No jornal O Liberal, edição desta quinta-feira 10.
"A comunidade do município de Juruti, no oeste paraense, participará de audiência pública amanhã, realizada pela Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam), a fim de debater o projeto de exploração de bauxita pela empresa Omnia Minérios Ltda., subsidiária da mineradora Alcoa Inc.
A reunião foi solicitada pelo Ministério Público Estadual, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Seção Pará e Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) para discutir os impactos ambientais, econômicos e sociais do projeto e as formas de minimizar as mazelas provenientes da exploração.
A audiência pública é uma exigência da Lei 9.605/98, como prerrogativa para o licenciamento da instalação e operação mineral. Em janeiro deste ano, a empresa apresentou Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima), outra exigência da legislação ambiental.
A prospecção da mina de bauxita de Juruti começou em 2001. A mineradora espera obter a licença ambiental prévia até junho. Mas, a expectativa de início da exploração do minério é somente para 2008. Quando estiver em funcionamento, a mina deverá produzir 6 milhões de toneladas de minério por ano. Hoje, o Pará produz 10% da bauxita mundial. Com a entrada em operação das minas de Juruti e Paragominas, o Estado aumentará sua participação no mercado para 25%.
Toda a produção de bauxita de Juruti será transportada por navio para São Luís, no Estado do Maranhão, a fim de abastecer a fábrica da Alumar, produtora de alumínio.
No entanto, segundo o geólogo do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Alberto Rogério da Silva, a empresa já se propôs junto ao governo do Estado e à Prefeitura de Juruti a implantar, numa segunda etapa do projeto, uma usina de beneficiamento de bauxita no município, além de construir um porto específico para escoar a produção local. A Alcoa estuda a viabilidade econômica do empreendimento.
“Não tenho dúvida de que o projeto será benéfico para população de Juruti, para o Pará e toda a região”, assegura Rogério Silva. Ele garante que o projeto utiliza as técnicas mais modernas de exploração mineral e que os impactos ambientais serão baixos, pois, a lavra da bauxita é considerada simples.
O EIA-Rima do projeto de Juruti prevê o replantio de toda a vegetação que será retirada para exploração das minas locais. No entanto, admite Rogério Silva, a engenharia social ainda não está bem resolvida. Os impactos econômico e social estão em fase de discussão. Ele defende que todo emprendimento mineral deve dar retorno à comunidade afetada.
A prefeitura negocia com a mineradora o financiamento da elaboração do Plano Diretor de Juruti e a construção do terminal hidroviário do município. O geólogo também assegura que o projeto já vem sendo discutido com as comunidades de Juruti desde o ano passado. “Este projeto tem que ser bom para todo mundo”, defende."
"A comunidade do município de Juruti, no oeste paraense, participará de audiência pública amanhã, realizada pela Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam), a fim de debater o projeto de exploração de bauxita pela empresa Omnia Minérios Ltda., subsidiária da mineradora Alcoa Inc.
A reunião foi solicitada pelo Ministério Público Estadual, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Seção Pará e Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) para discutir os impactos ambientais, econômicos e sociais do projeto e as formas de minimizar as mazelas provenientes da exploração.
A audiência pública é uma exigência da Lei 9.605/98, como prerrogativa para o licenciamento da instalação e operação mineral. Em janeiro deste ano, a empresa apresentou Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima), outra exigência da legislação ambiental.
A prospecção da mina de bauxita de Juruti começou em 2001. A mineradora espera obter a licença ambiental prévia até junho. Mas, a expectativa de início da exploração do minério é somente para 2008. Quando estiver em funcionamento, a mina deverá produzir 6 milhões de toneladas de minério por ano. Hoje, o Pará produz 10% da bauxita mundial. Com a entrada em operação das minas de Juruti e Paragominas, o Estado aumentará sua participação no mercado para 25%.
Toda a produção de bauxita de Juruti será transportada por navio para São Luís, no Estado do Maranhão, a fim de abastecer a fábrica da Alumar, produtora de alumínio.
No entanto, segundo o geólogo do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Alberto Rogério da Silva, a empresa já se propôs junto ao governo do Estado e à Prefeitura de Juruti a implantar, numa segunda etapa do projeto, uma usina de beneficiamento de bauxita no município, além de construir um porto específico para escoar a produção local. A Alcoa estuda a viabilidade econômica do empreendimento.
“Não tenho dúvida de que o projeto será benéfico para população de Juruti, para o Pará e toda a região”, assegura Rogério Silva. Ele garante que o projeto utiliza as técnicas mais modernas de exploração mineral e que os impactos ambientais serão baixos, pois, a lavra da bauxita é considerada simples.
O EIA-Rima do projeto de Juruti prevê o replantio de toda a vegetação que será retirada para exploração das minas locais. No entanto, admite Rogério Silva, a engenharia social ainda não está bem resolvida. Os impactos econômico e social estão em fase de discussão. Ele defende que todo emprendimento mineral deve dar retorno à comunidade afetada.
A prefeitura negocia com a mineradora o financiamento da elaboração do Plano Diretor de Juruti e a construção do terminal hidroviário do município. O geólogo também assegura que o projeto já vem sendo discutido com as comunidades de Juruti desde o ano passado. “Este projeto tem que ser bom para todo mundo”, defende."
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