Comentário/ editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), de ontem:
A população santarena, como a de Beletrra, a de Óbidos, a de Monte Alegre e as de todo o Oeste do Pará, foi colocada numa arapuca sem saída e que só agora, quando "Inêz está morta"... é que a ficha cai.
Pra falar mais profundamente, toda a população brasileira está pagando alto preço, por ter aceito calada o crime hediondo, isso mesmo, hediondo do governo FHC, com as privatizações das empresas estatais.
Na época, o governo FHC mentiu cinicamente dizendo que as privatizações seriam um bem para todos. Venderam a Compannhia Vale do Rio Doce, as companhias telefônicas, as redes de distribuição de energia elétrica, no caso do Pará, a antiga Celpa, que foi transformada em Rede Celpa, uma empresa privada, com o monopólio da venda de uma mercadoria nova, a energia elétrica.
O monopólio da Rede Celpa inclui, inclusive, uma hidrelétrica própria, a de Curuá-Una, em Santarém.
Agora que FHC e seus amigos correligionários já planejam voltar a disputar a presidência da República, a população sente o peso das consequências da Celpa privatizada. Como todos se habituaram a depender da eletricidade para viver, estão no cabresto.
Sobe o preço do consumo de energia, sem que o cliente seja consultado, aparecem outras cobranças estranhas na conta de luz, cobram taxa de iluminação pública ao preço que desejam, postes sem iluminação pública abundam na cidade.
Quando há um pico de energia, queimam-se alguns equipamentos e é um Deus nos acuda para receber indenização, quando recebem. Tudo por conta da privatização.
Agora, a prefeitura fala em controlar o recurso cobrado da iluminação pública. Vai resolver o problema? Deus sabe! O povo vai sendo enganado, mas o povo mesmo é que culpado, porque só reclama e fica parado... Choro não remove montanha. E para acentuar o amargo sabor, o governo Lula que prometeu, em campanha, apurar rigorosamente o processo das porivatizações, nem fala mais nisso.
E aí? Pois é, e aí?
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