Poema

Amores
Amores modernos,
Que vêm e que passam,
Que enchem de graça
O meu coração

Amores sinceros
Que vêm com o dia
São pura magia
São rios de emoção

Amores eternos
Que brincam com o tempo
Que quebram o selo
Que burlam a razão

Amores sinceros
Amores eternos
Amores que eu quero
Que me querem não

Amores boêmios
Que encantam a noite
Com versos de açoites
Com prosas na mão

Amores ardentes
Que gemem, dementes
Doença que cura
Me deixa mais não

Amores caboclos
Que passam aqui
Que deixam pegadas
Da cor do açaí
Na terra vermelha
Na mata morena
Murmuro um bolero
E danço pra ti

Rainha, Iara
Tem pena de mim

Amores boêmios
Que cantam a Amazônia
Por que não encantam
O teu coração?

Amores sinceros
Amores eternos
Amores que quero
Que me querem não

Amores de boto
Que varam a noite
Que somem no dia
Que amanheces em mim

Amores senhores
De todos os tipos
De todas as flores
Amores, senhora
De todos os tempos
De todas as horas

Amores, morena
São gritos são passos
São vidros, são cacos
Um corte em mim

Amores proibidos
São versos, tremores
São bocas, odores
São beijos sem fim

Amores vadios
Amores de fogo
De riso, de gozo
De bicho no cio

Amores de boto
"Caboca" bonita
Vestida em chita
Cheiro de mari
Na boca de manga
A língua de manga
Me lambe, me beija
Me deixa assim
Sem jeito, sem prosa
Sem rumo, nem rosa
Jardim sem jazz-mim
"Caboca" cheirosa
Tão cheia de prosa
Te quero pra mim.
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Celson Lima, cantor e compositor santareno. Atualmente residindo na Europa.

Comentários

Anônimo disse…
Gostei Muito!