Do advogado José Ronaldo Dias Campos, sobre o post Rocha Negra não pertence à UFPA:
Professor Aldo Queiroz,
Como pôde a UFPA, por seus dirigentes, sem ônus para a instituição, rejeitar uma das áreas verdes mais belas e caras ainda preservadas no seio da cidade, a decantada “Rocha Negra”, com 403.44 hectares e perímetro de 9.575 metros, formando um polígono irregular de nove lados, no bairro de Ipanema, km 7 da Rodovia Santarém–Cuiabá?
O 8º BEC, há mais de 30 anos, recebeu grandes áreas urbanas, não edificou nada, e as mantêm até hoje, causando inveja a todos, inclusive ao município, que promoveu a doação e atualmente tenta recuperá-las para construção de equipamentos sociais, sem êxito, diga-se de passagem.
Portanto, injustificável, meu preclaro amigo, sob qualquer aspecto, a rejeição da doação, e o que é pior, sem a promoção do necessário debate com professores, alunos, poder público e a sociedade em geral, a respeito do assunto.
Registre-se que o município desapropriou a “Rocha Negra” objetivando a urgente ampliação das atividades de ensino e extensão do Campus Tapajós da UFPA, ainda na década de 90, como se extrai do Decreto nº. 221/93 – SEMAD.
Contudo, a “Rocha Negra” continua abandonada, desafiando a invasão, e a UFPA/STM apática, encolhida no seu minúsculo canto, brigando internamente por pequenos espaços físicos que já não existem, esperando que as mudanças aconteçam naturalmente, de cima para baixo.
Ninguém melhor que você, Aldo, que vivenciou os acontecimentos como coordenador do Campus, hoje como político, para reparar esse equívoco, salvo se possuir melhor opção.
Professor Aldo Queiroz,
Como pôde a UFPA, por seus dirigentes, sem ônus para a instituição, rejeitar uma das áreas verdes mais belas e caras ainda preservadas no seio da cidade, a decantada “Rocha Negra”, com 403.44 hectares e perímetro de 9.575 metros, formando um polígono irregular de nove lados, no bairro de Ipanema, km 7 da Rodovia Santarém–Cuiabá?
O 8º BEC, há mais de 30 anos, recebeu grandes áreas urbanas, não edificou nada, e as mantêm até hoje, causando inveja a todos, inclusive ao município, que promoveu a doação e atualmente tenta recuperá-las para construção de equipamentos sociais, sem êxito, diga-se de passagem.
Portanto, injustificável, meu preclaro amigo, sob qualquer aspecto, a rejeição da doação, e o que é pior, sem a promoção do necessário debate com professores, alunos, poder público e a sociedade em geral, a respeito do assunto.
Registre-se que o município desapropriou a “Rocha Negra” objetivando a urgente ampliação das atividades de ensino e extensão do Campus Tapajós da UFPA, ainda na década de 90, como se extrai do Decreto nº. 221/93 – SEMAD.
Contudo, a “Rocha Negra” continua abandonada, desafiando a invasão, e a UFPA/STM apática, encolhida no seu minúsculo canto, brigando internamente por pequenos espaços físicos que já não existem, esperando que as mudanças aconteçam naturalmente, de cima para baixo.
Ninguém melhor que você, Aldo, que vivenciou os acontecimentos como coordenador do Campus, hoje como político, para reparar esse equívoco, salvo se possuir melhor opção.
Comentários
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Cada um de nós tem o direito de emitir opiniões. Normalmente, costumo opinar quando conheço ou estou bem informado sobre o assunto. Do contrário prefiro ficar calado.
Em nenhum momento tive a intenção de justificar qualquer coisa. A idéia foi prestar esclarecimentos uma vez que percebi que as pessoas não estavam inteiradas do assunto. Considero também que não houve equívoco, portanto não há necessidade de fazer reparos. Antes de ser político, sou professor como você. Talvez por causa disso não tenha tido êxito quando disputei cargos públicos. Zé, você sabe a luta que juntamente com outros colegas professores e estudantes tivemos para tornar o Campus de Santarém a maior unidade universitária de uma universidade pública no interior da Amazônia. Condição esta, perdida para Marabá nos últimos quatro anos e que a atual coordenadora Prof. Marlene está envidando esforços para recuperar. Transformar os cursos de recesso em cursos permanentes e criar novos cursos com corpo docente próprio não uma conquista fácil. Você conhece, a dificuldade que foi implantar o curso de Direito no Campus de Santarém. O Centro de Ciências Jurídicas sob o pretexto de que Santarém já tinha dois cursos de Direito só aprovaria o curso para Marabá. Tivemos que fazer exposição de motivos e mostrar que quem não tinha recurso suficiente para pagar uma mensalidade em uma instituição particular também tinha o direito de cursar Direito. Algumas resistências iniciais na OAB-PA foram superadas.
