MPF entra no caso hospital regional

O juiz federal Francisco de Assis Garcês Castro Júnior, de Santarém, fixou em 72 horas, a contar da intimação, o prazo que a União manifeste eventual interesse jurídico em figurar como parte em ação cautelar ajuizada pelo Ministério Público Federal contra o governo do Estado do Pará.

O MPF pede a realização de perícias em instalações e equipamentos no Hospital Regional do Oeste (HRO), em Santarém, para constatar, entre outras coisas, se a qualidade da água ali consumida é apropriada para fins hospitalares.

Caso manifeste interesse em participar da demanda, a União, segundo o despacho do magistrado, deverá indicar em qual pólo - ativo ou passivo - da relação processual pretende figurar.

Garcês considera que tal posicionamento da União é indispensável porque, em questões que envolvam políticas de saúde pública, “impera por diretriz constitucional o federalismo de cooperação e prestações positivas atribuídas, em regime de solidariedade pública, a todos os componentes do Estado.”

Além disso, ressalta o magistrado, o interesse federal, “dada a sua maior abrangência”, prevalece “sobre aqueles de caráter local.”

Perícia

Na cautelar, o MPF pede que o governo do Estado identifique todos os equipamentos médico-hospitalares existentes atualmente no HRO e que são utilizados para exames clínicos, diagnósticos, tratamentos e reabilitação, para identificar o atual estado de conservação de cada um. Pede ainda que a Justiça Federal mande fazer perícia em todos esses equipamentos.

O Ministério Público quer saber também quais as especialidades médicas no hospital que atualmente estão disponíveis para o público. Pede que sejam indicados quais os equipamentos “efetivamente utilizados” para exames clínicos, diagnósticos, tratamentos e reabilitação de pacientes.

A ação cautelar do MPF quer ainda que a Justiça Federal obrigue o Estado a relacionar todos os médicos que trabalham atualmente no Hospital Regional do Oeste, com suas respectivas formações técnicas e as áreas nas quais atuam.

O Ministério Público também diz que é necessário fazer perícias técnicas em todas as instalações físicas do hospital, para identificar “seu atual estado de conservação, bem como para indicação de prováveis necessidades de reforma ou dano estrutural”.

Fonte: Justiça Federal/PA

Comentários

Anônimo disse…
Agora será a hora de vermos de que lado ficará a união: do povo? ou dos esquemas fraudulentos que lacram o hospital regional e colocam lá dentro quem reza na cartilha deles. Até o presente momento a única solidariedade entre os componentes do estado tem sido no sentido da divisão de verbas e cargos. Serviços que é bom, nada! Parabéns ao Dr. Túlio do MPE.
Zé Tapará
Anônimo disse…
E cadê o Ministério Público Estadual??? Vejam como são as coisas... fizeram audiência pública... exposição na mídia... pose de quem resolveu tudo... e no final prestaram um (des)servirço a comunidade santarena. Afinal, nunca apresentaram o tal Termo de Ajuste de Conduta (TAC), se é que fizeram, pois se tivessem feito teriam hoje cobrando multa em cima do descumprimento do acordado. Tenho uma hipótese para o deserviço do Ministério Público Estadual: o ideal dele é encher o saco do Governo do Estado, mas nunca importuná-lo efetivamente, afinal o orçamento do tal Ministério Público do Estado será negociado com o Governo do Estado e não seria interessante estar sem boas relações com quem determina o orçamento do ano. Além disso, e o fato de a Sra Prefeita (figura importante do mesmo partido político do Governo do EStado) Maria do Carmo ser também Promotora de Justiça...? Será tudo coincidência? Então porque o Ministério Público Estadual não apresenta o TAC com o Governo do EStado sobre o hospital regional de Santarém? Dúvido ele apresentar. To cansado dessa encenação. Parabéns ao Ministério Público FEDERAL.
Anônimo disse…
Em que pese as atitudes de ambos Ministério Público e da Defensoria Pública, não vislumbrei nas informações aqui expostas nenhum parágrafo ou linha determinando o imediato funcionamento do HR, haja vista, TAC já assinado pelas partes - Ministério Público Estadual e Secretária Executiva de Saúde do Estado do Pará -, com prazo expirado para seu cumprimento.
O que querem na realidade é somente laudos dos equipamentos se estão funcionando ou não,relação de médicos que estão cadastrados com suas respectivas especilidades etc.
Ora tais informações não necessitaria o ajuizamento de uma ação, podendo perfeitamente ser feito vistoria " in locu", através de instauração de simples procedimento administrativo, conforme ditames constitucionais, desnecessário se faz o ajuizamento da ação para essas finalidades.
Deveriam sim ajuizar a respectiva ação cautelar cobrando o imediato e eficaz funcionamento do HR em todos os seus setores, sob pena do pagamento da astreindes (multa) diária elevadíssima por parte do Estado.
Unknown disse…
Esclareço aos Leitores que a notícia informada pela assessoria de imprensa da Justiça Federal encontra-se completamente equivocada: Quem idealizou, elaborou e redigiu a ação proposta foi o Ministério Público Estadual, e não o Ministério Público Federal ou a Defensoria Pública do Pará. Todavia, os dois órgãos de maneira imprescindível, atuam em conjunto com o MPE, conferindo mais força e precisão estratégica ao pleito... As correções da notícia já estão sendo providenciadas pela assessoria de imprensa do Ministério Público do Estado do Pará. Tulio Novaes, Promotor de Justiça em Santarém
Unknown disse…
É importante esclareçer também aos Leitores que a presente ação intentada pelo MPE, em conjunto com o MPF e Defensoria, possui grande importância, pois judicializará a prova, até então administrativa,e demarcará, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa,ou seja, da inquestionabilidade, a atual ineficiência gerencial do Estado no HRO. Tornando incontestável a prova, viabilizaremos plenamente o sucesso de todas as outras ações judiciais ou não, que deverão ser intentadas oportunamente. Portanto, a ação possui tanto importância prática, quanto estratégica. Tulio Novaes, Promotor de Justiça em Santarém.
Anônimo disse…
Algo histórico acontece com a atuação do MPE nesta questão do HRO. Não só o MPE tomou atitude enérgica, bem fundamentada e estratégica, como também conseguiu somar forças do MPF e defensoria. Agora é hora da população também se manisfestar para legitimar mais ainda a justiça, que como o dito popular, TARDA MAS NÃO FALHA ! Continue firme DR. Túlio Novaes.
Erik L. Jennings Simões