Sobrou para os professores


Comentário/editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), hoje:

O FMI cobra reformas ao Estado brasileiro, a fim de manter o país fiel aos interesses internacionais. Até o governo Lula, que foi eleito para mudar o modelo de governar, obedece fielmente às exigências de fora. Dizem os "sábios" do governo, que é questão de tática, em função de uma estratégia de 20 anos.

Mas, as reformas que precisam ser feitas para atender às necessidades da população brasileira, ou não são feitas, ou quando são tentadas, saem mal feitas. A reforma da previdência é um exemplo de reforma que prejudica a população e atende aos interesses do FMI.

Neste mesmo rumo de Estado anti povo está acontecendo aqui no Pará. A notícia de hoje dá conta que o governo do Estado é obrigado judicialmente a demitir mais de 500 funcionários(as) temporários. E quem mais está sendo atingido é o setor da educação. Por quê? é que a lei obriga o governo a realizar concurso público para demissão de funcionários públicos.

Como há muito o governo não tem feito, porque, provavelmente, boa parte desses atuais temporários foi admitida por apadrinhamento político, agora muitos estão sendo demitidos compulsoriamente.

Por que o Estado não realiza logo o concurso público? Não é verdade que setores vitais, como educação, saúde, meio ambiente estão carecendo de funcionários(as) habilitados(as)? Com esta política irresponsável, quem é mais prejudicado?

No caso da educação, por exemplo, mais do que os funcionários demitidos, que ficam desempregados, os mais prejudicados são os alunos das escolas estaduais.

Tudo por causa de uma administração irresponsável. Já existe uma lei chamada de responsabilidade fiscal, que funciona mais ou menos. Falta urgentemente uma ação popular para se criar uma lei de responsabilidade com a educação, saúde e segurança pública.

Está na hora de a sociedade civil entrar nessa luta por criar uma lei que obrigue todo gestor público a ser responsável pela coisa pública. Não acha?

Comentários

Anônimo disse…
Penso que o comentário do padre Edilberto poderia ser mais feliz se se referise também à administração municipal de santarém, que em campanha prometeu que iria realizar concurso público e até agora apenas tem dado uma pífia e cretina justificativa, alegando que não há possibilidade técnica para a realização do concurso.Tenho absoluta convicção que a não realização do concurso aqui em santarém é fruto da pusilanimidade da prefeita maria do carmo e, principalmente, da determinação do osmando figueiredo, everaldo martins e outros em fazer uso eleitoral das contratações ilegais e ilegitimas no próximo ano, que é ano eleitoral. Tivessemos uma prefeita comprometida com a ética e com padrões mínimos de decência administrativa o povo santareno teria servidores públicos capazes e competentes.