regras do jogo. Nada de pedir isso e aquilo dos candidatos que chegam à comunidade.

Esse negócio de distribuir motor de luz, dar passagem de barco, distribuir remédios, dar camisa ou boné com propaganda de candidato não mais será possível. Vai valer nesta época de campanha a sentença "voto não tem preço, mas tem consequência".

Resta saber se todas as regras serão respeitadas e se os desobedientes serão punidos. Há político que ganhou eleição passada, foi acusado e até hoje rola o processo sem que ele tenha sido punido. Vai depender agora tanto da vigilância dos e das cidadãs, como da presteza da justiça eleitoral.

O QUE SE espera é que nas próximas eleições sejam eleitos os candidatos com maior capacidade de política, liderança popular e não por compra voto. Oxalá funcione a lei. As ruas ficarão mais limpas, os mercadores de votos desaparecerão e os resultados poderão ser mais justos. A ver!

Comentários

Anônimo disse…
Falando em eleições limpas, a jornalista Miriam Leitão em O Globo escreveu hoje (29/06/06): "Quando começa a guerra eleitoral, a primeira vítima é a verdade. O presidente Lula disse que foi ele quem consertou a economia. Está tentando enganar os mal informados. O ruim do debate eleitoral é quando ele vira uma coleção de meias verdades, mas fica muito pior quando o ministro da Fazenda se envolve pessoalmente na luta para desqualificar a oposição". Isso pode ser lido no www.noblat.com.br e ainda: "O presidente Luis Inácio Lula da Silva tem se apresentado como uma espécie de "pai dos pobres", mas poderia ser chamado de padrinho dos banqueiros. Foi em seu governo que os bancos alcançaram os maiores lucros, em 2004 e 2005". É padre, parece estamos ou vamos navegar em mares de mentiras nestas eleições.
Anônimo disse…
A única solução é toda a população votar NULO, pois só assim anularemos a eleição,tem que ser feita nova eleição e os candidatos que concorrem ao pleito NÂO poderão concorrer por 4 anos, sabiam disso eleitores? Não é uma boa idéia??
E quem quiser concorrer a qualquer cargo público vai pensar cem vezes em enganar o povo novamente, em meter a mão no dinheiro público, em fazer promessas, etc e tal.