Ressaca

Na edição de hoje do site "Belém de Fato".

"Indiciado no caso que apura as relações perigosas do governo do Estado com a Cervejaria Paraense S/A, o governador Simão Jatene (PSDB) teve que prestar depoimento no início desta semana ao ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

O ministro pediu a quebra do sigilo fiscal do governador e de outros três indiciados no processo. O inquérito de número 465, aberto pelo Ministério Público Federal, apura o beneficiamento da Cervejaria Paraense com isenções fiscais concedidas pelo governo do Estado em troca de polpuda contribuição à campanha de Jatene em 2002.

Caixa 2 - Em 2000, no governo do também tucano Almir Gabriel, a Cerpasa ganhou de presente o perdão da dívida de quase R$ 47 milhões de ICMS atrasado e ainda perdão de outras multas por fraude e sonegação. A contrapartida viria em 2002 na campanha de Simão Jatene, quando a cervejaria teria contribuído com R$ 16,5 milhões, parcelados e mascarados em outras despesas, de acordo com representação do INSS enviada ao procurador-chefe do MP do Pará, Ubiratan Cazetta.

Além do governador, estão indiciados no inquérito o secretário especial de Governo, Sérgio Leão; a secretária especial de Gestão, Tereza Cativo; e a secretária executiva da Fazenda, à época, Roberta Chiari Ferreira de Souza, e o dono da Cerpasa, Konrad Karl Seibel. Os depoimentos de Simão Jatene e Sérgio Leão foram tomados na terça-feira, 15.

A quebra do sigilo fiscal do governador e dos demais indiciados nos últimos cinco anos, foi solicitada pelo ministro relator do processo, Luiz Fux, e está disponível no site do STJ. Se o inquérito confirmar as denúncias dos auditores fiscais do INSS, que descobriram a possível maracutaia, pode se transformar numa ação penal e resultar até na prisão dos acusados."

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