Força política

Comentário pertinente do advogado e compositor Joaquim Freitas Neto sobre a criação do Estado do Tapajós

- Durante quatro anos, período em que vivi como cigano cantando no Fruta Quente, tive a oportunidade de conhecer os mais diversos lugares deste Estado-país chamado Pará. Não é novidade, assim penso, que nosso Estado apresenta uma diversidade cultural e geográfica muito grande. O povo da várzea é diferente do povo da colônia que por sua vez é diferente do marajoara que é diferente do povo da zona bragantina que é diferente do povo do sul do Pará e assim por diante.
Cortando este Estado, percebi que nas regiões mais distantes da área metropolitana de Belém, principalmente o sudoeste e oeste do Pará, em que a integração rodoviária é mais crítica, a ausência do governo estadual é ostensiva. Isso é fato, é indiscutível. E isso,iniludivelmente, é uma das razões que alimenta o desejo separatista de nosso povo.

Creio que o jovem vereador Carlos Augusto Barbosa, veterano de legislativo municipal, filho da saudosa deputada Nazaré Barbosa, não deva conhecer bem este Estado. É lamentável, afinal de contas, o poder que o legitima vem do povo, informa a Constituição Federal.
Portanto, fica o alerta aos eleitores do baixo e médio amazonas, oeste do Pará, enfim: Devemos priorizar, nas Câmaras Federais e Estaduais as "crias da casa", pois ninguém conhece melhor a nossa casa do que nós mesmos.

É repugnante o desprezo e desconhecimento que muitos paraenses têm do próprio Estado. Isso tem que mudar e o pontapé inicial deve ser dado nas urnas, pois, enquanto não tivermos uma representatividade considerável no legislativo estadual e federal, a criação do Estado do Tapajós não passará de utopia.

Comentário: Ano que vem temos nova eleição. Nada mais oportuno que voltar a colocar em pauta essa discussão.

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