Ibama nega acusasões de madeireiro

Da Agência Câmara:

Em audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito da Biopirataria, o gerente-executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em Belém (PA), Marcílio de Abreu Monteiro, afirmou desconhecer a existência do adesivo que liberava da fiscalização os caminhões que transportavam madeira no estado, como havia denunciado a revista Veja. Monteiro enfatizou que o único documento aceito pelo Ibama é a Autorização de Transporte de Produto da Floresta (ATPS).

Com relação às denúncias feitas pelo presidente do Sindicato dos Produtores Florestais e Reflorestadores do Estado do Pará (Sindifloresta), Mário Rubens de Souza Rodrigues, Monteiro disse que elas são falsas e que foram motivadas por vingança pessoal contra ele. O gerente disse ter cancelado um plano de manejo elaborado por Rodrigues e, em conseqüência, teria sido ameaçado de agressões físicas. Monteiro ressaltou que o presidente do Sindifloresta foi condenado judicialmente por essas ameaças.

Desmatamento
Sobre o programa Safra Legal, Monteiro disse que é pioneiro na regularização da fiscalização de madeira. Ele reconheceu que o modelo precisa ser aperfeiçoado para que sejam corrigidos abusos. Destacou, porém, que o programa beneficia famílias assentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Pelo Safra Legal, as famílias assentadas na região amazônica podem desmatar áreas de até 3 acres por ano e vender essa madeira legalmente para as madeireiras.

o gerente-executivo do Ibama informou que, em 2004, foram concedidas 1.189 autorizações no programa. Ele informou que, mesmo que a madeireira compre essa madeira, precisará comprovar no Ibama a origem do produto e obter o ATPS. Neste momento, a reunião passou a ser reservada e ouve novamente o presidente do Sindifloresta.

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