Neo-colonizadores

De autoria do advogado Miguel Borghezan, o artigo Sojeiros e ambientalistas: em busca da virtude suscitou os seguintes comentários:

Do leitor que se assina Rota de Colisão:
Uma idéia chama atenção no longo artigo do advogado Miguel Borghezan. A de que os sojeiros que aqui chegaram pecaram por desconhecerem a realidade agrária da região, bem diferente do Sul. E, por isso, se tornaram "grileiros" por ignorância. A defesa de tal argumento é patética, insustentável. Ainda mais pregada por um advogado. Sabe-se que o Código Penal Brasileiro diz, claramente, que o alegação de "desconhecimento formal da lei é inescusável".

Portanto, se para cá vieram deveriam tomar conhecimento da nossa realidade. Não só dela, da nossa cultura, hábitos e costumes. Mas não. Chegaram com a explícita intenção de nos aniquilar como "povos da floresta", de nos "aculturar", "livra-nos da preguiça secular que nos acomoda", enfim, trazer "desenvolvimento", "progresso","riqueza" para nossa "desgraçada" região.

E de Juvêncio de Arruda:
Outra idéia que chama atenção, Rota, dentre as muitas abertas no ensaio, é a formulação do mundo virtuoso de Borghezan, num estilo muito parecido, aliás, com uma de suas fontes, o dr. Antonio José de Mattos, que diverte a todos em Belém com seus róseos artigos, às sextas, em O Liberal. Desistam de procurar John Locke na fronteira. Não vão encontrá-lo.

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