O professor e ex-coordenador do campus da UFPA em Santarém, Aldo Queiroz, escreve e-mail ao blog e faz 3 oportunos retoques ao post Pensar grande, pensar no futuro, da lavra do padre Edilberto Sena.
Eis o 1° (os demais serão publicados hoje e amanhã)
Área doada à universidade pela prefeitura - Rocha Negra:
É verdade que o ex-prefeito de Santarém Ruy Correa desapropriou a área, com cerca de 403 hectares, para doar à Universidade Federal do Pará. O processo de doação iniciou no final da gestão do reitor Nilson Pinto de Oliveira [hoje deputado federal] e prosseguiu na gestão do reitor Marcos Ximenes Ponte.
Ambos visitaram a área, assim como o Juvêncio de Arruda [publicitário e assessor da UFPA] e o prefeito do campus, arquiteto João Castro Filho. Cogitou-se a possibilidade de construir o campus numa área particular próximo ao aeroporto. Como não existia recursos financeiros disponível para parte de infra-estrutura (energia, vias de acesso) e aquisição da área, optou-se por construir na área do campus cedida pela prefeitura.
Foram construídos e equipados: auditório com 157 lugares, biblioteca, administração, dois pavilhões de salas de aulas, laboratório de ciências ambientais, etc. A idéia da universidade era utilizar a área da Rocha Negra como uma reserva biológica para realização de pesquisas. Foi cogitado também sobre a construção uma estação ecológica.
O processo de doação não chegou a ser concretizado porque havia uma exigência de construção no prazo máximo de dois anos. Se a área não fosse utilizada neste prazo, teria que ser devolvida à Prefeitura de Santarém. A universidade não tinha recursos para novos investimentos. Não poderia assumir uma a responsabilidade sem ter a garantia de cumprimento.
Eis o 1° (os demais serão publicados hoje e amanhã)
Área doada à universidade pela prefeitura - Rocha Negra:
É verdade que o ex-prefeito de Santarém Ruy Correa desapropriou a área, com cerca de 403 hectares, para doar à Universidade Federal do Pará. O processo de doação iniciou no final da gestão do reitor Nilson Pinto de Oliveira [hoje deputado federal] e prosseguiu na gestão do reitor Marcos Ximenes Ponte.
Ambos visitaram a área, assim como o Juvêncio de Arruda [publicitário e assessor da UFPA] e o prefeito do campus, arquiteto João Castro Filho. Cogitou-se a possibilidade de construir o campus numa área particular próximo ao aeroporto. Como não existia recursos financeiros disponível para parte de infra-estrutura (energia, vias de acesso) e aquisição da área, optou-se por construir na área do campus cedida pela prefeitura.
Foram construídos e equipados: auditório com 157 lugares, biblioteca, administração, dois pavilhões de salas de aulas, laboratório de ciências ambientais, etc. A idéia da universidade era utilizar a área da Rocha Negra como uma reserva biológica para realização de pesquisas. Foi cogitado também sobre a construção uma estação ecológica.
O processo de doação não chegou a ser concretizado porque havia uma exigência de construção no prazo máximo de dois anos. Se a área não fosse utilizada neste prazo, teria que ser devolvida à Prefeitura de Santarém. A universidade não tinha recursos para novos investimentos. Não poderia assumir uma a responsabilidade sem ter a garantia de cumprimento.
Comentários
Como pôde a UFPA, por seus dirigentes, sem ônus para a instituição, rejeitar uma das áreas verdes mais belas e caras ainda preservadas no seio da cidade, a decantada “Rocha Negra”, com 403.44 hectares e perímetro de 9.575 metros, formando um polígono irregular de nove lados, no bairro de Ipanema, km 7 da Rodovia Santarém – Cuiabá.
O 8º Bec, há mais de 30 anos, recebeu grandes áreas urbanas, não edificou nada, e as mantém até hoje, causando inveja a todos, inclusive ao município, que promoveu a doação e atualmente tenta recuperá-las para construção de equipamentos sociais, seu êxito, diga-se de passagem.
Portanto, injustificável, meu preclaro amigo, sob qualquer aspecto, a rejeição da doação, e o que é pior, sem a promoção do necessário debate com professores, alunos, poder público e a sociedade em geral, a respeito do assunto.
Registre-se que o município desapropriou a “Rocha Negra” objetivando a urgente ampliação das atividades de ensino e extensão do Campus Tapajós da UFPA, ainda na década de 90, como se extrai do Decreto nº. 221/93 – SEMAD.
Contudo, a “Rocha Negra” continua abandonada, desafiando a invasão, e a UFPA/STM apática, encolhida no seu minúsculo canto, brigando internamente por pequenos espaços físicos que já não existem, esperando que as mudanças aconteçam naturalmente, de cima para baixo.
Ninguém melhor que você, Aldo, que vivenciou os acontecimentos como coordenador do Campus, hoje como político, para reparar esse equívoco, salvo se possuir melhor opção.
José Ronaldo Dias Campos