Poesia

Patela
sonhando, acordado, patela.
olhando pro chão, atrás dela,
Eldorado, hollywood, continental, gaivota, minister,
E a patela na mão.

desafiar, sair jogando, brincando, correndo,
O macaco que se cuide, hoje eu ganho,
círculo, concentração, e lá vai a patela no chão,
espalhando pra todos os lados as carteiras do mal e,
o ganhador sorrir, tirando de circulação o vício.

qual é o próximo, esconde-esconde, pularga, botão, peteca,
homem-rã ou soldado-ladrão.

Alegria de menino, sonhos, saudades, lágrimas, tempo bom.
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Edibal Cabral, santareno

Comentário: Conheço Edibal desde moleque. Pra mim, é o Pipa. Esse poema dele, pura nostalgia, possibilitou-me o resgate de
palavras de minha infância que tinham simplesmente desaparecido do meu universo vocabular. Patela tem o sabor do ontem. É banto puro.

Comentários

Jota Ninos disse…
Patela também é do meu tempo. Tempo de botões nas calçadas. Fui craque (e até hoje sou) em jogo de botão! Fazia jogador até com tampinhas (meu time preferido era um que criei com as medidas de plástico que vinham dentro do leite Mococa). Era imbatível!
Em Belém, a patela também era chamada de palheta.