Sobre a nova universidade, reconhecemos que a posição do atual Reitor Prof. Dr. Alex Fiuza de Melo junto ao Ministério da Educação no sentido de sugerir que a sede fosse em Santarém e não em Marabá foi decisiva. O Reitor tem o entendimento de que criada a Universidade Federal Oeste com sede em Santarém, o Sul do Pará terá força política para conquistar uma Universidade com sede em Marabá dentro de poucos anos. Ao contrário, talvez a situação não fosse a mesma.
Não era, acredito que continua não sendo política da UFPA receber patrimônios sem imediatamente fazer uso adequado e garantir a sua manutenção.
Nesta oportunidade devo lhe informar que a área da “Rocha Negra” já naquela época não estava intacta. Havia invasores na área. Caso a Universidade recebesse a área teria que indeniza-los. Realmente você tem razão, é uma bela área, mas segundo os técnicos não para construir uma universidade. Para uma unidade de conservação, para realização de pesquisas, ótimo. No máximo construir uma Estação Ecológica. A área da “Rocha Negra” é muito acidentada o que significa elevado custo nas obras de construção civil.
As áreas doadas ao 8° BEC não são um bom exemplo de boa prática de governança para ser seguido em pleno século XXI. Acredito que a Prefeitura e/ou Câmara Municipal quando impuseram restrições à UFPA não queriam repetir os mesmos erros cometidos anteriormente.
Temos um fato que deverá se tornar concreto que é a criação e implantação da Universidade Federal do Oeste do Pará com sede em Santarém. Depois de criada, a implantação vai ser gradativa. O projeto entregue pelo Reitor da UFPA ao Ministro da Educação prever pelo menos três anos. Diferente de outras instituições uma universidade pública nunca estará totalmente pronta, acabada. Permanentemente ela estará se renovando, se ampliando para tentar atender as necessidades e exigências da sociedade que a sustenta. A Universidade Federal do Pará que acabou de completar 50 anos ainda hoje um verdadeiro canteiro de obras para atender demandas de novos cursos de graduação e programas de pós-graduação. Quando foi criada em 1957 agregando sete (7)faculdades e cerca de mil (1000) alunos não tinha o exuberante Campus do Guamá. Os cursos funcionavam em casas adaptadas para salas de aulas ou em salas cedidas por Ginásios. A Escola de Engenharia do Pará, criada em 1931, começou em uma sala de aula do Ginásio Paraense cedida pelo seu Diretor. Algumas Universidades no Brasil foram criadas por decreto a partir do nada. Vamos começar a Universidade Federal do Oeste numa situação muito mais favorável. Um corpo docente altamente qualificado (80% de mestres e/ou doutores), mas do dobro de alunos que a UFPA começou e nove (9) faculdades.
A universidade que deverá ser criada em Santarém vai precisará de uma área construída nos primeiros três anos da ordem de 42 mil metros quadrados
Com certeza, os atores envolvidos (Campus de Santarém, UFPA, Prefeitura, Câmara Municipal, Associação Empresarial, professores, estudantes e outros) vão encontrar um espaço adequado.
A tendência hoje é investir mais nas pessoas e não nas coisas inanimadas. Pensar no terreno é importante. Acredito que mais importante é pensar na implantação da Universidade nos próximos três anos. Onde vamos buscar cerca de 600 mestres e/ou doutores. Temos? Os jovens que estão concluindo a graduação estão sendo estimulados a ingressarem no mestrado/doutorado? Ou a nova universidade vai abrir concurso para quem tem apenas a graduação como era há quinze anos? É bom lembrar que alguns concursos iniciais para professor que exigiam apenas a graduação não tínhamos inscritos.
Algumas universidades hoje gastam grande parte do seu orçamento com manutenção de áreas enormes e vigilância. Este recurso poderia está sendo gasto nas atividades fim da instituição: Ensino, Pesquisa e Extensão, com a valorização dos professores e com a melhoria da qualidade. Vamos repetir esta mesma lógica?
Aldo Queiroz
Para mim, uma univeridade precisa começar justa para que possa um dia produzir justiça enão apenas um pael, chamado diploma.