Greve legítima



Comentário/ editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), de hoje:

MAIS UMA greve, agora é a dos professores (as) muncipais e funcionários(as) da educação.

Toda greve quebra a normalidade da vida. No caso da educação, são as acrianças e adolescentes do município os que mais sofrem. São aborrecimentos para os pais e prejuízo para as crianças.

Por que então essa greve? Será que ela não poderia ser evitada? Se se olha apenas o lado dos estudantes e suas famílias, a indignação pode recair sobre os e as professoras e seus auxiliares.

PODERÁ chegar alguém e dizer - se não querem trabalhar por que aceitam a função de educadores? Não sabiam que o salário era baixo?

Mas, se se olha pelo lado dos educadores também, como parte importante nesse jogo, aí se pode compreender a indignação deles e delas e até dar-lhes razão.

Algo não está claro nessa relação com o terceiro parceiro desta responsabilidade, o poder público. As notícias são desencontradas. Já está confirmado que sobrou dinheiro do Fundef 2005, o que não deveria acontecer, pela lei.

60% DESSE recurso do Fundef é para ser utilizado para melhorar o pagamento dos professores (as). Isso no mínimo.

Além do recurso Fundef, a lei obriga o muncipio a investir 15% de sua arrecadação na educação. Também o técnico da Receita Federal garante que, pelo volume de recurso que entra na Prefeitura de Santarém do Fundef, daria para se pagar dois salários mínimos como o menor salário de professor(a).

E para completar a indignação dos membros do sindicato é que mais de 700 professores(as) municipais não recebem salários em janeiro e fevereiro, por serem temporários. Mas o recurso do Fundef entra também em janeiro e fevereiro no caixa da prefeitura.

PARA ONDE vai esse recurso? Sabendo disso tudo, dá para aumentar a indignação e até compreender a greve dos professores.

Educação é investimento importante em qualquer sociedade que sonha se desenvolver.

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